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Ferramenta Estrategica B

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Por:   •  30/3/2014  •  1.929 Palavras (8 Páginas)  •  285 Visualizações

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Identificação dos principais fatores e tendências que podem afetar a linha de negócios da empresa

Para melhor confecção da estratégia de negócios voltada ao produto Leaf, carro elétrico da Nissan, torna-se necessário analisar o ambiente onde este irá atuar levando em consideração os aspectos demográficos, sociais, tecnológicos, legais, econômicos bem como aqueles que dizem respeito ao fornecimento de insumos e matéria prima. Para tal análise foi considerado um horizonte temporal de cinco anos, tempo que acreditamos necessário para a percepção de alterações substanciais no recorte regional selecionado, a saber, o Brasil.

Ambiente demográfico

Em relação ao comportamento da população nota-se que o impacto sofrido pela taxa de crescimento da população é baixa, uma vez que os dados indicam freio no crescimento demográfico brasileiro desde os anos noventa. Percebe-se, no entanto, um crescimento proporcional da classe C (classe média). Os últimos dados demográficos indicam um crescimento percentual em relação ao total da população das classes A, B e C. No entanto, a ultima cresceu cerca de 7 pontos percentuais nos últimos 10 anos, enquanto as classes A e B cresceram apenas 2 pontos percentuais. Tais dados sinalizam uma oportunidade de alto impacto pelo crescimento do publico alvo, uma vez que a proposta do produto é ser um carro para a família de classe média .

Em relação a composição etária da população, percebe-se uma tendência de amadurecimento/envelhecimento populacional desde os anos noventa quando a pirâmide etária nacional passou de configuração de país jovem para país adulto conforme é possível observar na figura ao lado. Levando em consideração este aumento tanto nominal quanto percentual do numero de adultos na população brasileira podemos concluir que este cenário configura uma oportunidade para o produto em virtude do aumento de consumidores potenciais.

Ambiente sócio-cultural

Os dados censitários apontam que as classes A, B e C têm alcançado aumento de renda e, sobretudo a classe C, participação no mercado consumidor. A projeção é que até 2030, elas correspondam a cerca de 80% da população brasileira. Considerando a facilidade de crédito para a aquisição de veículos e analisando esses pontos em conjunto perceberemos que tal tendência configura mais uma oportunidade para a entrada do produto em questão levando em consideração o aumento nominal de consumidores potenciais bem como o aumento de renda dos que já pertencem a essas classes econômicas.

Com relação aos fenômenos de moda e opinião, a filosofia da sustentabilidade vem se mantendo na pauta desde os anos 90, tendo em vista a necessidade do uso consciente de produtos que possam causar dano ou impacto ambiental, bem como atitudes que representem esta prática. Nesse sentido, percebemos uma oportunidade para o produto, uma vez que as motivações para sua compra estão relacionadas a este pensamento (Emissão de carbono zero; menor custo com combustível). No entanto, observando os dados relativos à venda de automóveis no Brasil nota-se que o grande fator considerado é o preço, conforme podemos observar na figura ao lado, sendo o consumo de combustível muito menos decisivo na opção do consumidor. Além disso, dados de pesquisa do Insitutio Ipsus em 2013 indicam que 59% dos proprietários e 62% dos que pretendem comprar automóveis se sentem bem quando são reconhecidos como bem sucedidos economicamente. Entre os do primeiro grupo, 53% preferem produtos que ofereçam a última palavra em tecnologia. Ao analisar o segundo grupo, o índice é de 56%. Ou seja, há uma percepção do veículo como agregador de status social. A mesma pesquisa ainda aponta que apesar de os compradores de automóveis no Brasil se demonstrarem tendenciosos a compra de um veículo elétrico, sua maioria só compraria o produto caso o preço fosse o mesmo de um carro com motor a combustão. Nesse sentido, o cenário configura uma ameaça ao produto, pois nota-se que a consciência ambiental do consumidor parecer pesar menos do que sua necessidade financeira na hora da compra.

Ambiente Econômico

O atual momento econômico não é muito favorável a novos investimentos, tendo o País sido rebaixado, recentemente, por uma das empresas de rating internacionais, a Standard & Poor’s. Desta forma, a busca por financiamento no exterior deve sentir o peso deste índice no aumento do custo de captação, levando a possível queda de investimentos. Para a implantação do LEAF pela Nissan, neste momento, o cenário é neutro, uma vez que suas pesquisas e desenvolvimento, bem como parque tecnológico, encontram-se fora do país e ainda não foram dados os incentivos necessários para que a implantação aqui se inicie. Naturalmente, esta tendência tem um impacto médio, visto que o LEAF ainda não é comercializado, mas pode levar ao adiamento de estratégias de investimento da Nissan no país.

A política cambial e sua flutuação podem influenciar em um cenário próximo, visto que, num primeiro momento, o produto deverá ser importado. Mesmo em um cenário onde a fabricação seja nacional, o custo de importação de itens de tecnologia necessários para a fabricação do VE ficaria a mercê da variação cambial. Hoje, paga-se 25% de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para um Veículo Elétrico Puro (VE), o dobro de um carro médio movido à gasolina. Enquanto não houver redução deste imposto e outros incentivos fiscais, os custos tornam o preço final do produto em tela pouco vantajosos para o consumidor final, cuja tendência cultural, citada anteriormente, é a da compra de um veículo com o mesmo preço ou menor. Como ainda não há financiamento para veículos como o da Nissan, o quadro ainda é de incerteza, aguardando definição do Governo Federal sobre o tema. Situação vista como ameaça, sendo seu impacto alto na implantação do Leaf.

Segundo estudos da Nissan e de especialistas da ABVE, o impacto no consumo de energia seria baixo, mas o principal problema seria a falta de eletropostos nas cidades e nas estradas. O sucesso da mobilidade sustentável é ainda uma incógnita. São mercados fortemente regulados pelo Estado, dependendo dele dependem os benefícios fiscais, a redução de tarifas de energia elétrica, a regulação e o sucesso de mecanismos transparentes de regulação de mercado.

Ambiente Político

O Brasil possui uma democracia consolidada, respeitando direitos constituídos e contratos firmados, permitindo um ambiente de negócios mais seguro para as empresas. A legislação trabalhista

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