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Por:   •  19/5/2013  •  456 Palavras (2 Páginas)  •  341 Visualizações

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Texto grande sem parágrafos e com muitos parêntesis.

Uma pessoa gosta do país em que vive e não há nada a fazer. Parece-me assim essencial que o país se submeta a segunda volta contra o doutor Mário Soares e que o Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva ganhe. Assim como na direita há demasiado medo da segunda volta, na esquerda existem demasiadas esperanças. O risco de Mário Soares ganhar é muito menos grave que a falta de clivagem e definição do país com que inevitavelmente vamos ainda chegar à primeria das voltas, onde só os extremos beneficiam. Por essa altura Jerónimo Sousa, Francisco Louçã e Manuel Alegre ainda parecerão candidatos decentes, as três pessoas que congregam sozinhos os piores traços da nação (ainda assim com aspectos adoráveis, pricipalmente se andamos a ler Goethe). Bem sei que muitos dos que apoiam o doutor Mário Soares nutrem pelo nosso Professor e pelo que ele representa a mesma aversão que aqui deixo contra aquele triunvirato da esquerda. Há que, no entanto, ser altivo quando a isso. Parece-me que falamos de reinos diferentes. A reacção de muita da esquerda contra o Professor não é da mesma natureza que a da direita e da parte sã do PS contra aquele tipo de esquerda: no primeiro caso falamos de um deslocamento cultural, quase de nascimento, de uma incompreensão fundamental de vida, das vidas, dos custos e do valor a atribuir a quem apenas quer ser mais rico que o vizinho, e, muito derivado disso, do lugar e da forma mais inteligente de utilizar em beneficio de todos a inevitabilidade humana de coisas como a inveja, o egoísmo, a ganância, a ambição, finalmente, do sentido a dar à Justiça (assim com letra grande para dar ares) neste caldeirão todo; importa aclarar tudo isto o mais possivel, para que racionalmente nos incompatibilizemos cada vez mais e melhor. No segundo caso, penso que se fala do simples, inescapável e transversal bom senso: Jerónimo é soviético e comunista – os “trabalhadores” para ele são um electrodoméstico das suas ideias do mundo e da sua demagogia - , Louçã fala de fora do poder e do eufemismo "esquerda moderna", e, ou abandonaria metade do que diz (que não é muito), ou cairia vítima em três tempos do que há anos vem dizendo (é, nitidamente, um guterres extremado e ainda mais moralista – como inevitavelmente são todos os ateus -, mas cada vez menos extremado, ou, pelo menos, mais escondido, mais esquivo). Manuel Alegre, bem, Manuel Alegre suga-me as palavras. Provavelmente aqui no espaço ninguém concordará comigo, mas o caminho prudente e avisado para Portugal é o da separação das águas do interior do Bloco Central. Só assim nas contas finais ninguém sairá fundamentalmente derrotado, que não há necessidade disso.

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