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Historia Da Parmalat

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Por:   •  2/12/2014  •  520 Palavras (3 Páginas)  •  4.938 Visualizações

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A empresa Parmalat fundada por Calisto Tanzi surgiu no ano de 1961, em Parma, expandiu seus negócios através de subsídios da União Européia e instalou-se no Brasil em 1972. Na década de 90 abriu seu capital e se tornou uma das principais empresas alimentícias do mundo. A marca se transformou no primeiro produtor de leite e começou a desenvolver seu produto usando o método de pasteurização em altas temperaturas.

O grupo italiano de alimentos pediu concordata, depois de divulgar um buraco de 4 bilhões de euros em suas contas. Foi divulgado que a dívida líquida da empresa no final de setembro de 2003 totalizou mais de 14 bilhões de euros.

A desconfiança sobre a empresa italiana iniciou quando a Parmalat investiu US$ 500 milhões em um fundo de investimento nas Ilhas Cayman. Pressionado por investidores da empresa que se opunham ao negócio, o fundo declarou não ter recursos para pagar o investimento que acabara de ser feito. Agências de risco tentavam acalmar os mercados através de um documento atestado pelo Bank of América, anunciando possuir reservas para cumprir todas as pendências com acionistas. Quando já era evidente a falência da empresa, o Bank of América declarou que o documento divulgado pela Parmalat se tratava de uma falsificação.

Como já não dava mais pra esconder, a multinacional confessou um rombo de US$ 5 bilhões. O presidente e fundador da Parmalat, Calisto Tanzi, foi afastado e preso com outros 11 dirigentes da empresa por fraude e desvio de fundos. O governo italiano interveio e nomeou Enrico Bondi, para presidir a empresa. As muitas empresas subsidiárias da Parmalat em todo o mundo foram utilizadas para o roubo, inclusive a brasileira Carital.

Mais tarde, a empresa informou que pagaria alguns de seus fornecedores, mas deixou de fora dessa conta o Brasil e os EUA. Os produtores de leite do mundo todo se viram em uma crise, e chegaram a ter parte da dívida paga em leite em pó. Não bastasse o rombo financeiro, a PriceWaterCoopers (PWC), contratada para revisar a contabilidade da Parmalat após o início do escândalo, também descobriu que as vendas e o lucro das principais atividades da companhia foram inflados.

Enquanto isso, no Brasil, as fábricas da Parmalat paralisavam a produção de leite, biscoitos, sucos e chás para equilibrar os estoques. A Parmalat tinha cerca de seis mil funcionários no Brasil e oito fábricas. A crise de mais de uma década levou-a a insolvência que permitiu com que a Parmalat continuasse operando e pagando seus funcionários e fornecedores, mas deixou credores esperando o plano de recuperação da empresa.

Enquanto despachava volumosos recursos para fora, no Brasil a empresa se afundava em dívidas e sonegava impostos. A Parmalat devia cerca de R$ 3,8 milhões ao INSS e R$ 26 milhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O anúncio do rombo nas contas da Parmalat, em dezembro de 2003, deixou perplexos investidores de todo o planeta e trouxe a lembrança de fraudes contábeis de grandes empresas, como a Enron e a WorldCom, dos EUA.

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