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John Maynard Keynes

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Por:   •  1/9/2014  •  1.756 Palavras (8 Páginas)  •  488 Visualizações

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John Maynard Keynes

1 BIOGRAFIA

John Maynard Keynes nasceu em Cambridge, Inglaterra, em 5 de junho de 1883 – ano em que Karl Marx morreu. Filho de John Nevile Keynes e Florence Ada Brown (Keynes, John M. cresceu sobre forte influência das ciências humanas. Seu pai lecionou lógica e economia política na universidade de Cambridge, além de ser autor de livros sobre o assunto. Sua mãe foi também uma intelectual e importante reformista social, foi a primeira mulher vereadora (membro do concelho) em Cambridge chegando a prefeita (administradora) em 1932).

Keynes estudou no colégio Eton, local onde tradicionalmente estuda a aristocracia, onde se destacou em matemática e recebeu bolsa para estudar no King’s College da Universidade de Cambridge. Cursou economia tendo sido aluno de Alfred Marshall. Em 1906, tendo passado no exame para serviço civil, tornou-se funcionário do Ministério de Negócios das Índias. Função que exerceu na Ásia por dois anos. Retornou, então a Cambridge onde dedicou-se a estudar teorias econômicas ortodoxas. Especializou-se nos Princípios Econômicos de Marshall sendo o tema de sua dissertação a Teoria da Probabilidade. Em 1908 tornou-se professor em Cambridge, cargo que ocupou até 1915.

Com efeito, a contribuição de Keynes à teoria e pratica da economia política tem de ser vista em perspectiva, tendo como fundo os anos de guerra e entre-guerras, a fim de ser plenamente compreendida e apreciada. Estes anos foram marcados pela interrupção das relações de comércio e do padrão-ouro durante a Primeira Guerra Mundial, seguindo-se primeiramente a inflação, a instabilidade da taxa de câmbio e os desequilíbrios do balanço de pagamentos, e mais tarde pela deflação e desemprego em massa em escala internacional. O exame teórico desses fenômenos catastróficos e mais importante sob o ponto de vista de Keynes, as soluções práticas para os problemas criados por estes mesmos fenômenos estavam na ordem do dia.

Em 1916 exerceu diversos cargos no Tesouro Britânico ocupando-se da gestão econômica em período de guerra (1ª Grande Guerra). Com o fim da Guerra, representou o Tesouro Britânico na Conferência de Paz de Versalhes. Abandonou o cargo em junho de 1919, por considerar injustas as imposições feitas à Alemanha. Em dezembro de 1919 publicou Economic Consequences of the Peace, onde atacou figuras políticas em termos inequívocos, perdendo a confiança do novo governo.

Keynes era membro ativo do Blomsbury Group e membro do CEMA (Conselho para Promoção da Música e das Artes). Interessado em literatura de uma forma geral e em drama de forma particular. Foi grande apoiador e financiador das artes tendo à mesma época em que escreveu a Teoria Geral financiado a construção do Cambridge Arts Theatre.

Keynes foi um hábil investidor e, embora tenha perdido grande parte do que acumulou com a Quebra da Bolsa de Nova Iorque, conseguiu rapidamente se refazer.

Construiu uma substancial coleção de arte com obras de Paul Cézanne, Edgar Degas, Amedeo Modigliani, Georges Braque, Pablo Picasso e Georges Seurat, além de livros. Por exemplo, recolheu e protegeu grande parte dos escritos de Isaac Newton, a quem chamou de: o último dos magos.

Em 1921 ele conheceu a bailarina Lydia Lopokova, uma das estrelas do balé russo de Serguei Diaguilev. Apaixonaram-se naquele ano e casaram-se em 1926. Tiveram uma união feliz e sem filhos.

Em 1944 foi o elaborador da proposta e representante britânico na Conferência de Bretton Woods. Conferência que deu início ao BIRD (Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento), mais tarde Banco Mundial e o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Keynes morreu em 21 de abril de 1946 em Sussex – Reino Unido. Sua obra está viva e atual.

2 CONTRIBUIÇÃO PARA ECONOMIA MUNDIAL

Em 1936, John Maynard Keynes publicou sua obra inovadora The General Theory of Employment, Interest and Money Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. O livro fez as pessoas considerarem a economia de uma perspectiva diversa do que era praticada na economia clássica. Declarou que Macro e Microeconomia se comportavam de formas distintas.

Por muito tempo acreditou-se que o grande problema do política social era a pobreza e que o desemprego devia-se a uma deficiência do indivíduo e não devido a condições sociais fora de seu controle. Foi a partir da publicação em 1906 de Minority Report of the Royal Commission on the Poor Laws da ativista social britânica Beatrice Webb que se traçou o conceito de um estado de bem-estar social, afirmando que “o dever de organizar o mercado nacional de trabalho, a fim de evitar ou reduzir o desemprego, deve caber a um ministro.” Foi a primeira vez que o termo “desemprego involuntário” foi usado. Conforme a visão clássica o desemprego involuntário não persistiria por muito tempo e o jogo do mercado sempre voltaria. A princípio Keynes simpatizava com essa ideia, como descrito em A Treatise on Money (1930) onde diz que em situação de recessão as empresas tem que se emprenhar junto as seus empregados de forma a reduzir seus ganhos por unidade produzida para que assim o equilíbrio fosse restaurado.

Contudo após a quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929, e da Grande Depressão que se espalhou pelo mundo a seguir, Keynes mudou de ideia. O colapso financeiro de Wall Street aprisionou as economias do mundo num ciclo de produção decrescente.

Keynes tomou o mundo da Grande Depressão como ponto de partida. O funcionamento normal do mercado parecia incapaz de criar a pressão necessária para corrigir o problema de desemprego alto, persistente e involuntário na economia.

Os economistas clássicos acreditavam que com o aumento do desemprego os trabalhadores começariam a aceitar trabalhar por salários menores e o mercado se ajustaria baixando os salários reais. Keynes percebeu que isto não acontecia pois a ausência de demanda aprisiona empresas e trabalhadores num ciclo vicioso de desemprego e subprodução.

A solução, conforme propôs Keynes era os governos gastarem mais na economia, de modo que a procura global de produtos crescesse. Isso estimularia as empresas a admitir mais trabalhadores e à medida que os preços subissem os salários reais cairiam fazendo a economia retornar ao pleno emprego.

O pensamento de Keynes influenciou o mundo até os anos 1970, quando as economias europeias enfrentaram problemas. As ideias clássicas a respeito do desemprego foram reavivadas pela chamada escola “neoclássica” de economistas, que mais uma vez desmentiram a possibilidade de um desemprego involuntário persistente. Sendo

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