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Economia John Maynard

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Por:   •  7/4/2014  •  5.049 Palavras (21 Páginas)  •  349 Visualizações

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John Maynard Keynes

Introdução:

John Maynard Keynes -Cambridge, 5 de junho de 1883 — Tilton, East Sussex, 21 de abril de 1946-, foi um economista britânico cujos ideais serviram de influência para a macroeconomia moderna, tanto na teoria quanto na prática. Ele defendeu uma política econômica de Estado intervencionista, através da qual os governos usariam medidas fiscais e monetárias para mitigar os efeitos adversos dos ciclos econômicos - recessão, depressão e booms. Suas idéias serviram de base para a escola de pensamento conhecida como economia keynesiana.

Na década de 1930, Keynes iniciou uma revolução no pensamento econômico, se opondo às ideias da economia neoclássica que defendiam que os mercados livres ofereceriam automaticamente empregos aos trabalhadores contanto que eles fossem flexíveis em suas demandas salariais. Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, as ideias econômicas de Keynes foram adotadas pelas principais potências econômicas do Ocidente. Durante as décadas de 1950 e 1960, o sucesso da economia keynesiana foi tão retumbante que quase todos os governos capitalistas adotaram suas recomendações.

A influência de Keynes na política econômica declinou na década de 1970, parcialmente como resultado de problemas que começaram a afligir as economias estadunidense e britânica no início da década e também devido às críticas de Milton Friedman e outros economistas neoliberais pessimistas em relação à capacidade do Estado de regular o ciclo econômico com políticas fiscais. Entretanto, o advento da crise econômica global do final da década de 2000 causou um ressurgimento do pensamento keynesiano. A economia keynesiana forneceu a base teórica para os planos do presidente estadunidense Barack Obama, do primeiro-ministro britânico Gordon Brown e de outros líderes mundiais para aliviar os efeitos da recessão.

Em 1999, a revista Time nomeou Keynes como uma das cem pessoas mais influentes do século XX, dizendo que "sua ideia radical de que os governos devem gastar o dinheiro que não têm pode ter salvado o capitalismo". Keynes é amplamente considerado o pai da macroeconomia moderna e, de acordo com comentaristas como John Sloman, é o economista mais influente do século XX. Além de ser um economista, Keynes era também um funcionário público, um patrono das artes, um diretor do Banco da Inglaterra, um conselheiro de várias instituições de caridade, um escritor, um investidor privado, um colecionador de arte, e um fazendeiro.

Biografia:

Considerado um dos mais importantes economistas de toda a história, John Maynard Keynes nasceu numa família de intelectuais. Estudou no famoso Colégio Eton, da aristocracia inglesa, onde obteve medalhas por mérito em matemática.

Em 1902 Keynes recebeu uma bolsa de estudos para estudar no King's College, da Universidade de Cambridge. Conta-se que, ao entrar na universidade, já possuía 329 livros antigos, frutos de uma bibliofilia despertada ainda na adolescência. Em Cambridge, Keynes foi aluno do famoso economista Alfred Marshall.

Em 1906 John M. Keynes tornou-se funcionário do Ministério dos Negócios das Índias e passou dois anos na Ásia. Em 1908 passou a ocupar o cargo de professor de economia em Cambridge, onde lecionou até 1915. Keynes ingressou no Tesouro Britânico em 1916, exercendo diversos cargos importantes.

Após a Primeira Guerra Mundial, Keynes foi conselheiro da delegação britânica nas negociações de paz, mas em 1919 renunciou ao cargo, sob o argumento de que as compensações econômicas impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes não eram factíveis.

Em 1919 publicou seu ponto de vista no livro "As Conseqüências Econômicas da Paz". Seu trabalho teve grande impacto político em praticamente todas as nações capitalistas. Durante os anos 1920, as suas teorias econômicas analisaram a necessidade da interferência do Estado nos mercados instáveis do pós-guerra. Em 1932 Keynes redigiu seu "Tratado Sobre a Reforma Econômica". Sua última obra, talvez a mais importante, foi publicada em 1936, a "Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda".

Durante a Segunda Guerra Mundial, John Keynes se reincorporou ao Tesouro Britânico. Em 1944 chefiou a delegação britânica na Conferência de Bretton Woods, que deu origem ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional.

John M. Keynes teve também uma vida social muito ativa. Pertenceu ao famoso grupo de Bloomsburry, formado por intelectuais e aristocratas. Em 1942 recebeu o título de barão de Tilton. Keynes teve vários relacionamentos homossexuais, o mais importante com o artista plástico Duncan Grant, a quem assistiu financeiramente até o fim da vida.

Apesar da homossexualidade,em 1921 ele se apaixonou com a bailarina russa Lydia Lopokova, uma das estrelas do Ballets Russes de Serguei Diaguilev. Eles se casaram em 1925, o que deu origem aos conhecidos versos de autoria desconhecida: "Oh, que união de beleza e inteligência. Os justos Lopokova e John Maynard Keynes". De acordo com todos os relatos, a união era feliz, apesar de não ter gerado filhos – Lydia engravidou em 1927, mas sofreu um aborto espontâneo. Keynes passou muito tempo incentivando-a a prolongar sua carreira como forma de compensar a falta de filhos.

John M. Keynes morreu em decorrência de problemas cardíacos.

As obras mais famosas de Keynes foram:

As consequências econômicas da paz (The economic consequences of peace);

Tratado sobre a moeda (Treatise on money);

Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (General theory of employment, interest and money). Tradutor: CRUZ, Mário Ribeiro da. São Paulo: Editora Atlas, 1992. ISBN 978-85-224-1457-4

KEYNES, John Maynard. The end of laissez-faire. (em inglês)

As suas idéias e as dos seus seguidores foram adotadas por vários governos ocidentais e também por muitos governos do terceiro mundos. Constituem, até hoje, a essência da política econômica mantida nos Estados Escandinavos, cujas populações desfrutam dos melhores padrões de vida do mundo. A sua influência começou a diminuir a partir dos anos 70 com a ascensão dos monetaristas, provocada pela crise do dólar norte-americano de 1971, durante o governo Nixon, quando os Estados Unidos se viram obrigados a interromper a conversibilidade do dólar em ouro, mas ressurge depois

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