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MAcroeconomia E Microeconomia

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Por:   •  14/5/2014  •  2.394 Palavras (10 Páginas)  •  530 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Na contemporaneidade, um dos principais debates teórico e político é sobre a pobreza e as desigualdades sociais. No Brasil, este debate ganha maior importância devido ao fato do país apresentar uma das piores distribuições de renda e riqueza do mundo e índices sociais da periferia capitalista. As diversas contribuições ao debate se mostram insuficientes do ponto de vista teórico e infrutíferas no campo das políticas públicas e das transformações sociais. Apesar das inúmeras abordagens e formas de tratamento da “questão social” por parte dos governos conservadores, liberais e socialdemocratas, o problema persiste e vem se agravando ao longo do tempo. Quando chegamos a este ponto, é preciso retornar às origens, reavaliando o passado para transformar o presente e construir o futuro. A presente dissertação, portanto, tem como objeto de estudo a “questão social” na origem do capitalismo. Além da análise da passagem do feudalismo para o capitalismo, embasada em autores como Ellen Woods, Eric Hobsbawn e Leo Huberman, e das consequências socioeconômicas desta transição histórica, a pesquisa utilizar-se-á da obra científica de Karl Marx e Friedrich Engels para uma análise teórica da “questão social” no capitalismo nascente.O principal conceito de questão social é o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade. A questão social surgiu no século XIX, na Europa, e iniciou para exigir a formulação de políticas sociais em benefício da classe operária, que estavam em pobreza crescente.

O processo de urbanização e industrialização, deu origem ao empobrecimento da classe operária, e acabou por conscientiza-los das condições em que trabalhavam, onde a questão social acabou atingindo contornos problemáticos, em especial para a sociedade burguesa, que recorreu à implementação de políticas sociais

DESENVOLVIMENTO

Alguns questionamentos são sugeridos neste estudo como forma de aumentar a qualidade no aprendizado no tocante Questão Social no Brasil desde o início aos dias de hoje, são elas:

Quais foram às expressões da questão social no surgimento do Serviço Social?

O assistente social tem na “questão social” a base de sua fundação enquanto especialização do trabalho; ou seja, tem nela o elemento central da relação profissional e realidade. Nesta interface, os assistentes sociais são chamados a intervir nas relações sociais cotidianas, visando à ampliação e consolidação da cidadania na garantia dos direitos civis, políticos e sociais aos segmentos menos favorecidos e mais vulneráveis socialmente (trabalhadores, crianças, adolescentes, idosos, portadores de necessidades especiais, mulheres, negros, homossexuais e suas respectivas famílias).

É importante salientar que esta questão por muito tempo esteve relacionada à “disfunção” ou “ameaça” de alguns indivíduos à ordem social. Seu reconhecimento deu-se na segunda metade do século XIX, a partir da emergência da classe operária e seu ingresso no cenário político, na luta em prol dos direitos relacionados ao trabalho e na busca pelo reconhecimento de seus direitos pelos poderes vigentes, em especial pelo Estado. Quando Iamamoto comenta com a expressão “questão social”, que diz respeito ao conjunto das expressões das desigualdades sociais engendradas na sociedade capitalista madura, impensáveis sem a intermediação do Estado. Tem sua gênese no caráter coletivo da produção, contraposto à apropriação privada da própria atividade humana – o trabalho –, das condições necessárias à sua realização, assim como de seus frutos” (2001, p.10).

Autores como Marilda Iamamoto (2001), José Paulo Netto (2001), Maria Carmelita Yazbek (2001), Potyara Pereira (2001), Alejandra Pastorini (2007), Marilda Iamamoto (2008) são categóricos em afirmar que não há uma nova “questão social”, já que se mantêm os traços essenciais da “questão social”, surgidos no século XIX, cujo fundamento é o trabalho. Eles não foram superados e permanecem até os dias atuais, só que em sua forma mais radical e alienada: na banalização do humano e invisibilidade do trabalho social. Pois, a “questão social” assume expressões particulares dependendo das peculiaridades de cada formação social e da forma de inserção de cada país na ordem capitalista.

Para Netto, inexiste qualquer “nova questão social” e sim o real problema, na conjuntura atual, está em identificar as expressões emergentes da “questão social” e sua relação com as modalidades de exploração e expropriação dos direitos cidadãos – os direitos civis, políticos, sociais – existentes em nossa sociedade e, até então, garantidos em nossa constituição.

Como era tratada a questão social no início do Serviço Social no Brasil, e agora, é da mesma forma?

Ter como objeto de análise o objeto do Serviço Social é sempre um desafio. O Serviço Social é uma profissão legitimada socialmente, isto significa que ele tem uma função social. As profissões são criadas para responderem às necessidades dos homens. O desenvolvimento das forças produtivas colocam as necessidades de novas profissões, assim como considera outras desnecessárias. Mas, mesmo respondendo a uma necessidade social, o que pode ser corroborado pelo número de assistentes sociais inseridos no mercado de trabalho; pelo fato de que eles, efetivamente, trabalham desenvolvendo ações que tem um produto, produto social com dimensões econômicas e políticas; ainda assim, o Serviço Social mantém, historicamente, o dilema da especificidade profissional. Especificidade, esta, que é dada pelo objeto profissional. Em termos bastante simples, a questão é: sobre o que trabalha o Serviço Social? A resposta a esta questão responde, também, com qual objetivo trabalha o Serviço Social.

O objeto do Serviço Social, neste sentido, está, intimamente, vinculado a uma visão de homem e mundo; fundamentado numa perspectiva teórica que, no modo capitalista de produção, implica em uma opção política – a teoria norteadora da ação, a ação que reconstrói a teoria demonstra de que lado está o Serviço Social. E, desde o Movimento de Reconceituação, o Serviço Social tem construído uma ação voltada para a maioria da população. Mas esta não foi sempre sua história.

Questão social representa uma perspectiva de análise da sociedade. Isto porque não há consenso de pensamento no fundamento básico que constitui a questão social. Em outros termos, nem todos analisam que existe uma contradição entre capital

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