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Mercado Futuro

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Por:   •  11/9/2013  •  4.209 Palavras (17 Páginas)  •  453 Visualizações

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Introdução

O Mercado futuro é uma ferramenta essencial para a economia de um país, porque possui como sua principal função auxiliar produtores, cooperativas, torrefadoras, agropecuárias, indústrias e demais envolvidos do setor a conseguirem se proteger das oscilações dos preços das commodities. A bolsa tem como um dos principais objetivos a criação de mecanismos que a tornem atraente, pois se faz necessário manter uma liquidez interessante e saudável, para sempre que alguém quiser comprar ou vender se consiga contraparte a preços justos para o momento. O mercado futuro pode ser entendido como uma evolução do mercado a termo. Nele, os participantes se comprometem a comprar ou vender certa quantidade de um ativo por um preço estipulado para a liquidação em data futura. A definição é semelhante, tendo como principal diferença a liquidação de seus compromissos. Enquanto no mercado a termo os desembolsos ocorrem somente no vencimento do contrato, no mercado futuro os compromissos são ajustados diariamente.

Todos os dias são verificadas as alterações de preços dos contratos para apuração das perdas de um lado e dos ganhos do outro, realizando-se a liquidação das diferenças do dia.

1: História do Mercado Futuro

Por incrível que pareça os primeiros indícios de mercado futuro iniciaram com Tales de Mileto, que foi o primeiro filósofo ocidental que se tem notícia. Ele foi o marco inicial da filosofia ocidental. De ascendência fenícia, nasceu em Mileto, antiga colônia grega, na Ásia Menor, atual Turquia, por volta de 624 ou 625 a.C. e faleceu aproximadamente em 556 ou 558 a.C..

Além de filósofo era matemático e astrônomo e certa vez foi questionando sobre a utilidade de sua profissão, que não vinha a gerar renda alguma para o mesmo, porém sempre defendeu que seu objetivo de vida não era ganhar dinheiro, mas caso quisesse poderia ganhar tranquilamente. Sendo assim decidiu provar para seus conterrâneos e como excelente astrônomo que era, previu uma ótima safra de azeitonas. Com a convicção de que a safra seria boa tales alugou muito antes da safra todas as prensas da região a um preço baixo, prevendo assim que os produtores precisariam das mesmas para esmagar sua produção e fazer azeite. Conforme havia previsto, a colheira foi farta e ele voltou a alugar as prensas com preços altíssimos, comprovando que, com suas previsões futuras poderia ganhar dinheiro, obtendo assim um bom lucro.

1.1 Crises Históricas

Ocorreu por volta de 1634-1637 na Holanda e foi a primeiro relato de euforia causada por especulação em um mercado. A flor Tulipa é originária da antiga Pérsia, na região que atualmente pertence a Turquia e foi levada para a Holanda no século XVI, onde iniciaram as pesquisas para obtenção de novas variedades. A flor era item raro e de grande cobiça, logo tida como símbolo de poder e riqueza, sendo que no século XVII eram comercializados bulbos de tulipa com valor unitário entre 1 mil a 3 mil dólares. Sendo que esta quantia era suficiente para adquirir pelos menos duas casas completas.

Para gerir os fabulosos negócios envolvendo a tulipa, foi criada na Holanda a primeira bolsa de que se tem notícia. Numa determinada época a flor chegou a atingir preços estratosféricos (foi o 1° "boom" de que se teve notícia). Muitos holandeses chegavam a vender tudo que possuíam para comprar os bulbos de tulipa importados da Turquia. Por um único bulbo de tulipa eram capazes de dar bens valiosos como toneladas de trigo e centeio, manadas de bois, ovelhas e pratarias. O caso mais grave que se tem conhecimento foi de alguém que trocou quase 5 hectares de terras por uma única flor. Até que um certo dia, porém – assim reza a lenda – um marinheiro embriagado comeu a tulipa do tipo mais caro que existia e, todos ficaram estupefatos, de início, para depois caírem em si e finalmente entenderem que o preço estava irracionalmente alto e que de fato, uma tulipa não poderia custar tão absurdamente cara. Um dos negociantes da época resolveu então vender tudo o que tinha, bulbos e raízes, no que foi seguido por outro, e outro… Ocorrendo assim a primeira grande queda da história das bolsas. Os resultados foram cruéis e a tulipa acabou formando uma torrente de desesperados falidos pelo excesso de oferta.

Era o estouro da bolha especulativa…

O pânico se instalou, veio uma crise e depressão econômica.

1.2 Origem e Evolução Histórica

Os mercados a futuro, cuja utilização no Brasil é relativamente recente, têm origens que remontam há séculos, a partir do próprio desenvolvimento dos mecanismos de trocas junto às civilizações mais antigas. Na Grécia e na Roma antigas, os mercados já haviam atingido um elevado grau de institucionalização, com horário e local prefixados para negociação, sistema de escambo e de câmbio de moedas, além de um esquema de contratação

para entrega futura. Nessa época, já existia a preocupação dos compradores em adquirir junto aos agricultores, as futuras colheitas a um preço fixo. Esse procedimento mostrou-se benéfico para ambas as partes e foi o embrião do mercado de entrega diferida de um bem.

Apesar do declínio dessas civilizações, os princípios básicos dos mercados centrais sobreviveram à chamada Idade Obscura, muito embora o amplo fluxo de comércio tenha sido interrompido.

Na Idade Média, o conceito básico de negociações futuras foi inicialmente reprimido, devido ao total controle da produção e da comercialização pelos senhores feudais. Com o surgimento da burguesia, viu-se um novo impulso às técnicas de negociação de épocas anteriores.

A prática de mercados com locais e horários fixados e divulgados previamente ressurgiu, entretanto, através das feiras medievais, organizadas pelas primeiras associações de mercadores , artesãos e promotores de negócios, com o apoio de autoridades políticas.

A Inglaterra logo se transformou num grande centro de comercialização, contribuindo para o estabelecimento de locais próprios para o comércio, ou feiras. Isso lhe conferiu o posto de maior Mercado da época, servindo de ligação entre vários países e difundindo os contratos para entrega futura.

Os grandes descobrimentos trouxeram mais desenvolvimento para o Mercado, tornando imprescindível a elaboração de regras que o regulamentassem. Mais uma vez, a Inglaterra saiu na frente, através de sua Lei Mercantil. Esta lei determinava normas mínimas para a negociação das mercadorias nas províncias,

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