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Miguel Rio Branco: imagem-poema na contemporaneidade

Por:   •  3/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.378 Palavras (6 Páginas)  •  458 Visualizações

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Miguel Rio Branco: imagem-poema na contemporaneidade

Considerado como um dos melhores fotojornalista de cor, Miguel da Silva Paranhos do Rio Branco é também pintor, diretor de cinema e criador de instalações multimídia. Miguel nasceu em 1946 em Las Palmas de Gran Canaria, na Espanha. A chegada dele no Brasil se deu em 1970, quando realizou uma produção de cinema experimental e de fotografia. Já em 1980, lançou seus primeiros fotolivros. Nesta mesma época, Miguel Rio Branco iniciou suas primeiras exposições individuais, sem nenhuma proximidade com outras forças, instituições e movimentos. Assim, ele contrariava os interesses das agências de fotografias que também surgiam, porém para apagar fotógrafos e suas produções, como expõe Carvalho:

“Enquanto as exposições invididuais não foram priozadas pela INfoto, algumas indicara o desenvolvimento de certos fotógrafos. A exposição de Miguel Rio Branco ‘Nada levarei quando morrer aqueles que mim devem cobrarei no inferno’, em 1980, interpretou a realiade dura e precária do Pelourinho, Salvador, Banhia, por meio de retratos de prostitutas e pequenos crimonosos” (CARVALHO, 1996, p.24).

O fotográfo Rio Branco é correspondente da agência Magnum Photos desde os anos oitenta, além de ter trabalhado em eventos de arte, pintura e cinema. Atualmente, os seus trabalhos fazem parte de grandes acervos no Brasil e internacionalmente. Em 1966, estudou no New York Institute of Photography. Em 1968 estudou na Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) do Rio de Janeiro, Brasil. Dentros as suas produções, destacam Dulce sudor amargo (1985), Nakta (1996), Entre os olho, o Deserto (2001), Entre Los Ojos (1999) e Gritos Surdos (2002).

Como apontado pelo próprio Rio Branco, sua definição de profissional se enquadra em um artista visual. Desta maneira, Persichetti (2008, p9) salienta que, “Rio Branco se vê no sentido mais completo da palavra artista, como sendo alguém que enxerga com olhar de pintor, tem a velocidade de um fotógrafo e algo de escultor e/ou compositor”. A partir disso, pode-se compreende que Miguel estabele uma marca em suas produções por meio de conexões entre as imagens e seus descobraentos em imagens-poema e não, expecificamente, uma temática. Ou seja, os seu trabalhos ganham notariedade e se destacam justamente pelo fato de Rio explorar do uso de elementos plásticos, além da utilização de elementos como signos, marcas, tutuagens e cicatrizes em suas fotográfias que nos rementem a sensação de que o “real referente não possui estabilidade, mas está em constante movimento”. Por isso, Kátia Lombardi (2007) discute as fotografias de Rio, ao ponto de destacar outras importantes referências nas produções, ponderando-os como sendo um “novo gênero, denominado como documental imaginário”.

Desta maneira, outros autores defedem essa classificação de fotográfo documentátista correlacionando-a como próxima com a segunda corrente epistemológica, que defende a necesssidade da interação subjetiva do fotográfo na contrução do real. Contudo, o trabalho de Miguel estabele também relação com a terceira posição epistemológica defendida por Dubios, que estabele a foto a partir de elementos da Semiótica: índice, ícone e símbolo. Ou seja, a foto é índice por estabelecer um traço do real, logo após é um ícône por ser semelhante e, por fim, ele é um símbolo por possuir sentido. Com base nisso, Souza discute o trabalho de Miguel por possuir esses três elementos,

A fronteira entre o documento, no sentido originário do termo, e a arte estreita-se e esbate-se nesses casos. Os novos documentaristas desenvolvem mais comentários visuais sobre o mundo do que geram notícias visuais sobre esse mesmo mundo (Sousa, 2004: 176).

Pode-se dizer então, que o trabalho documental de Miguel Rio Branco é qualificado como sendo fotografia expressão, defendida pelo teórico francês André Rouillé (2009), “que nega a certeza do discurso referencial, sendo uma resposta à crise que assola a imagem documental no contemporâneo.” A partir dessas observações dos autores, é possível compreender que Miguel não possui uma temática definida, mas que ele estabelece estrátegias que criam um estilo próprio. Essas características são evidenciadas, principalmente, nas repetições de temas e de fotográfias, propricias na criação de uma nova narratica visual. Por isso, a temática surge como um condensado que convida a uma nova leitura de mundo a cada desdobramento. Em especial, o autor explora o uso de diferentes situções, envolvendo corpos e objetos, sem a definição de espaço e tempo.

Outro fato é a maneira como cria-se, com a existências das conexões, possíveis fronteiras entre os elementos, como a relação do homem com o espaço, com o animal, a vida e a morte, com as marcas do tempo. Ainda, outros recinhecidos autores entendem a obra de Rio Branco como sendo um diálogo com a história e a da arte, isso pelo fato das suas produções se inserirem no âmbito artístico de imagens poéticas. Dentro dessa discussão, faz-se necessário destacar que para Miguel o tempo possui um significancia, pois e ela quem acaba com as pessoas e objetos e, por isso, é passivo de ser um elemento de construção da imagem. Em um de seus trabalhos, cujo tema é Pele do tempo, o autor destac que

“O tempo teria uma pele, um envelope que cerca e separa interior de exterior, invólucro de corpo, região sensível, portadora de mensagens, espelho da alma, primeira fronteira do ser. (...) E cada cicatriz

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