O Plágio na comunidade científica

VASCONCELOS, Sonia M. R. O plágio na comunidade cientifica: questões culturais e linguísticas. Cienc. Cult. vol.59 no.3 São Paulo July/Sept. 2007. Disponível em: < http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252007000300002&script=sci_arttext>. Acesso em: 23/10/16.

O plágio pode ser definido como “apropriação ou imitação de ideias, linguagem, pensamento de outro autor e a representação das mesmas como fossem daquele que as utiliza” segundo Random House Unabridfed Dictionary. Mas esta definição se harmoniza com as demais definições dos países de língua inglesa. Referente esta prática, os países procuram reprimir, no Reino Unido o aluno pode ser expulso da universidade, no Estados Unidos o aluno fica sujeito a punições acadêmicas. Mas as práticas não se limitam apenas a calouros, sendo que até cientistas como em um caso do projeto de pesquisa, plagiado por um pesquisador biólogo, que chegou a ser entregue por sua orientadora ao National Institutes of Health (NIH). O financiamento da pesquisa foi automaticamente cancelado. Essa política de tolerância zero na academia, combate ainda ao plágio conhecido como paráfrase, onde a reprodução não se dá exatamente pela cópia literal, mas indiretamente, sendo mais difícil de ser encontrado. Mas como preleciona Edlund, a simples utilização da ideia de outro determinado autor sem cita-lo devidamente já se configura como roubo. O pesquisador Marcel, ainda foi mais além ao se referir ao plágio de ideias como sendo o roubo da própria identidade como cientista. No entanto em países como China, Singapura e Coréia, a autoria e a originalidade não são valorizadas desta forma pois a noção de propriedade intelectual tradicionalmente está mais vinculada ao coletivo do que ao individual originando vários conflitos de autoria no contexto acadêmico. Desta maneira se faz de extrema importância abordar a problemática do plágio em seu contexto internacional nas universidades e outras instituições de pesquisa como também políticas educacionais para o desenvolvimento das atividades cientificas, principalmente brasileiras, responsáveis por grandes trabalhos produzidos no exterior.

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