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O declínio da Sony

Por:   •  14/5/2015  •  Artigo  •  416 Palavras (2 Páginas)  •  285 Visualizações

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O declínio da Sony

Meu primo tem 24 anos, está cursando a faculdade de engenharia de telecomunicações e sabe tudo de computador. Lembro-me de uma conversa que tivemos, há coisa de dois anos. Falávamos sobre notebooks. Ele me dava uma espécie de consultoria sobre qual modelo escolher. À certa altura da conversa, indaguei sobre o Sony Vaio. Ele foi categórico: não compre! Quem, como o meu primo, nasceu em meados dos anos 90 talvez não conheça o impacto cultural que a Sony exerceu em diversas gerações do último milênio. Mas algumas decisões equivocadas abalaram a capacidade de inovar da empresa japonesa transformando a gigante da eletrônica numa empresa sem foco, cujo futuro é incerto.

Quando revelou para o mundo o walkman, em 1979, a Sony iniciou uma revolução na forma como as pessoas interagiam com a música. Mesmo quando empresas rivais começaram a produzir imitações de custo mais baixo, a demanda pelo walkman não caiu. Porque os consumidores confiavam na marca Sony. Depois do sucesso estrondoso do Walkman, a Sony se uniu com Phillips para aperfeiçoar o formato do disco compacto. Os CDs tinham mais qualidade e capacidade de armazenamento do que as fitas cassete, e poderiam ter colocado de vez a Sony na vanguarda da inovação do consumo de mídia.

Contudo, os CDs podem ser considerados o último suspiro de influência da Sony no mercado. Porque enquanto a japonesa seguiu desenvolvendo novos formatos, ignorou a real demanda que ela mesma havia criado. Foi vítima de sua própria incapacidade de avaliar corretamente os movimentos do mercado e de seus concorrentes, que caminhavam em passos largos para o desenvolvimento de uma nova tecnologia de mídia (o mp3). Quando, em outubro de 2001, Steve Jobs anunciou a próxima revolução da música, o iPod, marcou de vez o declínio da Sony como a líder mundial em tecnologia.

Em 2001, perdida no bonde da história, a Sony passou a identificar-se como um conglomerado de entretenimento, atuando todas as áreas do setor, desde a produção de equipamentos de filmagem à exibição de seus filmes em salas de cinema. Mas, ao adquirir a várias empresas diferentes, a Sony criou um inchaço corporativo que aumentou a burocracia, diminuiu a eficiência na comunicação entre as áreas e asfixiou de vez sua capacidade de inovação. Atualmente, o ramo mais lucrativo da Sony não é a sua divisão de eletrônicos, nem mesmo a de entretenimento, mas o seu braço financeiro. A mais influente empresa de tecnologia do século passado faz mais dinheiro hoje vendendo o seguro de vida.

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