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Ética de Cant

Tese: Ética de Cant. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/4/2014  •  Tese  •  1.638 Palavras (7 Páginas)  •  392 Visualizações

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Instituto Federal Sul Rio Grandense

Campus pelotas visconde da graça

disciplina: filosofia

turma: 207

Ética kantiana

Utilitarismo

Discentes: Jaíne Velho

Pelotas, 11 de julho de 2013

Ética Kantiana.

Opondo-se à moral do coração de Rousseau, Kant volta a afirmar o papel da razão na Ética. Não existe bondade natural. Por natureza, diz Kant, somos egoístas,ambiciosos, destrutivos, agressivos, cruéis, ávidos de prazeres que nunca nossa ciam e pelos quais matamos, mentimos, roubamos.

É justamente por isso que precisamos do dever para nos tornarmos seres morais.

A exposição kantiana parte de duas distinções:

1.a distinção entre razão pura teórica ou especulativa e razão pura prática;

2.a distinção entre ação por causalidade ou necessidade e ação por finalidade ou liberdade. Razão pura teórica e prática são universais, isto é, as mesmas para todos os homens em todos os tempos e lugares - podem variar no tempo e no espaço os

conteúdos dos conhecimentos e das ações, mas as formas da atividade racional de conhecimento e da ação são universais..... A diferença entre razão teórica e prática encontra-se em seus objetos. A razão teórica ou especulativa tem como matéria ou conteúdo a realidade exterior a nós, um sistema de objetos que opera segundo leis necessárias de causa e efeito, independentes de nossa intervenção; a razão prática não contempla uma causalidade externa necessária, mas cria sua própria realidade, na qual se exerce. Essa diferença decorre da distinção entre necessidade e finalidade/ liberdade.

A Natureza é o reino da necessidade, isto é, de acontecimentos regidos por sequências necessárias de causa e efeito - é o reino da física, da astronomia, da química, da psicologia. Diferentemente do reino da Natureza, há o reino humano dana qual as ações são realizadas racionalmente não por necessidade causal, mas por finalidade e liberdade. A razão prática é a liberdade como instauração de normas e fins éticos. Se a razão prática tem o poder para criar normas e fins morais, tem também o poder para impô-los a si mesma. Essa imposição que a razão prática faz a si mesma daquilo que ela própria criou é o

dever. Este, portanto, longe de ser uma imposição externa feita à nossa vontade e à nossa consciência, é a expressão da lei moral em nós, manifestação mais alta da humanidade em nós. Obedecê-lo é obedecer a si mesmo. Por dever, damos a nós mesmos os valores, os fins e as leis de nossa ação moral e por isso somos autônomos.

Resta, porém, uma questão: se somos racionais e livres por que valores, fins eleis morais não são espontâneos em nós, mas precisam assumir a forma do dever?

Responde Kant: porque não somos seres morais apenas. Também somos seres naturais, submetidos á causalidade necessária da Natureza. Nosso corpo e nossa psique são feitos de apetites, impulsos, desejos e paixões. Nossos sentimentos,nossas emoções e nossos comportamentos são a parte da Natureza em nós,exercendo domínio sobre nós, submetendo-se á causalidade natural inexorável. Quem se submete a eles não pode possuir a autonomia ética. A Natureza nos impele a agir por interesse. Este é a forma natural do egoísmo quenos leva a usar coisas e pessoas como meios e instrumentos para o que desejamos. Além disso, o interesse nos faz viver na ilusão de que somos livres e racionais por realizarmos ações que julgamos terem sido decididas livremente por nós, quando,na verdade, são um impulso cego determinado pela causalidade natural. Agir por interesse é agir determinado por motivações físicas, psíquicas, vitais, à maneira dos animais. Visto que apetites, impulsos, desejos, tendências, comportamentos naturais costumam ser muito mais fortes do que a razão, a razão prática e a verdadeira liberdade precisam dobrar nossa parte natural e impor-nos nosso ser moral. Elas o fazem obrigando-nos a passar das motivações do interesse para o dever. Para sermos livres, precisamos ser obrigados pelo dever de sermos livres. Assim, á colocação sobre o perigo de a educação ética constituir-se em violência contra nossa natureza espontaneamente passional, Kant responderá que pelo contrário, a violência estará em não compreendermos nossa destinação racional e em confundirmos nossa liberdade com a satisfação irracional de todos os nossos apetites e impulsos. O dever revela nossa verdadeira natureza. O dever, afirma Kant, não se apresenta através de um conjunto de conteúdos fixos,que definiriam a essência de cada virtude e diriam que atos deveriam ser praticado se evitados em cada circunstância de nossa vida. O dever não é um catálogo de virtudes nem uma lista de "faça isto" e "não faça aquilo". O dever é uma

forma que deve valer para toda e qualquer ação moral. Essa forma não é indicativa, mas imperativa. O imperativo não admite hipóteses("se... então") nem condições que o fariam valer em certas situações e não valer em outras, mas vale incondicionalmente e sem exceções para todas as circunstâncias de todas as ações morais. Por isso, o dever é um imperativo categórico.

Ordena incondicionalmente. Não é uma motivação psicológica, mas a

lei moral interior.

O imperativo categórico exprime-se numa fórmula geral:

Age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal.

Em outras palavras, o ato moral é aquele que se realiza como acordo entre a vontade e as leis universais que ela dá a si mesma. Essa fórmula permite a Kant deduzir as três máximas morais que exprimem a incondicionalidade dos atos realizados por dever.

São elas:

1.Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;

2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um

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