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A Guide for Social Science Students and Researchers

Por:   •  3/10/2016  •  Resenha  •  3.108 Palavras (13 Páginas)  •  376 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

VINÍCIUS A. C. DE OLIVEIRA

VINÍCIUS DA A. SANTOS

QUALITATIVE RESEARCH PRACTICE

A Guide for Social Science Students and Researchers

(Resenha do cap. 3)

Marília

2016

O capítulo “Design Issues” inicia-se com a concepção do autor sobre “o que seria uma pesquisa qualitativa de qualidade”. Ele cita que deve haver primeiramente coerência entre as questões abordadas e os métodos, e a abordagem do tema que assim criará dados válidos e confiáveis. Para ele, uma pesquisa qualitativa deve ser flexível no que diz respeito a adaptar-se com seu campo de pesquisa, pois, é necessário que se “flerte” com o desconhecido se a intenção da pesquisa é criar algo e não duplicar algo já existente. O autor aponta como um dos pontos fortes da pesquisa qualitativa a possibilidade de se explorar situações imprevisíveis que possam ocorrer no decorrer de uma pesquisa.

Este capítulo abordará quatro aspectos centrais do design dessa pesquisa, que são: o desenvolvimento das questões que serão abordadas na pesquisa, decisões as opções de fontes e populações e como essa pesquisa será embasada nestes dados, a estrutura temporal dos dados recolhidos, a escolha dos métodos da extração de informação e a consideração de relações sociais envolvidas com a pesquisa.

Definindo as questões da pesquisa: existem alguns requisitos que devem ser alcançados que são: clareza, inteligibilidade e não ser ambíguo. Deve ser focada no seu tema, mas sem limitar-se a ele. Deve ser capaz de explicar-se com os dados fornecidos, e não se dispondo de aplicações filosóficas. Deve ter algum fim, seja na política, prática ou desenvolvimento de uma teoria social. Ligada a algum tema já existente ou com potencial de criar uma contribuição “original” para preencher algum campo. Adaptável aos recursos passíveis de serem usados e que haja algum interesse do pesquisador com esta pesquisa.

Ainda que o pesquisador tenha sua perspectiva individual e não seja passível a sua neutralidade na pesquisa é necessário que este se mantenha aberto a conceitos que possam emergir à medida que a pesquisa toma forma.

O autor defende que a variabilidade de abordagens é necessária, assim são citadas as três formas de abordagem falhas, de acordo com Silverman. A primeira seria o “simplistic inductivism” (ou simplicidade indutiva) onde o pesquisador espera que as ideias surjam por meio de conhecimento empírico. O segundo seria o “kitchen sinkers” ou (pensadores desordenados) cujos pensamentos são desordenados e desestruturados na concepção de ideias e os “grand theorists” (meramente teóricos), que precisam ser lembrados frequentemente que é necessário o uso de dados em sua pesquisa para afirmar sua tese.  

Deve-se haver uma grande preocupação no que diz respeito a interação do projeto, dados e teoria, afirmando que a relação entre eles é multidirecional, assim sendo, todos são igualmente necessários e agem no campo dos outros dois. Como foi dito anteriormente, a pesquisa deve ser moldada de acordo com a situação, considerando-se estes três quesitos, mas há um limite para a ampliação/adaptação do tema, é necessário que se haja um foco para que o estudo não perca a coerência.

Construindo sua pesquisa embasando-se em dados e populações: A seleção de dados deve ocorrer de forma a identificar as variantes de dados que permitirão a pesquisa a mais relevante, compreensiva e rica informação. Em seguida ele discutirá os dois problemas centrais da apropriação de dados e populações no desenvolvimento da pesquisa, que são: o papel das comparações na pesquisa qualitativa e o papel dos casos estudados.

O processo de comparação no desenvolvimento da pesquisa qualitativa: Alguns pesquisadores apoiam a comparação e a tem como importante no que diz respeito a melhora na elaboração da pesquisa, sobretudo nas comparações há uma preocupação no controle do material de pesquisa, onde devem haver dois grupos que divergem em relação a uma variável chave, para que o efeito dessa variável seja compreendido.

Há ainda os teóricos que criticam essa forma de abordagem, pois de acordo com eles é mais difícil de reter o contexto nos estudos comparativos, que podem levar até a uma menor precisão do estudo, pois se desconsidera a singularidade e complexidade de cada fonte utilizada, pois as diferenças, segundo Stake não podem ser simplesmente medidas. O autor defende a comparação como processo de análise mais prático. Mas faz a seguinte ressalva: a comparação na pesquisa qualitativa tem como fundamento não a “medição da diferença” e sim o entendimento da pesquisa em sua integridade.

É defendido no texto que as comparações devem ser traçadas dentro dos grupos que se encaixam na mesma estrutura. Ainda que os grupos de controle sejam mais comuns na pesquisa quantitativa, podem ser úteis na pesquisa qualitativa para se compreender o impacto da matéria de estudo central da pesquisa nessas populações.

Construindo estudos de caso e conexões no desenvolvimento da pesquisa qualitativa: o termo “estudo de caso” é fortemente associado com a pesquisa qualitativa mesmo que seja usada de diversas formas. Ainda assim é usada algumas vezes como sinônimo de pesquisa qualitativa. A definição do estudo de caso diz que este deve conter múltiplas perspectivas de um mesmo fato, assim a amostra da pesquisa é estruturada dentro de um contexto ao invés de ser embasada em uma série de participantes individuais. O autor fomenta a necessidade de vários pontos de vista, pois só assim é possível chegar a uma conclusão que uma visão única de um caso não pode fornecer à pesquisa.

O estudo de caso aumenta o número de questões ao longo do desenvolvimento da pesquisa. É necessário que haja um conhecimento prévio à pesquisa para que as decisões sobre a composição de cada caso, como os participantes a ser em envolvidos e quais variáveis escolher entre os casos e locais seja efetuada.

Escolhendo os atributos cronológicos da pesquisa:  O estudo de caso envolve decisões sobre qual o período particular de tempo será escolhido na pesquisa, e este virá a decidir quais os aspectos a se considerar e em qual quantidade.

O “timing” da pesquisa: A determinação do período apropriado para se recolher as amostras deve considerar as perspectivas em que o processo ou evento são afetados pelo “objetivo do estudo”.        

O número dos episódios da pesquisa e o papel da pesquisa longitudinal:

Pesquisa de únicos episódios: Há várias pesquisas de episódio único em seu desenvolvimento. Esse tipo de abordagem é apropriado quando a manifestação se dá no tema da pesquisa, se o que está sendo estudado é relativamente estável. Ainda que haja uma leve dinâmica de mutação no objeto de estudo, um único episódio pode ser suficiente. Mas o autor afirma que se a diferença na amostra for o aspecto sendo estudado e especialmente se o processo envolvido é complexo ou se o período de tempo da análise é grande, um único episódio não será suficiente.

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