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A Crise dos Mísseis

Por:   •  5/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.151 Palavras (13 Páginas)  •  934 Visualizações

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GUERRA FRIA: CRISE DOS MÍSSEIS DE 1962

Thainá da Rosa Boing

Resumo: O presente artigo irá abordar a Crise dos Mísseis durante a Guerra Fria, que se passou no pós-Segunda Guerra Mundial. A Guerra Fria é conhecida por esse nome devido a não existência de conflito bélico entre as duas potências que disputavam a hegemonia mundial, Estados Unidos e União Soviética. Ao fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa estava em pedaços, mas ambas as potências cresceram economicamente e politicamente. Os Estados Unidos era um Estado superior a qualquer outro em recursos materiais, financeiros e tecnológicos, e em 1945 somente ele possuía a tecnologia da produção da bomba nuclear. Em 1949, a URSS produz a sua primeira bomba atômica. O medo de uma possível Guerra Nuclear se alastrou pelo mundo. A crise dos mísseis em outubro de 1962, foi um dos momentos de maior tensão da Guerra Fria, foram 13 dias de suspense mundial.

Palavras-chave: Estados Unidos da América (E.U.A), União das Republicas Socialistas Soviéticas (U.R.S.S), Guerra Fria, Crise dos Mísseis em Cuba.

1. INTRODUÇÃO

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos e a Rússia vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo, dando início a Guerra Fria. O planeta ficou a beira de uma possível Terceira Guerra Mundial devido à Crise dos Mísseis em Cuba. Com mistérios a serem desvendados entre o sistema capitalista e socialista.

O artigo terá ênfase na Crise dos Mísseis de 1962, na qual os Estados Unidos decidiram romper relações com Cuba impondo boicote total de suas mercadorias à ilha.

A “crise de outubro”, como se conhecem aqueles acontecimentos nos Estados Unidos, chegou a constituir um momento crucial na Guerra Fria. Estendendo-se durante 13 dias de negociações até resultar em uma decisão.

Após negociações, no dia 28 de outubro de 1962, Krushev recuou e ordenou a retirada dos mísseis em Cuba, depois de acordos secretos com o EUA. Nesse acordo, o chefe de Estado Soviético “desnuclerisava” Cuba e também determinava a retirada dos mísseis Americanos Júpiter da Turquia. Acabando, assim com uma possível guerra nuclear.

2. GUERRA FRIA (1945-1986 ou 1991)

Segundo Demétrio Magnoli em seu livro ‘’Da Guerra Fria à Detente’’ o conceito de Guerra Fria, indica um período muito mais amplo, onde as divergências entre as duas superpotências multiplicam-se pelo espaço planetário sem encontrarem solução. Nem paz, nem guerra. Guerra fria. Também pode-se dizer por não ter acontecido um conflito bélico, ou seja, um conflito ‘’quente’’, onde a vitória dentro de um conflito nuclear seria impossível. Segundo o filósofo Thomas Hobbes, a guerra consiste não só na batalha, ou no ato de lutar, mas num período de tempo em que a vontade de disputar a batalha é suficientemente conhecida.

As duas superpotências envolveram-se em uma corrida armamentista  espalhando exércitos em seus próprios territórios e de seus aliados. Esse período ficou conhecido como Paz Armada. Em 1947, o governo americano criou o Plano Marshall, que tinha como objetivo ajudar na reconstrução de países que eram seus aliados, após a Segunda Guerra Mundial. A URSS criou, em 1949, o COMECON, com o objetivo de garantir auxílio entre os países socialistas, impedindo que os mesmos demonstrassem interesse no Plano Marshall. Começou então a corrida armamentista entre as duas maiores potências mundiais, ambos com o intuito de proteger-se um do outro. A corrida não baseou-se somente no aumento do arsenal bélico, mas também a tecnologia diversificadas, como o foguete. O principal medo era o receio de que o inimigo possuísse uma arma de nível tecnológico superior.

A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) foi criada em 1949, liderada pelos Estados Unidos e contando com países-membros como Inglaterra, Itália, França e Alemanha Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética, defendia os interesses de países socialistas como Cuba, China, Coréia do Norte e Alemanha Oriental. As duas potências criaram planos para desenvolver economicamente os países membros.

Como Frederico, da Prússia, citou em uma carta enviada a Catarina, a Grande, da Rússia no século XVIII, onde já previa a divisão do mundo em dois blocos. ’Dois impérios dividirão o mundo entre si: Rússia a leste e América a oeste. E nós, os povos localizados entre ambos, estaremos tão desonrados, teremos caído tão baixo, que não saberemos, exceto por uma vaga e imprecisa lembrança, o que fomos no passado’’.

Em entrevista á revista americana TIME em janeiro de 1972, o Presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon disse:

’Precisamos lembrar que o único período da História Universal em que tivemos uma fase prolongada de paz coincidiu com um equilíbrio de forças. É quando uma nação se torna muito mais poderosa do que os seus concorrentes potenciais que nasce o perigo de uma guerra. Creio, portanto, num mundo em que os Estados Unidos são poderosos. Acho que o mundo será mais seguro e melhor se tivermos os Estados Unidos, a Europa, a União Soviética, a China e o Japão todos eles poderosos e sadios, cada qual equilibrando o outro, não se atirando um contra o outro, mas em verdadeiro equilíbrio’’.

Não se sabe ao certo quando a Guerra terminou, historiadores dizem que foi com a queda do muro de Berlim em 1989, que dividia a cidade entre a parte socialista e a parte capitalista, e outros dizem que foi em 1991 quando os regimes socialistas começaram a cair, dando fim a União Soviética.

Como afirmou Demétrio Magnoli, a guerra fria é o reinado de uma nova forma de equilíbrio, definida com a precisão pelo conceito de equilíbrio do terror. Depois da Segunda Guerra Mundial, o equilíbrio do terror atravessou três fases distintas, cada uma caracterizada por um determinado balanço do poder bélico das superpotências na escala planetária. Na segunda fase a superioridade nuclear americana é incontestável. O conflito típico dessa fase, e que também marca o seu final, é a famosa Crise dos Mísseis em Cuba, em 1962.

3. INTRODUÇÃO À CRISE DOS MÍSSEIS EM CUBA

Em meio a guerra fria, os 13 dias que causaram mais tensão em todo o sistema internacional foi o período da Crise dos mísseis em Cuba de 1962.O que muita gente não sabe, é que na verdade a crise dos mísseis em Cuba não foi uma ameaça aos Estados Unidos somente, mas sim, uma resposta as ameaças partida do capitalismo liberal (Estados Unidos).

Algum tempo antes da Crise dar inicio, os Estados Unidos  posicionou na Turquia mísseis em direção à União Soviética, apesar de diversos pedidos e tentativas de acordo para que os mísseis fossem retirados, todas as possibilidades de acordos não funcionaram. Sentindo-se então ameaçados, a União Soviética decidiu posicionar mísseis em Cuba (também socialista) em direção aos Estados Unidos .Com essa “contra resposta” às ameaças de interesse militar, político e econômico, no mundo foi gerado uma tensão, temor de uma possível nova guerra mundial.

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