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Angela Gomes- O Populismo E As Ciências Sociais No Brasil.

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Por:   •  21/11/2014  •  559 Palavras (3 Páginas)  •  1.312 Visualizações

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Angela Gomes- O populismo e as Ciências Sociais no Brasil.

Um conceito, muitas histórias

• Escrever sobre o populismo no Brasil será sempre um risco. Por incompletude ou por “má” compreensão, onde o texto será alvo fácil de críticas de todas as espécies. A autora esclarece que assume, portanto, uma abordagem historiográfica para enfrentar o tema populismo.

• O objetivo do texto é identificar e delinear as principais propostas elaboradas para conformar a categoria na experiência brasileira, situando alguns contextos, autores e textos.

• O nível de questionamento acerca do termo parece não afetar em nada a aceitabilidade e trânsito do mesmo conceito no uso corrente da sociedade, pois tem um significado incorporado à memória coletiva daqueles que têm participação política: o de estigmatizador de políticos que enganam o povo com promessas nunca cumpridas ou, pior ainda, os que articulam fácil com falta de caráter em nome de interesses pessoais. É o populismo, afinal, que demonstra como o “povo não sabe votar” ou “ainda não aprendeu a votar”.

O contexto das primeiras formulações

• A escolha de marco inicial desse texto recaiu em meados da década de 50, quando a academia vivia a juventude de seus vinte e poucos anos e era muito recente o interesse dos cientistas sociais em construir análises sobre a estrutura do poder nacional.

• Este grupo intelectual seleto tinha como objetivo mais imediato formular uma interpretação para a crise nacional em curso, interpretação que pretendia esclarecer e mobilizar forças progressistas de um país, tendo em vista o desencadeamento de um movimento amplo em prol de reformas de base.

• A autora sugere que o surgimento do populismo na política brasileira pode ser exemplificado por um ensaio chamado “O que é o ademarismo?”, descartando o ademarismo como uma expressão de política de clientela, mesmo que ele se beneficie de práticas clientelísticas. Assim, mesmo que disponha de um partido, o PSP, sua influência, especialmente sobre o eleitorado de base rural, é de ordem pessoal; isto é, é o líder quem dá substância ao partido, e não a máquina eleitoral que sustenta o líder. No ensaio, o populismo é definido como uma combinação de alguns fatores, como: um proletariado sem consciência de classe, uma classe dominante em crise e sem projetos para o país e um líder carismático no poder, capaz de mobilizar as massas e empolgar o poder.

• As formulações sobre o fenômeno populista estão imersas na temática mais abrangente do nacional-desenvolvimentismo, sendo ele entendido como uma manifestação da transição dos países latino-americanos de uma fase da economia dependente de base agrário-exportadora para uma fase moderna de expansão urbano-industrial, em que a existência das massas é uma das características.

• Dos anos 40 ao 60, portanto, o populismo teria como que duas faces indissolúveis. A econômica, traduzida pelo processo de industrialização em curso; e a política, mais complexa e ambígua em termos de diagnósticos, materializada pela experiência exemplificada pelos anos JK. Os inícios da década de 60 elevam o tom do debate sobre populismo, que como todos os demais, sofrerá o impacto do movimento militar de 1964.

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