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As Relações Comerciais Entre Brasil E Argentina: Considerações Do pós-guerra Ao MERCOSUL

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Por:   •  10/10/2014  •  3.825 Palavras (16 Páginas)  •  378 Visualizações

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Apresentação

Este trabalho tem como objetivo descrever brevemente a História da Argentina após a 1ª e 2ª Guerras Mundiais e explicar seu desenvolvimento até os dias atuais. O foco principal será nas relações entre Brasil e Argentina, especialmente nos assuntos que dizem respeito ao MERCOSUL.

Serão expostas questões atuais discutidas na mídia e reflexões sobre como as relações econômicas e políticas entre os dois países afetam o crescimento do país e a vida da população.

Introdução

Durante toda a história de sua democracia, a Argentina foi marcada por grandes crises, recessões e dificuldades políticas e econômicas. Hoje em dia, o país deu a volta por cima e apresenta crescimento econômico.

Atualmente, o país possui a terceira maior economia da América Latina, devido ao fato de que o governo tem realizado gastos excessivos em obras públicas e programas sociais. Isso permitiu crescimento em forte ritmo.

Situa-se entre as 10 nações mais empreendedoras do mundo. De acordo com pesquisas, 1 de cada 8 argentinos está envolvido no desenvolvimento de novas empresas e projetos inovadores. É evidente que a Argentina detêm recursos humanos com alta capacidade para a criação de novos negócios e o desenvolvimento de projetos inovadores.

O nível da população, a variedade de recursos naturais, a atividade científico-tecnológica, e o MERCOSUL, propiciam o posicionamento do país para as atividades empreendedoras. O empreendedorismo é fator vital no desenvolvimento por que alavanca a produtividade, gera emprego e proporciona capital econômico e social.

Por conta de suas atrações naturais, suas caracteristicas da cultura na capital do país e a natureza no interior e ao sul, a Argentina é constantemente visitada por turistas do mundo inteiro. Buenos Aires, Cordilheira dos Andes, as vinícolas à oeste, a Patagônia ao sul e as geleiras no extremo sul são os principais roteiros escolhidos.

Além disso, a Argentina também é muito cotada por estudantes para a realização de cursos de espanhol já que os argentinos têm uma boa bagagem para acrescentar em intercâmbios culturais.

Economia e finanças

Mesmo com a crise econômica vivenciada pela Argentina no inicio da década, a economia do país apresenta inflação moderada e recuperação dos investimentos.

A agricultura e a pecuária são as bases do país. A agricultura está entre as maiores do mundo. Além disso, é uma grande produtora e exportadora de cereais, onde o trigo é o principal produto.

A exportação de produtos pecuários, como a carne de gado e a lã, é de grande importância para a economia argentina. A pesca, não é devidamente explorada apesar de seu potencial.

A expansão da indústria no país iniciou-se na década de 90, mas foi favorecida pelo MERCOSUL. Em 2006, a indústria argentina foi responsável por aproximadamente 35% do Produto Interno Bruto. Atualmente, as principais indústrias do país são têxtil, química, petroquímica, alimentícia, de veículos, metalúrgicas e de aço.

No fim dos anos 90 ocorreu a queda na produção industrial, mas em 2002, um novo modelo econômico foi adotado para possibilitar a volta do crescimento da indústria.

Atualmente, o quadro macroeconômico apresenta um conjunto estável da estrutura dos contratos que ajudam a ampliar o planejamento do setor privado.

O país tem um plano nacional de desenvolvimento para alcançar a estabilidade financeira para gerar emprego e melhorar a qualidade de vida de individuos que vivem na pobreza. Assegurar o desenvolvimento da Argentina é um verdadeiro desafio que permite a inclusão social, já que o país tem grandes indices de desigualdades.

O peso é a moeda oficial da Argentina e o tipo de câmbio é o de flutuação suja, ou seja, o Banco Central analisa e observa de perto as possíveis variações e intervém quando considera necessário.

MERCOSUL: Argentina e Brasil

A relação entre Brasil e Argentina é vista por muitos como um relacionamento cheio de atritos e conflitos que vão desde a política ao futebol. Essa instabilidade de relacionamento teve destaque até 1980, onde ocorreram períodos de rivalidade sobre a busca de cooperação.

O primeiro passo em direção à aproximação das relações bilaterais aconteceu quando o presidente brasileiro Sarney e o argentino Alfonsín assinaram a Declaração do Iguaçu em 1985.

Em 1986 foi estabelecido o primeiro acordo bilateral entre os países, a Ata para a integração Brasil-Argentina , que criou o “Programa de Integração e Cooperação Econômica Brasil-Argentina” (PICE), envolvendo vários setores, como bens de capital, trigo, produtos alimentícios industrializados, energia e assuntos financeiros.

Também assinaram em 1988 o Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento para a formação de uma área de livre comércio. Depois de algum tempo, assinaram a “Ata de Buenos Aires” que objetivou a redução do prazo do livre comércio para quatro anos e meio, além de estabelecer como principal meta o mercado comum. Esse referencial adotado obteve mais destaque por meio do MERCOSUL.

Muitos políticos e economistas afirmam que a criação do MERCOSUL representou o avanço entre as intensificações comerciais entre Brasil e Argentina.

Com isso as exportações brasileiras com destino à Argentina tiveram um total de US$ 645 milhões, enquanto as importações foram de US$ 1,399 bilhão em 1990. Após um período de 6 anos, esses valores saltaram para US$5,1 bilhões e US$ 6,8 bilhões, respectivamente. Por muito tempo, os principais produtos de exportação e importação entre Brasil e Argentina foram da área automotiva.

Porém, a partir de 1999 com impasse econômico vivido pela Argentina nos últimos anos com a queda do poder de compra da população e com a desvalorização cambial no Brasil as relações comerciais sofreram uma grande retratação.

É importante afirmar que as importações e as exportações entre Brasil e Argentina ganharam mais espaço e importante integração comercial depois da criação do Mercosul.

Tomando-se como base o Mercosul, o estreitamento desse relacionamento ofereceu amplas vantagens econômicas para ambos os países.

História econômica da Argentina

Muitos estudiosos das relações econômicas na América Latina tentaram responder o questionamento de porque a Argentina, um dos países mais ricos da região não conseguiu se mostrar no

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