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Azerbaijão: Da Esquina Do Mundo Para A Arena Internacional

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Por:   •  6/6/2014  •  1.232 Palavras (5 Páginas)  •  442 Visualizações

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Da Esquina do Mundo para a Arena Internacional

Na esquina do mundo, na fronteira entre a Europa e a Ásia, encontramos o Azerbaijão. Pequeno país do Cáucaso com uma área de cerca de 86.600 quilômetros quadrados, a República do Azerbaijão passa a mostrar cada vez mais sua importância no Sistema Internacional, especialmente quando se fala em seus recursos energéticos, uma vez que encontramos importantes jazidas de petróleo, gás, cobre e ferro. Banhado pelo Mar Cáspio a Oeste, o Azerbaijão faz fronteira com a Rússia, Geórgia, Armênia e Irã, além de possuir uma República Autônoma, Nakhchivan, que é delimitado também pela Turquia. Por estar localizado em um ponto estratégico, entre a Europa e a Ásia, o Azerbaijão tem características únicas. Nas palavras de Paulo Ântonio Pereira Pinto :

Especialistas e simpatizantes situam, aqui, fronteiras entre a Europa e a Ásia, entre o Ocidente e o Oriente, entre o Mundo Cristão e o Muçulmano, entre áreas de influências atuais da Rússia, Irã e Turquia e, na condição de ex-integrante da União Soviética, entre um sistema centralmente planificado e um de economia de mercado

O Azerbaijão é membro de diversas organizações internacionais, como a Organização das Nações Unidas, o Movimento Não Alinhado, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, Organização Mundial da Saúde, Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional dentre outros. Atualmente, o país tem relações diplomáticas com 160 países.

No plano de cooperação com organizações econômicas globais, destacamos a participação do Azerbaijão na Organização Mundial do Comércio e, como falado anteriormente, na Organização da Conferência Islâmica. Já no plano regional, o Azerbaijão coopera com a União Europeia, Organização de Cooperação Econômica do Mar Negro, Organização de Cooperação Econômica (a qual agrupa dez países da “Eurásia”) e a Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa, da qual faz parte do Programa Especial para as Economias do Azerbaijão, Ásia Central e Afeganistão (SPECA).

A Missão Permanente da República do Azerbaijão na ONU foi iniciada em 1992 tendo como objetivo inicial atrair a atenção da comunidade internacional para o conflito com a Armênia, buscando utilizar o potencial das Nações Unidas para encontrar uma solução pacífica para a questão. Além disso, o Azerbaijão procura desenvolver relações e cooperações com a organização e reconhece o papel importante da ONU para a manutenção da paz e segurança mundial. Apesar disso, o país defende a necessidade de uma reforma no Conselho de Segurança para uma maior eficiência das Nações Unidas.

O Azerbaijão está ligado com diversas missões e organismos da ONU, com destaque ao PNUD e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO). O país colabora com diversos programas que buscam a melhoria da qualidade de vida em países subdesenvolvidos.

De 2012 a 2013, o Azerbaijão foi membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU, sendo o primeiro país da sua região a conseguir tal cadeira. Para o presidente Ilham Aliyev, a conquista foi um resultado do sucesso da diplomacia do Azerbaijão no cenário internacional, uma vez que o país passou a ter um papel crescente não só em sua região, mas em âmbito global.

Durante seu termo como membro do Conselho de Segurança, o Azerbaijão contribuiu para a manutenção da paz mundial, uma vez que o país enfatiza sua preocupação com assuntos como o terrorismo, os genocídios, os conflitos separatistas, narcotráfico e diversas outras questões que ameaçam não apenas a segurança regional, mas a internacional.

Em 2011, o Ministério de Relações Exteriores do Azerbaijão criou a Azerbaijan International Development Agency (AIDA), com a finalidade colaborar para a resolução de problemas sociais no mundo. As atividades da AIDA estão divididas em duas principais direções: ajuda humanitária e assistência para o desenvolvimento, tendo em base os “Objetivos do Milênio”. Por meio de acordos bilaterais e multilaterais, a Agência Azerbaijana para o Desenvolvimento Internacional já beneficiou mais de vinte países em diversos setores, como cultura, educação, saúde, além de cooperação tecnológica e energética. Fornecendo ajuda para países estrangeiros, a AIDA colabora para fortalecer as relações do Azerbaijão com outros países, sendo um importante ator para a política externa azerbaijana. A Agência ainda coopera com diversas organizações internacionais, como, por exemplo, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Organização da Conferência Islâmica (OCI) e o Banco Islâmico de Desenvolvimento.

Dentre as ajudas humanitárias fornecidas pela AIDA, podemos citar o caso do Panamá que, em 2012, sofreu um desastre natural causado pelas chuvas contínuas e recebeu ajuda do Azerbaijão para amenizar as conseqüências. Além disso, forneceu ajuda financeira para refugiados da Síria na Jordânia em 2012.

Com sua parceria estratégica com a Organização da Conferência Islâmica e com o Banco Islâmico de Desenvolvimento, a AIDA é ator notório na campanha contra cegueira evitável em 9 países africanos membros da OCI. Nesta ajuda humanitária, oftalmologistas azerbaijanos participaram da campanha e colaboraram para que milhares de pessoas pudessem evitar algum tipo de cegueira ou até mesmo recuperar a visão.

Além das ajudas humanitárias,

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