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Congresso de Viena

Por:   •  9/5/2018  •  Resenha  •  1.048 Palavras (5 Páginas)  •  201 Visualizações

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Congresso de Viena

Para poder nos aprofundarmos nessa questão, antes temos que citar alguns

precedentes que nos levaram a esse acontecimento. A revolução francesa, na qual

teve início em 1789, foi causada pela revolta da população que tinham os impostos

cada vez maiores no qual serviam para custear os gastos e a boa vida da corte, do

clero e da nobreza. A população contou também com a ajuda dos burgueses que viam

a má administração como um obstáculo para o desenvolvimento do capitalismo. Os

ideais iluministas acabaram entrando em choque com o absolutismo francês, e em

meio a uma série de crises, o Rei Luiz XVI tentou contornar a situação convocando os

estados gerais para estabelecer uma reunião para coletar mais impostos, mas acabou

aumentando as chances de uma crise, que levou a França a uma revolução, inclusive

com a execução do próprio Rei Luiz XVI. Na metade da revolução, vários grupos

políticos como, jacobinos e girondinos acabaram buscando o poder, e em meio a esta

crise institucional que percorre durante 10 anos, de 1789 a 1799, temos a ascensão

de uma liderança que emerge do seio militar, Napoleão Bonaparte que, dá um golpe

de estado em 1799, se auto proclamando primeiro cônsul.

Napoleão abraça os ideais iluministas, sendo assim, uma continuação da Revolução

francesa, a continuação do caráter burguês e a expansão dos ideais iluministas pela

Europa, e isso tudo pela conquista, pela invasão por meio das tropas francesas. O

período napoleônico vai de 1799 a 1815. Em sua volta da campanha fracassada na

Rússia em 1814, ano marcado por sua primeira queda, foi quando os países que

tinham sido atacados pelas tropas francesas se reuniram em Viena, capital da Áustria,

buscando eliminar os ideais iluministas, tendo assim caráter reacionário, e possuindo

o objetivo de resgatar a Europa pré-Revolução francesa.

O congresso de Viena procurou se estabelecer a partir de 3 princípios. O primeiro é o

princípio da restauração, que pregava que todas as famílias reais, as casas

monárquicas que foram derrubadas por Napoleão Bonaparte, tinham o direito de voltar

ao trono, ganhando apoio do conjunto de nações europeias.

O segundo princípio é o da legitimidade. Com a expansão do domínio Francês,

Napoleão acabou alterando as fronteiras de alguns países europeus. Um caso

especifico é o do Sacro Império Romano Germânico, que deixou de existir pela ação

expansionista de Bonaparte. Sendo assim esse princípio tinha como objetivo resgatar

e reorganizar as fronteiras pedidas durante a expansão, nos moldes do período pré-

Revolução Francesa. O pais mais beneficiado com esse princípio foi a própria França,

mesmo sendo nesse período um pais derrotado. Isso aconteceu por conta de Charles

Talleyrand, um diplomata francês, que com o apoio de outros países conseguiram

garantir que as suas fronteiras não seriam alteradas. O terceiro princípio, dizia que

nenhum país europeu poderia ter uma força militar superior ao conjunto das nações

europeias, no qual acreditavam que era possível impedir que um país fosse mais forte

do que os outros.

Para evitar que novas revoluções de caráter iluminista pudessem surgir, foi criada uma

aliança militar, a chamada “Santa Aliança”, no qual recebeu esse nome por querer

expressar a cultura cristã da época. Os países que integravam originalmente a Santa

Aliança eram, Rússia, Prússia e Áustria, cada uma expressado uma ramificação do

cristianismo. Sendo assim, os austríacos o catolicismo, os prussianos o

protestantismo, e os russos o cristianismo ortodoxo. O congresso de Viena teve fim

em 1815, no qual procurou organizar a política externa da Europa nas décadas

decorrentes. Nele participaram os seguintes Estados soberanos: Inglaterra, Rússia,

Áustria, Suécia, Portugal, França, Espanha e Prússia.

Mesmo a Inglaterra já havendo feito uma revolução de caráter liberal, a chamada

Revolução Gloriosa, na qual tirou o poder do Rei e transferiu para o parlamento, a

Inglaterra tinha uma certa preocupação sobre as decisões europeias, pois o conjunto

de conflitos impedia as atividades comerciais do país que, estava passando por um

processo de expansão industrial. Sendo que Napoleão Bonaparte proclamou um

bloqueio continental que, impediam os países de comercializarem com os ingleses. O

objetivo da Inglaterra no congresso era que a Europa permanecesse em paz, pois isso

facilitaria e beneficiaria as atividades econômicas do país. Por fim, os ingleses

conseguiram sair reconhecidos como potência. Com os seus diplomatas, a França

conseguiu preservar suas fronteiras, nesse período, quem governa o país é

novamente um membro

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