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Ditadura Militar

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Por:   •  29/9/2013  •  885 Palavras (4 Páginas)  •  239 Visualizações

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Revolução de 1964

Esse movimento foi um golpe de Estado ocorrido no Brasil. Na madrugada de 31 de março para 1º de abril de 1964, líderes civis e militares conservadores derrubaram o presidente João Goulart. Diversos fatores levaram ao golpe, alguns circunstanciais e outros que se arrastavam havia décadas. Mas, resumidamente, dá para dizer que o movimento surgiu para afastar do poder um grupo político, liderado por João Goulart, que, na visão dos conspiradores, levava o Brasil para o "caminho do comunismo". Para entender melhor o golpe, é preciso lembrar o clima de radicalismo político que o país vivia. Até as Forças Armadas estavam rachadas, dividas em duas chapas que se enfrentavam nas eleições do Clube Militar desde os anos 50. "De um lado, estavam oficiais nacionalistas; do outro, um grupo que pregava maior aliança com os Estados Unidos, na verdade um recurso para enfrentar a ‘ameaça comunista’". Em 1964, a temperatura política no país havia subido tanto que, meses antes de ser deposto, João Goulart tentou declarar "estado de sítio", medida que ampliaria seus poderes. Muitos militares e líderes conservadores passaram a acreditar que o presidente daria um golpe para instalar uma ditadura de esquerda. Nesse ambiente de conspirações, teve início a rebelião de 31 de março. "Considerando que o Brasil estava numa encruzilhada, o golpe definiu uma solução ditatorial para a crise e colocou o país numa trajetória autoritária de mais de 20 anos".

Raízes da crise que levou os militares ao poder em 1964 surgiram décadas antes

1935 - Medo comunista

Em novembro de 1935 ocorre a Intentona Comunista, rebelião organizada pelo Partido Comunista Brasileiro. Em algumas capitais, como Rio e Natal, simpatizantes do partido tentam controlar quartéis e incentivar a população a derrubar o governo Getúlio Vargas. A rebelião é rapidamente derrotada, mas deixa uma herança: consolida em grande parte do Exército uma tradição de forte anticomunismo.

1948 - Teoria perigosa

Em 1948, oficiais brasileiros que frequentaram instituições militares americanas criam a Escola Superior de Guerra (ESG). Ela vira a sede do pensamento militar anticomunista no Brasil, atraindo elites conservadoras do país. A ESG elabora uma doutrina de segurança nacional, princípios teóricos que servirão para justificar a intervenção dos militares em assuntos do governo em nome de supostos "interesses da pátria”.

1954 - Ensaios golpistas

Entre 1951 e 1954, o governo nacionalista de Getúlio Vargas enfrenta feroz oposição de militares e líderes civis conservadores — grupo mais alinhado com interesses americanos. Em agosto de 1954, as articulações para um golpe militar param após o suicídio de Getúlio. Novas suspeitas de golpe surgem em 1956, com o mesmo grupo conservador tentando, sem sucesso, impedir a posse do novo presidente eleito, Juscelino Kubitschek.

1959 - Revolução numa ilha

O "perigo comunista" volta a ganhar destaque em 1959, quando uma revolução conduz Fidel Castro ao comando de Cuba. A ascensão de Fidel no Caribe traz o comunismo — antes só difundido em governos na Europa e na Ásia — próximo do Brasil, aumentando o medo dos conservadores em relação a políticos nacionalistas e de esquerda.

1961 - Renúncia inesperada

Em 25 de agosto de 1961, o presidente Jânio Quadros renuncia. Conservadores pressionam para que o vice, João Goulart (Jango),

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