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Nicolau Maquiavel: O Cidadão Sem Fortuna, O Intelecto De Virtù

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Por:   •  1/7/2014  •  652 Palavras (3 Páginas)  •  1.108 Visualizações

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Apesar do tempo que nos separa da época em que Maquiavel viveu, à quatro séculos atrás, seu nome ainda ecoa nos dias atuais, seja no âmbito formal ou informal, na literatura política ao apenas no dia-a-dia das pessoas, Maquiavel se tornou um mito e foi marcado pelos adjetivos como"maquiavélico" e "maquiavelismo", se referindo a figura de um homem tirano e traiçoeiro.

Nicolau Maquiavel nasceu em 1469 na península de Florença na Itália, onde a disputa pelo poder era constante, o Estado não mantia um governante por mais de dois meses no poder, aos 29 anos conquistou seu primeiro cargo de destaque público, com a queda de poder dos Médicis, Maquiavel passou a ocupar um cargo de considerável responsabilidade na administração do Estado, cumprindo várias missões diplomáticas. Com a volta dos Médicis ao poder, Maquiavel foi demitido e suspeito de conspiração contra o governo dos Médicis, foi torturado e condenado a prisão, ao sair da prisão e ainda impedido de exercer função em cargos públicos se reclui em uma propriedade rural e começa a escrever várias obras, em 1520 é incumbido de escrever sobre a cidade de Florença, após essa obra foi restaurada a república em 1527 e Nicolau foi considerado inimigo pela mesma, após esse fato adoece e morre de desgosto.

Maquiavel nasceu para falar do Estado, mas se preocupava em falar do Estado como ele é, na sua verdade efetiva, para ele a ordem não é natural e sim um produto necessário da política que deve ser construida pra evitar o caos, e uma vez alcançada haverá sempre o risco de que seja desfeita. Segundo Nicolau a política "é um processo de feixes de forças, proveniente das ações concretas do homens em sociedade", e completa dizendo que "o mundo da política não te leva ao céu, mas sua ausência é o pior dos infernos". (pag. 18)

O autor afirma que os homens são seres imutáveis, "ingratos, volúveis, simuladores, covárdes ante os perigos, ávidos de lucro" (O PRÍNCIPE, cap. XVII), e que esses atributos, embora negativos, fazem parte da natureza do homem. A história é cíclica, ela se repete, e que os ensinamentos eficazes utilizados para enfrentar o caos do passado podem ser também eficazes no presente.

Nicolau destaca que a sociedade é composta por duas forças, onde uma quer dominar o povo e a outra se contrapõe a essa dominação, "uma das forças quer dominar, enquanto a outra não quer ser dominada" (pag. 20), o autor sugere que o Principado e a República determina uma relação harmônica entre essas forças opostas, pois os vencidos não devem ser sufocados, em uma medita de evitar que se rebelem novamente. O príncipe não é um ditador, e sim um fundador do Estado, um agente de transição, para quando a sociedade encontrar seu equilíbrio político se tornar uma República.

Para conquistar a deusa Fortuna que possuía os bens que todos os homens desejavam: a honra, a riqueza, a glória e o poder, era necessário ter coragem e virilidade, ter virtude, o homem que conseguisse a virtù seria beneficiado pela deusa. O que Maquiavel quer mostrar na verdade é que ao contrário da mitologia da deusa, a virtú pode conquistar a fortuna, não se trata mais de questão de força para se chegar ao poder, mas sim da utilização virtuosa da força, o governante tem que ser capaz de chegar ao poder através de sua virtude e conseguir mantê-lo.

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