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O Brasil E A Liga Das Nações

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Por:   •  2/10/2014  •  3.511 Palavras (15 Páginas)  •  247 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

POILITICA EXTERNA BRASILEIRA I

Profº.: Thomaz Espósito

Acadêmicos: Bruna Fiali, Bruna Breviglieri, Camyla Alves, Franklin Schmalz e Rodrigo Espíndola.

O BRASIL E A LIGA DAS NAÇÕES

Dourados, 30 de novembro de 2013.

Introdução

Ao fim da Primeira Guerra Mundial, o Brasil, que teve uma participação pacata nesta, recebeu por estar ao lado dos Aliados, e portando, sendo um dos vencedores, o privilégio de participar da Conferência de Paz a ser realizada em Paris em 1919, com isso começou a desempenhar papeis consideráveis em meio aos acordos e objetivos desta conferência. Logo, por ter proximidade e amizade com os Estados Unidos da América, o Brasil pode lutar por alguns interesses particulares. De inicio, destaca-se o trabalho de João Pandiá Calógeras, que se empenhou em conseguir, antes mesmo da chegada da delegação oficial brasileira a ser chefiada por Epitácio Pesssoa, que o Brasil tivesse direito á três delegados na conferência, por fim o objetivo foi alcançado pela intercessão do presidente estadunidense Woodrow Wilson. Isso foi mal visto na Europa por se tratar do fato que o Brasil era o único país beligerante a ter três delegados, as grandes potências tinham cinco, e as menores dois ou um.

Durante a conferência o Brasil tinha em vista dois objetivos principais: 1) Que a Alemanha arcasse com suas dividas relativas á compras de café brasileiro; 2) Que o Brasil ganhasse a posse definitiva de todos os navios alemães presos em portos brasileiros a partir da guerra, questão a qual a França fortemente se opunha. Os dois objetivos foram alcançados, sendo garantidos pelo próprio Tratado de Versalhes.

Também pela influencia da amizade estadunidense, o Brasil veio a integrar a comissão para a Criação da Liga das Nações, sendo este considerado membro originário da Liga. A delegação do Brasil a principio se posicionou em favor das pequenas nações, que segundo a visão brasileira, seriam deixadas de fora dos eixos centrais da Liga pelas potências maiores, no caso, fora do Conselho Executivo, e assim caberia às potências menores discutir apenas questões de interesse limitado. Por fim, na exposição do projeto da Liga, constou-se que seriam admitidos quatro representantes das potências menores, dos quais o Brasil foi indicado pelos Estados Unidos a ser um deles, e que seriam cinco os representantes permanentes, sendo estes: França, Inglaterra, EUA, Itália e Japão. Mesmo os EUA que teve através do envolvimento do presidente Wilson grande participação na criação da Liga, por problemas internos, se afastaram, não adentrando nesta e adotando como politica externa o isolacionismo, no entanto, o Brasil mesmo sem seu principal aliado resolveu seguir na Liga.

Os primeiros anos da Liga das Nações foram dedicados á sua estruturação, o Brasil desde já se manteve presente nos trabalhos. Epitácio Pessoa, ao voltar para o Brasil, agora como presidente da república, vangloriava a situação internacional brasileira, tida de fato como louvável, neste período o país expandiu suas relações externas, criando novas embaixadas e representações, assim como firmando tratados e parcerias multilaterais que tiveram reflexos positivos na economia.

O Brasil manteve presença constante nos trabalhos da Liga. Foi reeleito sucessivamente, até sua retirada desta, á membro do conselho temporário, com aceitação considerável dos outros membros. Os papeis desenvolvidos nas determinadas comissões da Liga também se destacaram, muitos representantes brasileiros se tornaram referências dentro da organização pelo seu empenho na construção e lealdade ao projeto da organização.

Com a chegada de Arthur Bernardes à Presidência da República em 1922, levando em consideração o apresso deste presidente em relação ao fortalecimento da imagem do Brasil no exterior, tornou-se um objetivo da politica externa brasileira, conseguir um assento permanente no conselho, foi iniciada uma campanha em função disso. As pretensões brasileiras enfrentaram grandes obstáculos, como o firmamento e tentativa de união à Liga dos Tratados de Locarno e a candidatura da Alemanha como membro permanente. Essas divergências somadas á falta de apoio de todos os Estados à participação do Brasil como membro permanente, levou a decisões, que logo foram muito mal vistas interna e externamente, como o veto à entrada da Alemanha e posteriormente à saída do Brasil da Liga, posições firmadas sob a intenção de “vencer ou não perder”.

Atuação do Brasil na Liga das Nações

Em janeiro de 1920, a Liga teve sua primeira seção, nesta o Brasil, liderado por Gastão da Cunha, manifestou seu total apoio à Liga, inclusive se alegando o representante do continente americano. A primeira participação de destaque do Brasil se deu por Raul Fernandes, na organização do Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional, sua missão era de conciliar os interesses das grandes potências e os das potências menores, tendo grande êxito em sua tarefa, Fernandes ganhou muito prestigio dentro da Liga.

Um outro momento importante foi o veto brasileiro em relação á proposta de entrada da Espanha como membro permanente do Conselho, esta proposta veio como controvérsia à proposta do representante chileno Agustin Edwards, que previa o aumento em dois representantes no Conselho Permanente, sendo estes Brasil e Espanha. A contra-proposta foi de autoria de Paul Hymans(Belgica) e Balfour(Inglaterra), que se mostravam totalmente contrários à entrada do Brasil. Ao julgar errada e injusta a permissão de entrada de mais um país europeu e não de um país americano, a ordem vinda de Epitácio Pessoa, então Presidente da Republica, foi de que Gastão da Cunha, vetasse a entrada da Espanha, e este assim o fez, impedindo que o Conselho chegasse a um consenso.

Sendo representante do Conselho, o Brasil tinha algumas funções, tais como a apresentação de relatórios sobre determinadas questões, que não eram diretamente de seu interesse. O país ganhou prestígio ao desenvolver trabalhos, como: o Tratado de Assistência Mútua, elaborado por Domício da Gama; a Questão das Minorias, surgida principalmente pelo esfacelamento do Império Austro-húngaro, que tinha em Afrânio de Melo Franco um especialista;

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