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Plano De Metas Getulio Vargas

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Por:   •  3/11/2013  •  858 Palavras (4 Páginas)  •  4.420 Visualizações

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Com a chegada de Juscelino Kubitschek ao poder,em 1956, o Brasil entra na chamada fase desenvolvimentista. Juscelino, quase que de imediato, apresentou a nação o seu Plano de Metas que tinha como objetivo "crescer cinquenta anos em cinco”. Empobrecido, o Brasil tinha 60% da população no campo e, aproximadamente, 30 milhões de brasileiros dependiam da economia agrária. Desta forma, era hora de modernizar o país e investir no desenvolvimento, gerando crescimento e empregos. A finalidade do plano era consolidar o que começou com Getúlio, o chamado processo de substituição das importações. Assim, a primeira fase foi criar infraestrutura para que o país pudesse produzir dentro de seu território os produtos de que precisava.

JK chegou ao poder e se deparou com a Petrobras em franco crescimento e com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que foi implementada pelo governo Getúlio Vargas em 1950 e onde se decidiu investir na expansão dos setores de siderurgia e energia do país com isso se visava acelerar a industrialização nacional, um movimento que crescia entre países em desenvolvimento. Assim, com matéria-prima e energia garantida, era preciso investir em manufatura para garantir emprego e expandir o país para o interior. Foi aí que Juscelino fez sua grande aposta: abriu o mercado e criou barreiras protecionistas.

O governo JK promoveu uma ampla atividade do Estado, tanto no setor de infraestrutura como no incentivo direto à industrialização, mas assumiu também abertamente a necessidade de atrair capitais estrangeiros, concedendo-lhes inclusive grandes facilidades A instrução 113 facilitou os investimentos estrangeiros em áreas consideradas prioritárias pelo governo: indústria automobilística, transportes aéreos e estradas de ferro, eletricidade e aço.

O Plano de Metas dividiu-se em 31 metas que privilegiavam 5 setores da economia brasileira: energia, transporte, indústrias de base, alimentação e educação. Os setores que mais recursos receberam foram energia, transportes e indústrias de base, num total de 93% dos recursos alocados. Esse percentual demonstra por si só que os outros dois setores incluídos no plano, alimentação e educação, não mereceram o mesmo tratamento dos primeiros. A construção de Brasília não integrava nenhum dos cinco setores, mas representou o novo Brasil que JK pretendia formar, uma vez que permitiu a expansão rumo ao interior, que por sua vez estaria integrado com o resto do Brasil por rodovias. Nesse plano, JK reuniu o capital estatal, privado nacional e o estrangeiro.

Se por um lado o Plano alcançou os resultados esperados, por outro, foi responsável pela consolidação de um capitalismo extremamente dependente que sofreu muitas críticas e acirrou o debate em torno da política desenvolvimentista.

A entrada de multinacionais gerou empregos, porém, deixou nosso país mais dependente do capital externo e a dívida externa aumentou. O investimento na industrialização deixou de lado a zona rural, prejudicando o trabalhador do campo e a produção agrícola. O país ganhou uma nova capital, porém a dívida externa, contraída para esta obra, aumentou significativamente. A migração e o êxodo rural descontrolado fizeram aumentar a pobreza, a miséria e a violência nas grandes capitais do sudeste do país. Ao apostar na indústria automobilística, Juscelino praticamente abandonou as estradas de ferro e o desenvolvimento

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