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Plano Trienal.

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Por:   •  26/9/2014  •  3.253 Palavras (14 Páginas)  •  366 Visualizações

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RESUMO

Esse trabalho de conclusão semestral é referente a área de Economia e Mercado, do curso de Gestão de Marketing da Universidade Paulista – UNIP de Santana de Parnaíba, e tem como objetivo apresentar as políticas de estabilização de curto prazo propostas pelo ministro Celso Furtado através do Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social, implantado pelo governo de João Goulart no início de 1963, mostrando os benefícios que o plano oferecia ao país, e também problemas enfrentados pelo governo impossibilitando o Plano Trienal ir adiante - em função dos turbulentos contextos internos e externos.

ABSTRACT

This work semiannual conclusion is related to the field of Economics and Market, Course Management Marketing - Paulista University UNIP Santana de Parnaíba, and aims to present policies of short-term stabilization proposed by Minister Celso Furtado through the Triennial Plan Economic and Social Development, established by the government of João Goulart early 1963, showing the benefits that the plan offered the country, And also problems faced by the government preventing the Triennial Plan go ahead depending on the turbulent internal and external contexts.

SUMÁRIO

Introdução

Plano Trienal foi uma proposta elaborada por Celso Furtado que visava combater a inflação e fazer o Brasil crescer a uma taxa de 7% ao ano, além de iniciar uma política de distribuição de renda. A execução do Plano Trienal partia do princípio de substituição das mercadorias importadas por mercadorias nacionais, feita de forma gradual. Acreditava-se, assim, que a valorização da mercadoria interna ajudaria a aquecer o mercado nacional e alavancar a economia.

O Plano fazia grandes investimentos no mercado interno e acreditava numa taxa de crescimento das indústrias brasileiras na casa dos 70%, o que era surreal. Tais crenças demonstravam como a proposta era mal elaborada, além de evidenciar contradições, já que ocorreu aumento de impostos e tarifas, aumento de salários e busca de recursos externos em meio a uma política de combate ao produto estrangeiro.

Com isso todos os apontamentos apresentados já no planejamento do Plano Trienal e sua aplicação prática, tornou-se visível a fraqueza da proposta e o fracasso era inevitável. Almejando alcançar grandes números e numerosas conquistas para a economia brasileira, o Plano Trienal se deparou, em 1963, com um crescimento do PIB de apenas 0,6% e, em 1964, conheceu uma inflação geral de 91,8%.

Com tudo o projeto elaborado pelo Ministério do Planejamento de João Goulart não rendeu o esperado e a oposição aumentou a quantidade de críticas sobre o presidente brasileiro. Este, por sua vez, em ações desesperadas, passou a editar decretos-lei tentando corrigir as situações desagradáveis no Brasil e passou a defender a reforma agrária. A situação foi se aquecendo cada vez mais, os trabalhadores ganhavam espaço com movimentos sindicais, a reforma agrária era associada ao socialismo e a economia apresentava índices desastrosos. O resultado de todo esse ambiente de contestação e instabilidade foi o golpe político dado pelos militares em 1964 que derrubou Jango do poder e iniciou uma ditadura que duraria mais de 20 anos no Brasil.

1. Definições do Plano Trienal

De acordo com o livro de "Economia Brasileira" (Brito. 2009) o Brasil vinha de um momento de grande crescimento econômico, no governo de Juscelino (1956-1960), com crescimento do PIB em média de 8,3% ao ano, devido ao intenso processo de substituição das importações. Porém, a elevada taxa de inflação de dois dígitos, acima de 50%, causou uma queda no ritmo de crescimento, a partir de 1962. A taxa de crescimento do produto real chegou a alcançar 10,3% em 1961, baixando para 5,3% em 1962 e 1,5% em 1963. A taxa anual de inflação, contida em 30,5% em 1960, passou a aumentar em ritmo acelerado: 47,0% em 1961, 51,3% em 1962 e 81,3% em 1963, chegando a 91,9%, anualizada, no início de 1964.

Sendo assim com uma baixa de poder, João Goulart com a renuncia de seu antecessor Janio Quadro herdou um aís conturbado com uma economia totalmente desequilibrada. A alta nos índices de inflação produzia graves distorções nas decisões econômicas do governo. Os credores estrangeiros do Brasil viam dois fatores que sinalizavam a perda de controle do governo brasileiro:

• Alta inflação, que assustava até para os padrões da época;

• Déficit no balanço de pagamentos;

Com isso a única solução era o aumento da dívida externa ou uma intensa queima das reservas cambiais. Tal quadro dificultou futuras ajudas externas e a estabilização se tornava uma necessidade. Então, no Ministério da Fazenda, San Tiago Dantas, no Ministério Extraordinário do Planejamento, Celso Furtado, uniram–se na elaboração do chamado Plano Trienal.

Segundo Brito, para se entender essa subta queda das taxas de crescimento é preciso observar a que uma união de diversos elementos, tais como:

a) O número de substituições de produtos importados chegou a um limite que não possibilitaria manter as taxas de crescimento aceleradas.

b) A alta da taxa de inflação desestimulou a poupança interna e parou investimentos produtivos.

c) No plano externo, os desequilíbrios no balanço de pagamentos e principalmente os problemas para obter novos empréstimos e financiamentos devido à posição intransigente do FMI, dificultando as importações de maquinarias e insumos primordiais à produção industrial.

d) A Diminuição dos fluxos de entrada de investimento estrangeiro, devido à instabilidade política e também à lei 4.131/62, que regulamentou o registro de capital estrangeiro

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