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Politicas Publicas

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Por:   •  23/10/2013  •  1.432 Palavras (6 Páginas)  •  271 Visualizações

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Política como arte

Enquanto arte, a política é entendida como um dom natural, que

contém as qualidades para se relacionar com os diferentes.

Num senso mais comum, política é a arte de governar, assim

entendida como um dom de saber influenciar, manipular ou

controlar grupos, com a intenção de fazer avançar os propósitos

de alguns contra a oposição de outros.

Para Aristóteles, considerado o mais sagaz analista político de

todos os tempos, política é uma espécie de savoir faire (saber fazer),

com sensibilidade e imaginação, sob a racionalização dos seus

instrumentos tecnológicos (a exemplo da oratória). Na política

sempre está presente também, para Aristóteles, a reflexão crítica.

A política como arte, também pode ser compreendida por meio

de outras definições. Observe as concepções abaixo:

„„ é um fazer e um agir, dispondo as ações políticas dos

seus meios aos seus fins, mas pensando também dos fins

aos meios;

„„ é a arte do que é possível realizar aqui e agora, mas

pensando no depois;

„„ enquanto decisão política implica uma arte da

intervenção na indeterminação;

„„ tem uma dimensão criativa e um juízo teórico-prático;

„„ entre as aspirações que polarizam a vida humana, política

significa a percepção das mediações necessárias entre

governo e sociedade civil. Quer dizer, é por meio da política

que se dá a relação entre o povo e seus governantes.

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Política como ciência

A ciência política é uma área de saberes, estudos e pesquisas sobre o que existe em política. Trata-se dos estudos científicos sobre a política, cujos resultados geram livros e outras publicações sobre as produções acadêmicas e científicas a respeito da política.

A política como ciência, também pode ser compreendida por meio de outras concepções. Observe a seguir:

„„essencialmente ligada à história, economia, sociologia, psicologia e geografia humana;

„„tem como seu objeto de estudo as relações entre os governantes e governados, entre as instituições e vida real, entre as partes e o todo;

„„utiliza-se de métodos científicos para estabelecer, entender e explicar as relações acima enunciadas;

„„estuda o poder na relação entre sociedade e Estado, sua natureza, os fundamentos e forças políticas, os mitos e crenças populares a respeito dos políticos, os ritos e símbolos usados na prática política, as normas e valores em que a política se pauta, e, sua adequação e correspondência entre si em todos as formas de manifestação.

Política como ideologia

Como ideologia, a política fica atrelada aos diferentes juízos de valor e visão de mundo dos respectivos grupos sociais e políticos. Em outras palavras:

„„foca o poder para se instaurar ou para se manter em um regime determinado;

„„ideologicamente, a política é assumida como arma e justificação do poder, como ponto de honra perante as massas, como símbolo ou credo, pretendendo justificar as diferenças sociais, os poderes concentrados em instituições, a destinação dos recursos públicos e as obras realizadas pelas diversas esferas de governo;

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Políticas Públicas

Unidade 2

„„ exalta as virtudes e oculta a autocrítica (entre os

correligionários);

„„ coloca a necessidade de acreditar para realizar.

Política como filosofia

A filosofia política leva a refletir sobre a razão de ser da política,

buscando entender suas motivações e sentidos. Neste sentido:

„„ questiona-se sobre o espaço político próprio em relação ao

direito, à moral, à economia, e se existe, em que consiste;

„„ aqui se trata de uma esfera que engloba a reflexão sobre

as demais dimensões da política já abordadas;

„„ situa-se no encadeamento das relações entre os opostos,

isto é, relações dialéticas presentes nas dicotomias ou

paradoxos entre mando e obediência, privado e público,

amigo e inimigo;

„„ representa uma autoridade social para garantir o direito e

a ordem social.

Política como ética

Não se pode afirmar que exista uma relação direta entre política e

moral. Mas é importante ter presente que o que é lícito em política,

não se pode dizer que o seja em moral. Pode haver ações morais

que são apolíticas e ações políticas que são imorais. Essa distinção

foi atribuída a Maquiavel e é geralmente apresentada como

problema da autonomia da política. (BOBBIO et al, 1986, p. 961).

Para algo ser moral, basta estar de acordo com os costumes

aceitos por uma sociedade naquele contexto histórico específico.

Por exemplo,

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