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RESUMO CRÍTICO: Realismo

Por:   •  1/8/2016  •  Resenha  •  1.211 Palavras (5 Páginas)  •  400 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

                   FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

DISCENTE: Debora de Oliveira Carvalho  RA: 151223947

DOCENTE: Profa. Dra. Fernanda Sant’Anna

DISCIPLINA: Teoria das Relações Internacionais I

CURSO: Relações Internacionais - 2º Ano (Noturno)

RESUMO CRÍTICO: Realismo

Edward Hallet Carr foi um pesquisador inglês que seguiu por um tempo carreira diplomática, chegando a participar da Conferência de Paz em Paris junto à delegação de seu país. Este seu envolvimento na política internacional no período entre-guerras contribui para a produção de seu livro Vinte anos de Crise (1919-1939). Dessa forma, o autor tem por objetivo nesta obra mostrar as fragilidades da teoria liberal, e com isso, demonstrar como a teoria realista seria superior para a explicação da realidade dos Estados perante o sistema internacional nesse período.

Carr apresenta que não é possível explicitar a realidade da política internacional dos Estados através do pensamento idealista, visto que os utópicos analisam a prática ao invés da realidade. Além disso, ao longo do livro o autor traz a seguinte reflexão nos seus argumentos: por que a utopia dominou o pensamento teórico no entre-guerras dado que os Estados possuem interesses divergentes dentro do sistema internacional?

Segundo Edward, os utópicos defendem que os Estados têm que agir de acordo com a ética universal, isto é, que eles devem fazer que o interesse universal seja igual ao interesse nacional dos Estados, pois assim a paz seria assegurada no sistema internacional. Por outro lado, ele mostra que quando um governante diz que está atuando com ética perante os demais Estados na verdade ele está querendo mascarar seus interesses, uma vez que a natureza humana está sempre em busca de poder dado que eles são egoístas. Com isso, o autor coloca que esta ideia apresentada pelos idealistas é falaciosa, porque a ética tem que ser subordinada a política devido a busca constante dos Estados pela sobrevivência.

Carr retrata que a análise da política internacional deve ser feita de forma pragmática, ou seja, de maneira objetiva, pois os Estados são racionais de modo que eles operam segundo seus interesses nacionais e não segundo a ética universal e, além disso, para o autor política internacional é a busca pelo poder. Deste modo, a política dos Estados não podem ser analisadas por meio da ética, uma vez que a ação do Estado deve ser feita com base em fatos históricos e não com base na subjetividade, então as análises feitas de forma a respeitar a moral sempre apresentam o objetivo de alcançar os interesses individuais, ocasionando assim conflitos e guerras entre os Estados.

Conforme os idealistas poderia haver uma harmonia de interesses entre os Estados, visto que eles acreditavam que as aspirações individuais convergiriam para o bem coletivo. Mas, Edward retrata que o sistema internacional é anárquico não existindo assim autoridade superior que garanta a sobrevivência dos Estados, isto é, fazendo com que surja o sistema de auto-ajuda e os Estados tenham que garantir sua sobrevivência. Pode-se dizer então que a harmonia de interesses é vista como uma opção para que assim os Estados possam garantir a permanência de seus status quo.

No livro abordado o autor quis mostrar que perante a realidade vivida pelos Estados dentro do sistema internacional no contexto entre-guerras não há como os governantes agirem segundo a ética universal, pois os Estados estão sempre em busca de poder devido à preocupação deles com a sobrevivência e por natureza humana ser egoísta.

Ao longo do livro o autor conseguiu mostrar que a análise realista do sistema internacional era o mais coerente por verificar que ela mostra como a realidade é e não como ela poderia ser, mostrando assim que a análise utópica era frágil por se basear na prática e não na teoria, isto é, na realidade. Sendo assim, Carr logrou com sua finalização em sua obra, visto que suas afirmações convergiram para sua conclusão.

Hans Joachim Morgenthau nasceu na Alemanha e se naturalizou estadunidense. Em sua obra A política entre as nações o autor retomou a teoria realista trazida por Edward Carr, retratando o contexto das Guerras Mundiais. Com isso, o propósito de Morgenthau no seu livro é trazer uma teoria da política internacional de forma realista, isto é, conseguir comprovar a realidade como ela é por meio da empiria.

Morgenthau coloca que a política é em sua essência ação, ou seja, é a busca pelo poder, visto que os Estado precisa garantir sua sobrevivência. Deste modo, ao longo de sua obra ele explicita a seguinte inquietação: será que a teoria é coerente com os fatos e com seus elementos apresentados?

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