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RESUMO IMMANUEL KANT

Por:   •  23/4/2017  •  Seminário  •  1.087 Palavras (5 Páginas)  •  617 Visualizações

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Immanuel Kant foi o principal filósofo da era moderna. Nasceu em Königsberg, na Prússia, em 1724 e viveu toda sua vida em sua cidade, morrendo aos 79 anos. O filósofo prussiano era professor de uma universidade local e possuía uma vida regrada e uniforme.

Apesar de ser um grande admirador da Revolução Francesa, Kant não era um aristocrata nem um revolucionário, ou seja, não teve participação política de qualquer tipo. Ele efetuou uma síntese entre racionalismo e empirismo, além de suas obras possuírem um teor crítico – foi o criador da filosofia crítica –, tendo como principais Críticas: da Razão Pura (1787), da Razão Prática (1788) e do Juízo (1790).

Para Kant, há o conhecimento formal e o conhecimento material. A filosofia do primeiro é a lógica e a razão, excluindo a parte empírica. O segundo aborda a relação entre os objetos e as leis a que estão submetidos. Essas leis podem ser divididas em leis da natureza – tratadas pela física – e leis da liberdade, que tratam dos comportamentos livres dos homens e são objetos de estudo da ética.

As leis da liberdade, quando externas ao indivíduo, são consideradas leis jurídicas, ou seja, são aquelas constituídas por legisladores e posteriormente impostas. Quando internas ao indivíduo, as leis são denominadas leis morais, ou melhor, aquelas que provêm da consciência e do exercício individual da razão pura, da moral, e levam o homem a decidir se deve ou não praticar determinada ação.

Kant também fala sobre a dignidade do indivíduo como ser racional, o qual possui a predisposição de não obedecer senão as leis que ele próprio estabelece. O homem é fim de si mesmo, tal é o fundamento do seu direito inato à liberdade, e de todos os demais direitos políticos.

Quanto à norma moral, segundo Kant, ela age conforme o imperativo categórico. O imperativo categórico estabelece o cumprimento do dever exclusivamente motivado pelo que é correto e objetivamente necessário fazer, no qual o indivíduo deve ser imparcial – abandonar finalidades materiais ou pessoais – e comportar-se segundo máximas que todos podem aplicar. Por outro lado, há o imperativo hipotético, em que o cumprimento do dever é uma ordem condicionada pelo que resultar de sua ação seja satisfatório ou proveitoso para o interesse particular do indivíduo, seguindo máximas que não podem ser universalizadas.

Em relação à liberdade, Kant diz que é a liberdade de agir segundo as leis, porém essas leis não são externamente impostas, mas auto-impostas, descrevendo as relações de causa e efeito da natureza e da vida. Este é o conceito positivo da liberdade, no qual ela se designa como autônoma, isto é, como propriedade dos seres racionais de legislarem para si próprios.

No que se refere aos deveres morais, os homens são responsáveis perante si mesmos; na esfera jurídica, são responsáveis perante os demais. Além disso, a sociedade se estrutura conforme a justiça, na qual cada indivíduo tem a liberdade de fazer o que quiser contanto que não interfira na liberdade dos demais. O direito, portanto, realiza aquilo que constitui essencialmente o homem: a liberdade. Esse conjunto de ideias denota que Kant é possivelmente o mais sólido e radical teórico do liberalismo.

Além dessas teorias, Kant também fala sobre o direito privado, que trata dos direitos naturais dos indivíduos, derivados estes do direito de liberdade, o único direito humano verdadeiramente inato. O direito privado é, para Kant, um direito provisório, sendo uma necessidade do homem e até mesmo seu dever moral e universal passar do estado de natureza para o estado civil, estabelecendo um direito público de caráter permanente. O direito público é definido por Kant como um sistema legal de caráter geral estabelecido para um povo ou multiplicidade de povos através de uma vontade unificadora representada em uma constituição a fim de estabelecer a justiça.

É possível constatar o traço de conservadorismo político em sua aversão a qualquer possibilidade de revolução. Assim sendo, o povo deve obedecer ao soberano estabelecido independentemente de sua origem e ações,

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