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Sociedade capitalista e classes sociais

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Por:   •  2/11/2014  •  Tese  •  9.523 Palavras (39 Páginas)  •  569 Visualizações

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A Sociedade Capitalista e as Classes Sociais

O conceito de estratificação social

“Divisão da sociedade em camadas ou estratos sociais”, na qual os ocupantes de cada classe possuem acesso diferenciado ou desigual a oportunidades sociais e “recompensas” (taxas de retorno?).Estrato = conjunto de pessoas que detêm o mesmo ‘status’ ou posição social. Sociedades estratificadas são organizadas em ‘castas’, ‘estamentos’ ou ‘classes sociais’.

O que leva a estratificação social?

Divisão social do trabalho, especialização, competição.Diferenças biológicas (idade, sexo, raça e etnia).Esforço, circunstâncias (oportunidades) e sorte.

Barreiras socias

• Fatores que dificultam o acesso a determinado grupo ou camada social:Endogamia, etnia, exclusivismos profissionais, religiosos, nacionais ou raciais.Barreiras sociais institucionalizadas: Apartheid em 1948 na África do Sul até o final da década de 80. Proibição do casamento fora do grupo social: Índia e Nepal de forma explícita.

Estratificação social em Karl Marx

• Estratificação ligada à dimensão econômica. Desigualdade se estabelece nas relações de produção entre os que exploram e os que são explorados. Fonte de desigualdade: mais-valia• Classes sociais fundamentais: 1) burguesia, proprietários dos meios de produção; e 2) proletariado, não dispõem dos meios de produção e portanto têm que vender ao mercado sua força de trabalho.Pluralismo de classe VS. classes fundamentais em Marx

Estratificação social em Max Weber

Diferentemente de Marx, que conceituou classes sociais bipolares sobretudo a partir das relações de produção, Weber

afirmava que classes sociais se estratificam em função não só de suas relações de produção, mas também de prestígio (status), poder (político) e aquisição de bens (econômico).A estratificação ocorre por estas três vias de forma independente, mas com um caráter de complementaridade. A formação de classes e multidimensional.

A Sociedade Capitalista e as Classes Sociais

A estrutura social da sociedade capitalista está dividida em classes. A apropriação econômica é o principal definidor da estratificação social. Outras distinções oriundas de diferenciações de religião, de ocupação, de hereditariedade, entre outras, são secundárias se comparadas à distinção econômica.

Diferença entre classes e outros tipos de estratos:

- Classes não são estabelecidas por providências legais ou religiosas.

- Não se baseia em posição herdada (como nos estamentos ou castas). As pessoas podem ascender ao topo da pirâmide social sem pertencer a uma família considerada tradicional.

- Não existe restrição formal quanto ao casamento interclasse.

- A mobilidade social é maior (mesmo com dificuldades, a classe pode ser conquistada).

- No sistema de classes os fatores econômicos preponderam sobre todos os outros.

- As desigualdades se expressam na diferença de trabalho e arrecadação de cada um.

A hierarquia na sociedade capitalista está determinada pela posição que o indivíduo ou grupo ocupa na produção e no mercado, ou ainda considerando a capacidade de consumo. Se ocupar posição importante no mercado, automaticamente ocuparei posição importante na sociedade.

Normalmente se divide os

indivíduos em classes de acordo com a capacidade de consumo: ex: classe alta, média e baixa; classe A, B, C, D e E.

A sociedade capitalista é a mais desigual se comparada a outros tipos. Uma minoria de pessoas se apropria de quase toda a riqueza produzida, expressa na renda, nas propriedades e também nos bens simbólicos expressos no acesso a educação e aos bens culturais como museus, livros, teatro, etc. a desigualdade pode ser observada na miséria de uns e riqueza de outros.

O discurso que se prega na sociedade capitalista é que todos têm as mesmas oportunidades, e basta se esforçar para prosperar e enriquecer.

Desigualdades no Brasil

A desigualdade social e a pobreza são problemas sociais que afetam a maioria dos países na atualidade. A pobreza existe em todos os países, pobres ou ricos, mas a desigualdade social é um fenômeno que ocorre principalmente em países não desenvolvidos.

O conceito de desigualdade social é um guarda-chuva que compreende diversos tipos de desigualdades, desde desigualdade de oportunidade, resultado, etc., até desigualdade de escolaridade, de renda, de gênero, etc. De modo geral, a desigualdade econômica – a mais conhecida – é chamada imprecisamente de desigualdade social, dada pela distribuição desigual de renda. No Brasil, a desigualdade social tem sido um cartão de visita para o mundo, pois é um dos países mais desiguais. Segundo dados da ONU, em 2005 o Brasil era a 8º nação mais desigual do mundo. O índice Gini, que mede a desigualdade de renda, divulgou em 2009 que a do Brasil caiu de 0,58 para 0,52 (quanto mais próximo de 1, maior a

desigualdade), porém esta ainda é gritante.

Alguns dos pesquisadores que estudam a desigualdade social brasileira atribuem, em parte, a persistente desigualdade brasileira a fatores que remontam ao Brasil colônia, pré-1930 – a máquina midiática, em especial a televisiva, produz e reproduz a ideia da desigualdade, creditando o “pecado original” como fator primordial desse flagelo social e, assim, por extensão, o senso comum “compra” essa ideia já formatada –, ao afirmar que são três os “pilares coloniais” que apoiam a desigualdade: a influência ibérica, os padrões de títulos de posse de latifúndios e a escravidão.

É evidente que essas variáveis contribuíram intensamente para que a desigualdade brasileira permanecesse por séculos em patamares inaceitáveis. Todavia, a desigualdade social no Brasil tem sido percebida nas últimas décadas, não como herança pré-moderna, mas sim como decorrência do efetivo processo de modernização que tomou o país a partir do início do século XIX.

Junto com o próprio desenvolvimento econômico, cresceu também a miséria, as disparidades sociais – educação,

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