TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS I

Por:   •  16/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  636 Palavras (3 Páginas)  •  422 Visualizações

Página 1 de 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INSTITUTO DE ECONOMIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS

TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS I

PROF. DRA. MARRIELLE MAIA ALVES FERREIRA

ALUNOS: FÁBIO

FABRÍCIO CORRÊA PARECIS DE OLIVEIRA   MAT: 11611RIT064

RITA DE CÁSSIA BORGES         MAT: 11521RIT046

Norman Angell tem como pretensão, nos capítulos analisados, comprovar que a guerra é uma grande ilusão. Ele mostra a ineficácia das políticas expansionistas e armamentistas em relação à estabilidade financeira e industrial, e à prosperidade e bem estar daqueles que detém o domínio. Critica a corrida bélica, afirmando que “o poder político e militar é economicamente inútil; ou seja, em nada contribui para a prosperidade e o bem estar daqueles que o detêm” (Angell, 2002, p. 26). Angell também argumenta contra a “militarização necessária para impedir a dominação comercial do vizinho” usando exemplos de nações pequenas que tem um bom comércio e desenvolvimento e são desmilitarizadas (Holanda e Suécia). Dessa forma, mostra a inutilidade da guerra, reforça que ela é uma grande ilusão, tendo em vista que não contribui em nada para a prosperidade dos países envolvidos (nem para os dominados, nem para os dominadores). Este autor acredita que a cooperação entre as nações é uma maneira de possibilitar a paz no cenário internacional, mesmo porque, no sistema de produção atual, os Estados tornaram-se interdependentes e, em caso de guerras, não seria prejudicada somente a economia dos que conflitam, mas seria colocada em risco a prosperidade de todos os outros.

Carr denomina como utópico o pensamento anterior (idealista ou liberal) e o desqualifica por considerar que esta linha de pensamento falhou na sua prática. Ele critica a incapacidade do idealismo de propor soluções, pois o fim do idealismo era prevenir a guerra, mas não tinha a proposta de qual método utilizar.

Contrapondo Angell, Carr acredita que o conflito entre as nações é inevitável, pois cada Estado tem seus interesses próprios e o instinto natural de sobrevivência (a natureza humana é má - Hobbes). Ainda, para ele, deve existir uma anarquia internacional, em que cada Estado busca estar sempre alerta e se proteger do outro. Ele também ironiza a harmonia de interesse, onde os Estados, mesmo com interesses divergentes, cooperariam entre si para satisfazer os interesses de maneira benéfica a todos os interessados.

Carr utiliza nesta teoria os três princípios básicos do realismo, inspirados em Maquiavel, os quais dizem: a história é uma consequência de causa e efeito; a teoria não cria a prática, mas sim a prática cria a teoria; e a política não é uma função da ética, mas sim a ética função da política, e a moral é produto do poder. Já para os idealistas, o indivíduo visa o bem comum, a ética deve nortear a política e as leis morais são estabelecidas através do raciocínio correto do indivíduo em relação à comunidade.

Os dois autores analisados, através de suas teorias, mostra o mundo como “deveria ser” (Angell) versus “o mundo como realmente é” (Carr). Como crítica aos pensadores, entendemos que Angell tem bons argumentos, principalmente em aspectos econômicos, tendo em vista que a guerra realmente não traz prosperidade e riquezas, ao contrário, elas trazem destruição e atrasos para o desenvolvimento. Também, a cooperação pode sim ser um facilitador para a paz mundial. Porém, considerando aspectos políticos, culturais e religiosos, entendemos também que o conflito, muitas vezes, se torna inevitável, como afirma Carr, mesmo porque a natureza humana é egoísta, cada nação tem seus interesses a defender e por aspectos, inclusive culturais, muitas delas querem justamente mostrar o maior poder, não estando dispostas evitar o conflito. Vemos reflexos na política internacional atual de situações de interesses, como regiões de disputas religiosas, onde se têm um jogo de soma zero (nenhum lado vai abrir mão); Também a questão da paz democrática, promovida principalmente pelos EUA, onde se causa a Guerra para levar a democracia.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (4.1 Kb)   pdf (71.9 Kb)   docx (9.9 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com