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Xenofobia Na África Do Sul

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Por:   •  28/11/2014  •  677 Palavras (3 Páginas)  •  564 Visualizações

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1. Introdução

O fenômeno migratório tem uma visão subversiva, e, de certa forma, desafia a Soberania Territorial. O imigrante não é visto com bons olhos mediante o cidadão nacional. Existe uma certa apatia com relação ao perfil do imigrante.

É preciso levar em consideração, ao tratar do tema imigrante, algumas características intrínsecas a ele: 1. é um ser humano. 2. Sua condição de não ser nem estrangeiro e nem cidadão. 3 O imigrante é um trabalhador (não do ponto de vista econômico, mas levando em consideração sua história, seu passado, sua individualidade. E por último, o quarto fator: Foram os imigrantes que ergueram e constituíram boa parte das nações existentes.

Dado este conceito introdutório, falaremos a seguir sobre os ataques xenofóbicos na África do Sul, que aconteceram em Maio de 2.008. Foram vítimas os imigrantes de Zimbábue, Moçambique, Somália, Etiópia e Ângola). A onda de fúria e ataques, nos deixa uma reflexão: Até onde a Soberania pode imperar? O conceito dogmático e exclusivo da Soberania Territorial tem sido debatido e relativizado nos últimos anos. Os imigrantes têm mexido em muitos conceitos “lugares comum” ao longo da história.

2. Xenofobia na África do Sul (Um Tema Atual)

A África do Sul recebeu um alto número de imigrantes nos últimos anos, na maioria de Zimbábue ( país vizinho que sofre a maior crise econômica da história). A estimativa é que 10% dos 50 milhões de habitantes da África do Sul sejam estrangeiros.

Os cidadãos de Johanesburgo atacaram os imigrantes de países como Zimbábue e Moçambique, principalmente, além de Malaui, Congo, Burundi, Ruanda, Somália e Etiópia.

Em 11 de Maio de 2.008, na África do Sul (Johanesburgo, capital econômica do país), ocorreram uma série de ataques xenofóbicos, cometidos por negros sul africanos contra estrangeiros destes países próximos. Os ataques espalharam-se para outras cidades, e até 22 de Maio, 42 pessoas foram mortas, e centenas feridas. Mais de 25 mil imigrantes foram expulsos de suas casas, nas periferias das cidades (principalmente Johanesburgo), e a fuga desesperada de mais de 100.00 estrangeiros

Desde o fim do apartheid, o sistema de segregação racial, que vigorava na África do Sul, milhões de imigrantes se dirigiram ao país em busca de trabalho e proteção. Mas eles acabaram sendo considerados por muitos como responsáveis pelos problemas sociais da África do Sul. Estes são acusados de tráfico de drogas, de tirar emprego do cidadão-nacional e dos altos níveis de criminalidade (considerados os mais altos do mundo).

Relata-se que mulheres foram estupradas, crianças e pessoas inocentes mortas, nestes ataques. Gente vitimada pela globalização do desemprego e pelo aumento da miséria.

A única diferença entre essa gente dos que os atacaram era a nacionalidade. Bastava ser estrangeiro. A invasão é vista, em casos como este, como um desafio a Soberania Territorial. Isto, claro, fere os princípios dos Direitos Humanos.

A onda de xenofobia registrada na África do Sul é uma demonstração de que a intolerância provocada pela pobreza se estende e se agrava no mundo todo. No entanto, essa intolerância mascara os verdadeiros inimigos deste povo:

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