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A Igreja No Mundo

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Por:   •  3/6/2014  •  1.273 Palavras (6 Páginas)  •  305 Visualizações

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A IGREJA NO MUNDO: DEUS PRESENTE NA HISTÓRIA

Por sua razão de ser, a Igreja objetiva a construção do Reino de Deus mediante o anúncio da Boa-nova de Jesus Cristo. Este anúncio não parte de pessoas isoladas e livres-atiradores. Esta presença tem sentido de missão confiada aos que formam a comunidade dos batizados em nome de Deus-Trindade: "Ide e fazei com que todos os povos se tornem meus discípulos... Eu estarei convosco todos os dias até o fim do mundo" (Mt.28,19-20).

Não se pode desejar melhor segurança e maior certeza para o cumprimento da missão do que esse "estarei convosco". A Igreja é sinal visível e eficaz para o crescimento do Reino que se estende por todos os corações que acolhem a semente da Palavra de Deus e, compreendendo-a, produzem frutos (Mt 13,23).

Como Jesus foi enviado ao mundo pelo Pai, a Igreja é enviada pelo Filho. Ela está no mundo, mas não se confunde com ele. Nem por isso há de afastar-se, mas há de guardar-se de ser influenciada pelo "espírito do mundo", na forma que o define o apóstolo João, como sendo "os desejos desenfreados, os olhos insaciáveis, a arrogância do dinheiro" (1Jo 2,16).

A presença de Jesus "no meio de nós" não se limitou ao interior do templo. Estava, permanentemente, no meio do povo a curar os enfermos, expulsar os demônios e anunciar a "boa-nova" do Reino que se compendia no ensinamento do Sermão da Montanha. A Igreja, igualmente, não pode "fechar-se na sacristia", há de estar presente no mundo testemunhando sua fé pela maneira de viver segundo o Evangelho.

O evangelista João fala-nos também de outro sentido do mundo, criação de Deus, do qual a Igreja faz parte como dele fez parte o Filho de Deus ao assumir nossa condição humana para salva-lo: "Deus amou de tal forma o mundo que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna" (Jo 3,16). Coerente com este gesto, no Concílio do Vaticano 2°, a Igreja propõe-se assumir, como sendo também dela, "as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem".

Ao longo de 20 séculos, a história da Igreja mostrou-se ao mundo cheia de luzes e de sombras. Iniciou sua missão debaixo de perseguições: foi a Igreja das catacumbas. No século 4, o imperador Constantino fez do cristianismo a religião do Estado. Por toda a Idade Média, o poder espiritual estava vinculado ao poder temporal: foi a era da Cristandade.

A partir da Renascença, século 16, a Cristandade começou a romper-se: foi o marco da separação entre a Igreja e Estado. Surgiram então duas visões equivocadas. Parte da Igreja passou a entender que ser cristão era sair do mundo e parte do Estado laico a empreender campanha de fazer desaparecer qualquer vestígio religioso dos órgãos públicos.

Com o descobrimento do Brasil, a Igreja que para cá emigrou, a existente em Portugal, era unida ao poder temporal. Luiz de Camões, em "Os Lusíadas", poema imortal de nossa língua, vivendo nesse contexto, pôde cantar "aqueles reis que a fé e o império andaram dilatando". No Brasil-colônia e no Brasil-império, a Igreja crescia sob o amparo do rei e, a partir da proclamação da República, libertava-se dessa subordinação. Somos hoje uma nação com predomínio do pluralismo religioso e cultural.

Nessa nova realidade, a Igreja prossegue em sua missão, marcando uma presença pública, aberta ao diálogo com todos, despida de qualquer espírito de dominação e com vivência cada vez mais evangélica. Sua ação pastoral, com rejeição a qualquer prática proselitista e sectária, não se propõe conquistar, autoritariamente ou com métodos falazes, mas pelo testemunho de vida de seus fiéis.

Orienta-os para estarem inseridos nas realidades temporais (esse mundo que Deus tanto ama) com o poder do "fermento" que transforma a massa, a qualidade do "sal" que comunica o sabor do Evangelho e a claridade da "luz" a iluminar o caminho do homem para Deus. São imagens criadas por Jesus Cristo para mostrar a seus discípulos o sentido da missão.

Com sua presença no mundo, a Igreja defende os valores éticos e morais decorrentes da lei natural e do Evangelho e, ao mesmo tempo, empenha-se por vê-los implantados na ordem econômica e social, na vida política e respeitados pela pesquisa científica. Ela reconhece estar essa missão acima das forças humanas enquanto visa à conversão da mente, do coração e da conduta que não se alcança a não ser mediante abertura para a ação de Deus.

Considerada pelas pesquisas instituição de grande credibilidade, a Igreja sustenta junto ao povo uma imagem positiva. Desempenha uma ação incentivadora junto aos movimentos

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