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Apocalipse 17

Artigo: Apocalipse 17. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  25/11/2013  •  4.573 Palavras (19 Páginas)  •  398 Visualizações

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ESTUDO DO CAPÍTULO 17 DE APOCALIPSE

INTRODUÇÃO

Neste estudo está se tratando da análise dos símbolos proféticos de Apocalipse 17, a fim de diferenciar a besta escarlate da prostituta bem como da primeira besta de Apocalipse 13:1. Vemos neste estudo à luz do contexto das sete pragas e do paralelo construído entre o ponto culminante escatológico abastecido pelos capítulos 13 e 17, paralelo este servido como base para propor uma relação entre a primeira besta e a prostituta, e entre a besta de dois chifres e a besta escarlate e seu oitavo chifre. No contexto imediato, o texto de Apocalipse 17 é considerado como uma espécie de juízo de verificação seguido da realização de sentença sobre a prostituta (Ap 18). A oitava cabeça é diferenciada do poder religioso e relacionada com os poderes político-militares.

ESTUDO DO CAPÍTULO 17 DE APOCALIPSE

O estudo deste capítulo 17, é encontrada uma das seções mais desafiadoras e fascinantes ao mesmo tempo, contida no livro do Apocalipse. Um dos anjos que têm as sete taças da ira de Deus (Ap 16) chama o profeta para uma nova sequência de visões, as quais se seguem à narrativa das pragas. O anjo inicia a comunicação, dando conhecimento com o seguinte anúncio: “Mostrar-te-ei o julgamento da grande prostituta” (Ap 17:1).

Como se pode ver a semelhança da prostituta não tem sido um ponto de Investigação tanto quanto a semelhança da besta e de seus chifres. Uma vez que uma besta, também de sete cabeças e dez chifres, é narrado em Apocalipse 13:1 e se torna uma imagem predominante no livro, o reconhecimento da entidade representada nesse símbolo de Apocalipse 17 oferece grandes dificuldades.

Uma das explicações mais fluentes tem sido que a besta em questão aponta para a mesma semelhança representada pela besta de Apocalipse 13, e que seria o império romano, cuja capital foi considerada a “cidade das sete colinas”, como sugere o v. 9. Essa interpretação rejeitada é abraçada pela maioria dos exegetas e resulta numa negação do dom profético na interpretação das visões do grande conflito narradas no livro.

A interpretação vista em outra linha, a besta de Apocalipse 17 como símbolo dos poderes políticos mundiais e o oitavo rei como um retorno do sétimo poder, ou seja, de “Roma papal”. Nesse caso, o “oitavo rei” indicaria a fase final de atuação dessa entidade, após a restauração de seus poderes perdidos na revolução francesa, em 1798.

Uma terceira interpretação considera que a besta “escarlate” (Ap 17) se relaciona com o dragão “vermelho” (Ap 12), sendo, portanto, uma referência ao próprio diabo em sua luta contra Deus e Seu povo, por meio de poderes terrenos. Em outra visão pontua que a besta “escarlate” deve representar uma “confederação de poderes” militares, seculares e civis em oposição a Deus no ponto culminante do grande conflito.

Vê-se ainda uma interpretação mais notória e menos baseada teologicamente também vê a besta como sendo Roma papal e considera que a criação do estado do Vaticano, em 1929, pelo Tratado de Latrão, corresponderia à cura da ferida da besta de Apocalipse 13. Os sete reis representados pelas cabeças da besta seriam sete papas e o “oitavo”, portanto, seria um último papa que guardaria certas relações com seu antecessor.

A diversidade de interpretações reflete a complicação da visão. Um dos desafios está no fato de diversos símbolos apocalípticos serem descritos como “besta” (ver Ap 11:7; 13:1, 11; 17:3). A palavra “besta” (gr. therion) ocorre 38 vezes no livro de Apocalipse, sendo traduzida sempre como “besta”, exceto em 6:8 (“feras”). Apesar de quatro bestas principais serem mostradas a João, em geral as referências à besta são encaradas como sendo àquela de Apocalipse 13:1, a segunda das quatro. Um dos caminhos para solucionar problemas de Apocalipse 17 é tentar distinguir as bestas apocalípticas.

Pode-se entender que as significações que relacionam a besta “escarlate” com a primeira do capítulo 13 (Roma papal) esbarram num problema claro: por fim (17:16), a besta “escarlate” e os “reis da terra” odeiam e destroem a prostituta (o poder religioso romano), o que requer necessariamente uma distinção entre essas duas bestas. A “confederação de poderes seculares” em vez de ser a besta “escarlate” pode representar a própria coalizão da besta e os “reis da terra”. Assim, é necessária uma definição mais objetiva da entidade.

Outra perspectiva a ser levado em conta é o contexto das sete pragas no qual se visualiza a prostituta e essa besta. A ideia de juízo é clara nessa seção do livro. Além disso, é preciso relacionar essa visão (Ap 17) com outras visões do livro na busca por elementos simbólicos paralelos.

A IMAGINAÇÃO

Neste estudo de Apocalipse 17 tem três partes principais: a fala do anjo ao profeta (v. 1, 2); a visão dos símbolos (v.3-6); e uma nova fala do anjo (v. 7-18). Na primeira, o anjo chama o profeta para ver o julgamento da “grande prostituta” e trata com a identidade da mulher: ela se assenta sobre muitas águas, prostituiu os reis e embebedou os habitantes na terra. A visão descreve os dois símbolos igualmente; e, na segunda fala, o anjo ainda trata com a identidade da mulher, mas dá mais atenção à identidade da besta.

Entende-se que a visão é claramente simbólica, mas as duas falas do anjo devem ser consideradas como explicação e, portanto, como literais e temporais, no sentido de que elas desvendam os símbolos e ocorrem no tempo e nas circunstâncias do profeta. Os tempos verbais usados na visão devem ser considerados. O anjo usa os verbos no passado ao tratar da identidade da prostituta em termos de seus pecados. Com ela se “prostituíram os reis da terra” e se “embebedaram os que habitam na terra” (v. 2). Essa prostituição indica idolatria. Mesmo Jerusalém foi descrita como prostituta por causa de sua idolatria (ver Ez 16, 23, Jr 51).

Na segunda fala, ao tratar com a identidade da besta, o anjo usa verbos nos três tempos fundamentais. Ele diz que “caíram” cinco dos “sete reis”, um “existe” e outro ainda viria (v. 10). Ele também diz que os “dez reis”, que podem ser relacionados com as nações modernas constituídas a partir da queda do Império Romano, ainda não tinham recebido reino, mas receberiam (v. 12). E completa: esses dez reis e a besta “pelejarão” contra o Cordeiro (v. 14) e também “odiarão” a prostituta (v. 16).

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