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Constantino e a consequencia de seus atos

Por:   •  24/5/2017  •  Resenha  •  1.089 Palavras (5 Páginas)  •  376 Visualizações

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CONSEQUÊNCIAS DA LIBERDADE

Marcelo Broseguini

        Evidentemente a comunidade cristã do quarto século deve ter ficado em êxtase ao receber as notícias relacionadas a Constantino e sua afeição pelo cristianismo emergente. A medida que suas declarações simpáticas aos novos religiosos apareciam mais expectativas eram criadas. “A igreja recebeu com extraordinária alegria, e… abrigou-se comodamente sob as asas da águia romana” Knight (1983, pag. 47). Até que o grande marco, divisor de águas, se estabelece. Constantino, em 313 da era comum, promulga o édito da tolerância, ou de Milão, onde explicitava-se que o império seria indiferente quanto as práticas religiosas, permitindo a livre confissão e pratica religiosa. A partir desse édito sanções anteriores, relacionadas principalmente ao cristianismo, estavam anuladas e a perseguição foi proibida.

Foi no ano 313 que o primeiro edito a favor do cristianismo foi publicado. Constantino tinha feito uma aliança secreta com Licínio, para derrubar o usurpador Máximo, e aproveitou essa ocasião para induzir Licínio a revogar os editos de perseguição de Diocleciano, e a delinear juntamente com ele, um novo edito a favor do cristianismo (KNIGHT, pg.47, 1983).

        Sem dúvida esse momento foi comemorado pela cristandade que vislumbrava novos tempos para a propagação de sua religião. De fato, o século IV foi o século dos cristãos, à medida que este a Igreja crescia, tanto em número quanto em influencia. Após 313 d.C. Constantino passou a se envolver em disputas mais internas da igreja, de forma que alguns eventos a nível de império e da igreja como um todo, foram organizados por ele. O primeiro evento grande aconteceu em 325 d.C., o concílio de Niceia, onde foi debatida a tese ariana, que ganhava força à época.

        Salvaguardado o período de três anos em que o paganismo foi reestabelecido no império, entre 361 d.C. á 363 d.C., sob o rápido reinando de Flávio Cláudio Juliano, todo este período, como já dito, teve como protagonista o cristianismo. O apogeu se deu exatamente em 24 de novembro de 380 d.C., data da publicação do Édito de Tessalônica, que versa o seguinte:


"Queremos que todos os povos governados pela administração da nossa clemência professem a religião que o divino apóstolo Pedro deu aos romanos, que até hoje foi pregada como a pregou ele próprio, e que é evidente que professam o pontífice Dámaso e o bispo de Alexandria, Pedro, homem de santidade apostólica. Isto é, segundo a doutrina apostólica e a doutrina evangélica cremos na divindade única do Pai, do Filho e do Espírito Santo sob o conceito de igual majestade e da piedosa Trindade. Ordenamos que tenham o nome de cristãos católicos quem sigam esta norma, enquanto os demais os julgamos dementes e loucos sobre os quais pesará a infâmia da heresia. Os seus locais de reunião não receberão o nome de igrejas e serão objeto, primeiro da vingança divina, e depois serão castigados pela nossa própria iniciativa que adotaremos seguindo a vontade celestial. Dado o terceiro dia das Kalendas de março em Tessalônica, no quinto consulado de Graciano Augusto e primeiro de Teodósio Augusto.  DAT. III Kal. Mar. THESSAL(ONICAE) GR(ATI)ANO A. V ET THEOD(OSIO) A. I CONSS

        Não há como negar que essa aceitação política ocorreu após 3 séculos de lutas e crescimento do cristianismo a despeito dos empecilhos, contudo, após a sua oficialização como religião oficial isso toma proporções muito maiores. O que se segue em resposta ao crescimento e aceitação popular é uma união total entre igreja e Estado, que na verdade transforma a igreja no Estado. Posto isto vamos a reflexão proposta pela questão.

        Nos primórdios do cristianismo seu principal problema foi a proibição de sua prática e isso se deu por conta, basicamente, pelo fato do império já possuir uma religião oficial. Portanto era proibido outra forma religiosa que não a sancionado pelo poder. O que causava supressão da liberdade de culto, perseguição e morte.

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