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Escravidão no Brasil

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Por:   •  21/3/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.940 Palavras (8 Páginas)  •  302 Visualizações

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Introdução

Tudo começa quando a economia fica dependente da relação entre metrópole e colônia, onde querem e suprir a necessidade de aumentar a produtividade, nisso surge o tráfico de mão de obra.

Quando o cultivo de açúcar se torna a principal atividade ,este tráfico está em seu auge.Este tráfico era um negócio altamente lucrativo,mas o número de escravos que nasciam não superava os que morriam.

Com o tempo a situação foi melhorando, porém esse tipo de exploração se estende até os dias de hoje.

Escravidão No Brasil

No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão de obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.

O transporte era feito da África para o Brasil nos porões dos navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.

Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentadas para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.

Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.

As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão de obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.

No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornarem-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedade acabavam fechando as portas para estas pessoas.

O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos. Estes eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.

Abolição da Escravatura

A partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra. Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática.

Em 1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.

Somente no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.

A Vida Após a abolição

Se a lei deu a liberdade jurídica aos escravos, a realidade foi cruel com muitos deles. Sem moradia, condições econômicas e assistência do Estado, muitos negros passaram por dificuldades após a liberdade. Muitos não conseguiam empregos e sofriam preconceito e discriminação racial. A grande maioria passou a viver em habitações de péssimas condições e a sobreviver de trabalhos informais e temporários.

Mão De Obra Escrava Urbana-Brasil

A mão de obra escrava urbana se refere à exploração não remunerada da força de trabalho de um individuo numa determinada cidade, estando desprovido de seus direito e exposto a péssimas condições de vida.

Atualmente, a mão de obra escrava é resultante do trabalho imposto sob ameaça ou á tarefa forçada e executada involuntariamente.

O campo não é mais o único local para a exploração forçada, os principais centro urbanos do mundo e do Brasil tem recebido expressivas quantidades de trabalho,muitas vezes,imigrantes em busca de melhores oportunidades aliciados por falsos agentes de turismo e emprego.

Em bairros como Brás, Pari Bom Retiro, imigrantes de origem Boliviana foram encontrados pelas autoridades brasileiras trabalhando em jornadas de até 16 horas em locais sem janela e de baixa luminosidade, o endividamento para o pagamento de água, Liz e comida os mantinham atreladas as confecções e presos sobre portões trancados.

Os falsos agentes que aliciam os trabalhos são chamados de “coiotes” e mantêm esquema similar dos coiotes que atuam na fronteira EUA – México, já atravessada por mexicanos, cubanos e sul-americanos, incluindo brasileiros até os anos 2000. A principal porta de entrada para o Brasil são as cidades de Corumbá, Mato Grosso do Sul; Guajará-mirim (Amazonas), Cárceres (Mato-Grosso), Manaus (Amazonas), e Foz do Iguaçu (Paraná). Recentemente, trabalhadores do Haiti também foram aliciados para esquemas de escravidão em empresas situadas nas cidades brasileiras.

Mão De Obra Escrava

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