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Família

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Por:   •  26/5/2014  •  Resenha  •  630 Palavras (3 Páginas)  •  155 Visualizações

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Ao colo da família

Nascemos e aí está: é a festa na família, que nos acolhe em adoração, com autênticas romagens de visitação para conhecer o novo membro – e se não o fazem ficam com um nó na alma que vai custar a desatar. É a festa dos irmãos, que acompanharam com curiosidade o crescimento da barriga da mãe – se não fazem a festa, pode até ser pela ciumeira de quem lhes rouba o protagonismo, mas o tempo provará que isso pode ser compensado e que só lhes fez bem descobrir que afinal não são o centro do universo. É a festa dos amigos, que celebram connosco esta magia que é a chegada de um novo ser.

O nascimento de um bebé traz uma alegria tranquila, diferente de todas as outras - aquele ser tão pequenino que se aninha, confiante, no nosso colo, leva-nos a um encontro com a plenitude.

Crescemos e é na família que conhecemos o mundo. O mais certo é que ela venha a ser a bitola que marca, consciente ou inconscientemente, a essência o modo de vida que vamos adotar.

Então, caro/a leitor/a, vale a pena pensar nisto: se há contributo que cada um de nós pode dar para o futuro dos filhos, é precisamente através da mensagem que deixamos em cada atitude, em cada conversa, em cada comentário, em cada silêncio, em cada celebração. Tudo pode ser o que desejamos transmitir ou o seu contrário – é fácil entrar em contradição entre a teoria e a prática e isso não escapa à análise dos mais pequenos. A coerência é essencial.

Há uma imensidão de pequenas pistas que podem fazer de nós melhores membros dessa microssociedade que é a família. Temos sempre muito que aprender e não faltam especialistas dispostos a dar-nos pistas, mas não é suposto que nos substituam.

É um dado cientificamente adquirido: a família é essencial ao equilíbrio do ser humano. Mais: uma sociedade composta por famílias equilibradas gera indivíduos equilibrados e, em consequência, uma sociedade em todos os aspetos mais rica.

Temos hoje três fortes motivos para falar sobre este tema: o primeiro, porque é sempre tempo de falar sobre a família; o segundo, porque tivemos uns milhares de pessoas em Mafra no dia 25 de maio a celebrar o Dia Diocesano da Família; o terceiro e último, mas não menos importante – antes pelo contrário – porque hoje celebramos o Dia Mundial da Criança.

Parece que entre nós as crianças não têm tido o lugar ideal. A taxa de natalidade em Portugal está mais baixa do que nunca. Veja-se, então, as alegrias que se perderam, as festas de afetos que não aconteceram, as lágrimas que foram vertidas sem ninguém com quem as partilhar. A falta de bebés, para além disto, gera uma bola de neve de consequências negativas: escolas sem alunos – professores no desemprego; mais velhos do que novos – pouca gente a produzir, muita gente a alimentar e logo a idade de reforma a aumentar e as pensões a diminuir. O objetivo não é reduzir o tema a números e a euros, mas a verdade é que a visão pequenina de quem não alarga o número de filhos a julgar que é uma decisão esclarecida... se calhar afinal não é.

É tempo de dar a volta a isto. Passada que vai estando a ilusão de que a felicidade se baseia na quantidade de “coisas” que temos, vai ganhando projeção a ideia de que, “em família, as alegrias se multiplicam e as tristezas se dividem” – e, nesse caso, a aritmética e a experiência tornam claro que quantos mais melhor.

À medida que vamos crescendo, o colo em que nos aninhamos em bebés vai ganhando outras formas – mas é sempre na família que o encontramos para todas as ocasiões.

Isabel Vaz Antunes

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