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O Que Diz A Bíblia Sobre O Consumo De Bebidas Alcoólicas/vinho?

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Por:   •  29/5/2014  •  2.487 Palavras (10 Páginas)  •  698 Visualizações

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"O que diz a Bíblia sobre o consumo de bebidas alcoólicas/vinho?"

Resposta: Vários versículos encorajam as pessoas a que se mantenham longe do álcool (Levítico 10:9; Números 6:3; Deuteronômio 14:26; 29:6; Juízes 13:4,7,14; I Samuel 1:15; Provérbios 20:1; 31:4,6; Isaías 5:11,22; 24:9; 28:7; 29:9; 56:12; Miquéias 2:11; Lucas 1:15). Entretanto, as Escrituras não necessariamente proíbem que um cristão beba cerveja, vinho ou qualquer outra bebida alcoólica. Aos cristãos se ordena que evitem a embriaguez (Efésios 5:18). A Bíblia condena a embriaguez e seus efeitos (Provérbios 23:29-35). Aos cristãos também se ordena que não permitam que seus corpos sejam “controlados” por coisa alguma (I Coríntios 6:12, II Pedro 2:19). As Escrituras também proíbem que os cristãos façam qualquer coisa que possa ofender outros cristãos ou que possa encorajá-los a pecar contra sua consciência (I Coríntios 8:9-13). À luz desses princípios, seria extremamente difícil para um cristão dizer que esteja consumindo bebidas alcoólicas para a glória de Deus (I Coríntios 10:31).

Jesus transformou a água em vinho. E em algumas ocasiões, muito provavelmente bebeu vinho (João 2:1-11; Mateus 26:29). No tempo do Novo Testamento, a água não era muito limpa. Sem as modernas conquistas no campo sanitário, a água era cheia de bactérias, vírus e todos os tipos de impurezas (o que ainda acontece na maioria dos países de terceiro mundo). Como resultado, frequentemente as pessoas bebiam vinho (ou suco de uva), pois era muito mais improvável que estas bebidas estivessem contaminadas. Em I Timóteo 5:23, Paulo instruiu Timóteo a parar de beber somente água (que provavelmente estaria causando seus problemas estomacais) e ao invés, beber um pouco de vinho. Na Bíblia, a palavra grega para vinho é a mais corriqueira. Naqueles dias, o vinho era fermentado, mas não tanto quanto hoje. É incorreto dizer que era suco de uva, mas também é incorreto dizer que era o mesmo vinho que usamos hoje em dia. Repetindo, as Escrituras não necessariamente proíbem que os cristãos bebam cerveja, vinho ou qualquer outra bebida alcoólica. O álcool em si não é pecaminoso. Mas é da bebedeira e do vício do álcool que o cristão deve se afastar (Efésios 5:18; I Coríntios 6:12). Entretanto, na Bíblia há princípios que fazem difícil que se aceite que o consumo de bebidas alcoólicas pelo cristão, em qualquer quantidade, agrade a Deus.

O que a Bíblia ensina sobre beber bebidas alcoólicas

Por Sandro Baggio

Em maio de 1990 eu era missionário da OM e estava à bordo do navio Logos II. Estávamos ancorados em Bremenhaven, porto da cidade de Bremen no norte da Alemanha. Uma noite, ao sair com amigos para conhecer aquela bela cidade, fomos ao Marktplatz que estava lotado de pessoas. Parecia uma Oktoberfest (apesar de eu nunca ter ido a uma). A OM tinha uma lei-seca, ou seja, nenhum de seus missionários tinha permissão para ingerir bebidas alcoólicas enquanto estivesse trabalhando com a organização. Mas alguém sugeriu que, estando naquele local, devêssemos tomar algo. Eu não sabia exatamente o que beber e, diante de minha indecisão, foi sugerido uma cerveja doce. A idéia soou agradável e aceitei. Logo que chegou, tomei a cerveja de tonalidade bem clara, servida num copo semelhante a uma pequena taça, diferente das canecas servidas aos outros da mesa (e bem menor que estas!). Bebi tranquilamente. E fiquei bêbado mesmo. Ao retornar para o navio, subi o passadiço com muito cuidado e passei pelo vigia noturno calado, orando para que ele não notasse meu estado. Além de me deixar muito envergonhado, aquela situação trouxe-me lembranças dolorosas da infância.

Eu cresci num lar manchado por tumultos decorrentes do abuso do álcool. Parte de minha infância foi um verdadeiro inferno por causa das bebedeiras de meu pai. Quando criança, era comum beber até ficar bêbado nas festas de fim de ano. Com onze anos, comecei a beber com meu irmão um ano mais velho. Comprávamos vinho e cachaça e esperávamos o dia em que minha mãe e irmãs estavissem fora de casa para chamar uns amigos e encher a cara. Numa destas “festas”, meu irmão teve um coma alcoólico, foi internado às pressas e por muito pouco não morreu. Foi o fim de nossas bebedeiras. Aos quatorze anos entreguei minha vida a Jesus no culto de uma igreja pentecostal e “eles ensinaram-me certo e o errado e branco e preto” como diz a canção do King’s X.

Foi somente quando estava no seminário teológico que comecei a estudar seriamente o que a Bíblia diz sobre a ingestão de bebidas alcoólicas. Fiquei surpreso ao descobrir que, contrário do que eu havia sido ensinado (e que me pareceu muito bom tendo em vista meu histórico familiar com bebidas), a Bíblia não condena beber vinho. Na Bíblia, o vinho é visto como sinal de alegria e bênção de Deus. 

Salomão fala da promessa aos que honram a Deus com seus recursos: seus celeiros ficarão plenamente cheios e os seus barris transbordarão de vinho. (Provérbios 3:9-10). Ele diz que felizes são os que comem no tempo certo para refazer as forças e não para bebedice, um alerta contra a embriaguez, ao mesmo tempo reconhece que o vinho torna a vida alegre (Eclesiastes 10:17 e 19). Semelhantemente, o Salmista louva a Deus como criador que “faz crescer a erva para o gado, e a verdura para o serviço do homem, para fazer sair da terra o pão, e o vinho que alegra o coração do homem” (Salmos 104:14-15).

Ou seja, nestas e em tantas outras passagens que tratam da questão do vinho e da bebida fermentada, aprendi que a Bíblia ensina claramente que:

beber não é pecado, mas beber demais é pecado, portanto é preciso tomar cuidado com o poder sedutor da bebida e às vezes, a melhor coisa a fazer é não beber.

Que beber não é pecado deveria ficar evidente, visto que o primeiro milagre de Jesus (João 2) foi transformar água em vinho numa festa de casamento. “Mas”, haviam me dito, “não era ‘bem’ vinho, não tinha fermentação, era apenas suco de uva.” Esta teoria logo caiu por terra, tendo em vista que outras passagens da Bíblia falavam sobre a possibilidade de se embriagar com o vinho, logo não poderia ser “apenas suco de uva” (ninguém fica embriagado com suco de uva). De fato, Paulo escrevendo ao jovem pastor Timóteo recomenda-lhe beber um pouco de vinho em suas refeições. (5.23) 
 Ao tratar das qualificações dos diáconos e presbíteros, Paulo diz que eles não devem ser “amigos de muito vinho” (3.3) e nem “apegados ao vinho” (3.8), palavras que não fazem muito sentido se fosse “apenas suco de uva”. Em sua carta a Tito ele menciona o comportamento das mulheres cristãs e diz que elas

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