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O Radical Livre é chamado por Deus

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Por:   •  9/5/2014  •  Artigo  •  1.703 Palavras (7 Páginas)  •  263 Visualizações

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O Radical Livre é chamado por Deus

O que faz diferença na vida de um jovem, de um cristão, é o seu chamado. A base de qualquer obra é o chamado de Deus. Se Deus não nos tivesse chamado para marcar o Brasil, então não haveria obra. Não começamos a trabalhar com os jovens por falta de opção ou porque era preciso fazer alguma coisa com eles por estarem dentro da igreja. Se estamos nessa obra e se esse mover tem vindo sobre nós, é porque Deus nos chamou. A Bíblia nos mostra claramente a importância que o chamado tem na vida de um homem de Deus. Na primeira carta que o apóstolo Paulo escreve aos membros da igreja em Corinto, ele demonstra claramente a convicção de seu chamado por Deus (1 Co 1:1-9). A primeira coisa que podemos entender a respeito do apóstolo Paulo, esse Radical Livre, é que ele foi chamado pela vontade de Deus. Paulo tinha plena convicção de seu chamado, mas quem o ganhou também tinha a consciência de ter sido chamado por Deus. O que teria acontecido se Ananias não tivesse ido visitar Paulo?

Os novos convertidos são confiados a outros irmãos mais velhos na fé, mas pode acontecer que um deles, que se converteu naquela célula da última rua, que mora longe, seja menosprezado pelo líder, não recebendo a devida importância porque é só mais um novo convertido. Mas, e se aquele for um novo Paulo? Quem nos garante que esse irmão que se converteu, que hoje pode não ser nada, não seja o presidente da república amanhã? Quem nos garante que não estamos alimentando um apóstolo Paulo, escondido lá no cantinho da célula? Deus escolheu os que nada são para envergonhar os que são; pegou o menor e o transformou no maior; pegou as coisas loucas para confundir os sábios. Se você se sente pequeno para isso, então é com você mesmo que quero falar. Deus não vai realizar Seus projetos com os “mangas-largas”, mas com os “pangarés”. Talvez você se sinta um garanhão e esteja se perguntando se Deus não vai usá-lo. A resposta é sim, mas primeiro Ele fará de você uma oferta aceitável.

Nosso chamado é sério e levamos nossa vida de forma séria. Nossa obra é séria. Nós não inventamos os Radicais Livres. Não estamos aqui para “encher linguiça”, ocupar o tempo dos outros ou simplesmente organizar eventos para jovens. Não trabalhamos com jovens simplesmente por gostar de jovens, por amá-los. Fazemos por amor a Deus, porque Ele nos chamou para isso. É a vontade d’Ele. Essa obra só seguirá em frente se houver um chamado de Deus. Temos um chamado para mudar o Brasil. Participamos disso quando estamos em nossas células, na escola, em casa, no bairro, na família e em qualquer lugar. Eu me converti em uma célula muito distante da minha casa, numa chácara de terra socada. Fui a essa célula por outros motivos. Jamais poderia imaginar que Deus começaria Sua obra em minha vida ali. Ele me esperava naquele fim de mundo. Deus parece preferir marcar Seus encontros com alguém na última casa, da última rua, do último setor da cidade, e não em hotéis cinco estrelas.

Eu não vim de família importante, não frequentava ambientes de pessoas importantes e nem era considerado alguém com o QI elevado. Chamaram-me para ir a uma célula que não era de pessoas importantes, mas era lá que Deus estava. Naquele dia, eu – que não era nada em mim mesmo e continuo não sendo nada, o que mudou foi a minha oportunidade de influência – tive um encontro com Deus. O irmão que liderava foi canal de Deus para mudar o resto da minha vida. Por causa de um encontro com Deus naquela célula, hoje tenho a oportunidade de pregar para milhares de pessoas. Chegará o dia em que eu entrarei no céu com a minha parte. Nunca despreze sua obra. Ela é a obra de alguém que foi chamado por Deus. A base de qualquer obra de Deus é o chamado do próprio Deus. Isso significa dizer que, se você tiver uma palavra da parte de Deus, é ela que o sustentará quando vier a luta. Quando estamos envolvidos em uma obra por um chamado, não estaremos lá porque o pastor ou alguém nos chamou, mas porque atendemos ao chamado do próprio Deus.

Se estivermos na obra apenas porque somos os líderes, se agimos com essa motivação, precisamos parar, porque isso não é obra de Deus. Se estivermos envolvidos no Reino de Deus, que seja por um chamado. Não me refiro a um chamado pastoral, mas ao chamado para viver para Deus. Eu, como pastor, não sou empregado do meu pastor ou da igreja. Eu não sou empregado de homem algum. Eu trabalho para o Senhor. Eu me submeto aos homens que o Senhor colocou sobre mim, mas, na verdade, quem manda em minha vida é Deus, através de cada um deles. Eu me submeto a Cristo dentro deles. Todavia, quem me chamou não foi um homem. A questão do chamado de Deus é de extrema importância. Depois que o meu pastor me convidou para ser pastor ao seu lado, tentei diversas vezes conversar com ele, saber como seria, o que eu faria, como Deus faria para me sustentar. Eu estava em busca de garantias que pudessem me confirmar que era isso mesmo que eu deveria fazer em minha vida. Mas ele me dizia que não tinha nada para conversar comigo. Sempre que eu o questionava, ele me respondia a mesma coisa: “Eu não tenho nada para conversar com você. Isso é um problema seu e de quem o chamou. Se estou abrindo a porta é porque eu sinto paz”.

Houve um dia em que eu insisti: “Mas por que você não quer falar comigo?” Ele se limitou a dizer: “Porque, se eu falar, você estará apoiando o seu ministério em minha palavra, no chamado de um homem, e aí você vai cair. Você precisa se envolver no Reino de Deus por um chamado da parte d’Ele, porque dias de tempestade virão e será em cima de uma palavra de Deus que você terá de se apoiar”. Precisamos ter convicção do chamado de Deus. Ninguém pode ser um Radical Livre só porque alguém chamou. Não convidamos ninguém para ser líder, convidamos pessoas para serem canais de transformação eterna. Isso é muito maior, porque, dessa maneira, sua participação nessa obra começa a ganhar valor. Paulo era chamado da parte de Deus, da vontade de Deus.

A vida cristã está relacionada a duas coisas: saber ouvir a voz de Deus e, depois, obedecer-Lhe. A base da nossa vida não é necessariamente a compaixão, mas o chamado de Deus. Tenho me chocado com algumas coisas que venho assistindo dentro da igreja: muitas pessoas se tornando pastores ou líderes apenas para ter um cargo, uma função em uma igreja. Por isso, há tantos líderes entregando célula, discipuladores cansados, dizendo que já trabalharam muito, ou seja, são pessoas que não têm revelação do chamado da parte de Deus. Quem é chamado carrega uma paixão, um sonho, um encargo. Paulo dizia que, se não pregasse o evangelho, ele morreria. Ele tinha a firme convicção de estar carregando sobre si a responsabilidade de um chamado, de um encargo que o movia, que era seu combustível, sua razão para viver, morrer e pensar, porque ele sabia que, quando Deus fala, tudo acontece.

Logo no início da Bíblia, em Gênesis, vemos que o Espírito de Deus apenas pairava sobre as águas. Somente quando Deus deu o comando para que houvesse luz, tudo começou a acontecer. Da mesma forma, quando a voz de Deus arde dentro de nossos corações e Sua unção vem sobre nossas vidas, algo vivo nasce ali. Isso dá sustentação. Pode ser que, amanhã, na célula, todos o abandonem, ficando apenas você e o anfitrião. Se não tiver um chamado, você entrega a célula. Por quê? Porque sua motivação estava no povo, não em Deus. Enquanto o povo estava ali, você também estava; saindo o povo, você também sai, mostrando que é algo feito por vontade própria, não por chamado. Quando alguém é chamado por Deus, não lhe interessa se haverá uma ou vinte pessoas, ele permanecerá e responderá ao chamado. Isso é um tremendo privilégio.

Quem pode trabalhar com Deus, cumprir Suas exigências de excelência e perfeição? Ninguém! Nós o fazemos por conta de Sua graça e misericórdia. O chamado de Deus é pura graça. Na verdade, nós só fazemos “bagunça”, o Senhor é quem faz tudo e depois ainda nos dá uma recompensa. Somos semelhantes a um menino de dois anos que, querendo ajudar o pai a lavar o carro, pega o sabão, deixa-o cair na terra, e depois passa no carro, aprontando aquela bagunça e sujeira. O menino queria ajudar. O pai, que ama o filho e quer treiná-lo para ser um homem, aceita essa ajuda. O menino acha que está fazendo algo grandioso lavando o carro, ajudando o pai, mas, na verdade, muitas vezes está só atrapalhando, sujando tudo. No fim das contas, o pai acaba dando um jeito, abraça seu filho e o elogia, dizendo que está honrado com a ajuda. Não bastasse isso, ainda presenteia o filho com um sorvete. Essa é a nossa história com Deus.

Deus não precisa de nós. Quando nos metemos naquilo que Ele está fazendo, aprontamos muita confusão. Por isso, o chamado é privilégio. Por pura graça e misericórdia, Deus nos chama para participar de uma obra que é exclusivamente d’Ele. Se não entendermos isso, não somos dignos de liderar outras pessoas em Cristo Jesus, porque quem tem essa revelação, aconteça o que acontecer, não fechará sua célula e ninguém a tirará dele. Ele a defende com unhas e dentes, porque sabe que foi um tesouro dado por Deus. Ele tem consciência de que a obra é do Pai, mas, uma vez que lhe foi confiada essa liderança, é responsabilidade sua responder a esse chamado.

“Se estivermos envolvidos no Reino de Deus, que seja por um chamado. Não me refiro a um chamado pastoral, mas ao chamado para viver para Deus”

“Quando estamos envolvidos em uma obra por um chamado, não estaremos lá porque o pastor ou alguém nos chamou, mas porque atendemos ao chamado do próprio Deus”

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