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PODE ACREDITAR-LHE?

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Por:   •  12/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.575 Palavras (19 Páginas)  •  238 Visualizações

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PODEMOS CRER NISSO?

INTRODUÇÃO

A eucaristia é um dos sete sacramentos da Igreja Católica. Segundo o dogma católico, Jesus Cristo se acha presente sob as aparências do pão e do vinho, com seu corpo, sangue, alma e divindade, isto é o que geralmente se entende por “Transubstanciação”.

A doutrina da Transubstanciação não tem respaldo bíblico. Nem todos os representantes da Igreja Católica concordaram com esta doutrina, entre eles podemos citar o papa Gelásio I e Gelásio II, São Clemente, Agostinho…

A tradição da Igreja Católica além de tropeçar nas metáforas e figuras da Bíblia na questão da eucaristia, que por si mesma, já é uma aberração teológica, consegue embutir nela mais algumas heresias, quais sejam: ministração de apenas um só dos elementos aos fiéis (hóstia); essa mesma doutrina diz preservar dos pecados o comungante e também tem o poder de ajudar os mortos e…pasmem….ELA, A HÓSTIA, PODE SER ADORADA!!! Tais Heresias não têm o mínimo fundamento bíblico, entretanto, é de vital importância dentro da dogmática do catolicismo romano e por isso ainda está de pé.

É preciso salientar ainda que a confecção da hóstia teve sua origem no paganismo, onde, de modo vergonhoso, foi plagiada e entrou para o bojo doutrinário da igreja romana.

É interessante observar que a hóstia veio substituir o pão da ceia somente no ano de 1200. É algo impar, toda especial fabricada com trigo, sempre redonda, e quando na época da festa de Corpus Christi, o “Santíssimo Sacramento” é levado às ruas em procissão dentro de uma patena de ouro representando um sol. Nisto se pode constatar uma flagrante analogia com as religiões pagãs da antiguidade. Conta-se que a deusa Ceres era adorada como a “descobridora do trigo”, era representada com uma espiga de trigo nas mãos que correspondia à deusa Mãe e seu filho. O filho de Ceres que se encarnara no trigo era o deus Sol. Compare com a doutrina católica que transformara Jesus num pedaço de pão de trigo no formato arredondado do sol cujo ostensório também tem um desenho com raios solares.

PORQUE SÓ A HÓSTIA ?

O estudante de história eclesiástica sabe perfeitamente que nenhuma doutrina católica advinda da chamada “Tradição Oral”, pode ser substanciada, quer na história dos primeiros séculos da igreja; quer na Bíblia! Nesta última, muito menos…

Os apóstolos seguiram o costume bíblico de ministrar a ceia sob os dois emblemas: pão e vinho. A igreja pós-apostólica também seguiu o mesmo exemplo como vemos analisando as obras patrística dos primeiros séculos. Os católicos precisam rodear e florear suas explicações para explicar o fato de o sacerdote dar apenas um dos emblemas (pão) ao fiel, o que é uma clara desobediência ao mandamento do mestre. Jesus foi taxativo ao dizer “bebei dele TODOS”, esta ordem de fato não se pode cumprir na Igreja Católica. Por mais sofismas que inventem, a verdade continua inalterável, Jesus ou os apóstolos nunca mudaram o mandamento. Portanto, Jesus instituiu as duas espécies (Mateus 26:26-28), e os apóstolos seguiram I Co. 11:23-28. Isto só veio a ser mudado nos concílios de Constança e posteriormente reafirmado no de Trento. No entanto, voltamos a reafirmar que a ordem de Cristo foi mais que explícita: “Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” João 6: 53-56

Este trecho das escrituras levou dois clérigos da igreja católica, Jacobel de Mysa e João de Leida (séc. XIV), a voltar ao princípio das duas espécies e logo se empenharam em espalhar isto na cidade de Praga e não demorou logo e toda a Boêmia se declarou a favor. Mais tarde João Huss, foi para a fogueira papal por defender essa doutrina bíblica.

Ora, Jesus não fora foi explícito ao dizer que quem não bebe o seu sangue não tem parte com ele e não tem a vida eterna ? Isto não serviria como uma grande advertência aos católicos ? Não estariam correndo o risco de não terem parte na vida eterna ? Porque na prática não bebem do sangue como disse Jesus! Se as duas espécies fossem coisa de somenos importância, de certo Jesus teria instituído uma espécie apenas: somente o pão! É certo que as escrituras nunca fazem qualquer menção de que Cristo esteja com seu sangue embutido no pão. A linguagem usada é por demais contundente: comer e beber, pão e vinho, carne e sangue. A igreja romana tem alterado o mandamento original recusando-se a seguir o exemplo de Jesus e dos apóstolos e abandonado a prática de toda a igreja primitiva; prova disso, é a Igreja Ortodoxa, tão antiga quanto a romana, mesmo assim ainda preserva o costume bíblico de ministrar o pão e o vinho aos fiéis. Por outro lado, as igrejas evangélicas têm seguido a mesma prática instituída por Cristo sem alterações e por isso pode usufruir as bênçãos advindas dessas duas espécies, coisa que não se dá na igreja católica.

O QUE É DISCERNIR O CORPO DO SENHOR?

Dentro da teologia existe uma disciplina chamada hermenêutica. O que é hermenêutica? Em toscas palavras, hermenêutica nada mais é do que a ciência de interpretar textos antigos sendo uma das matérias de estudo no campo do Direito. Dentro do contexto teológico é a arte de interpretar a Bíblia. Dentre as inúmeras regras, a mais salutar e primordial de todas é a do exame do contexto. Vamos aplica-la aqui.O texto em lide reza:

“Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor.” I Co. 11:29

Entre os cristãos daquela época existia uma festa chamada “Festa Ágape” ou festas de amor (Judas 12). Era comum entre os cristãos celebrarem a ceia com esta refeição (esta prática perdurou até na época de Justino, o mártir) que era destinada a ajudar os pobres. Corinto era uma igreja problemática em termos de doutrinas (véu, dons espirituais, batismo, brigas, divisões e santa ceia). Os Coríntios não estavam discernindo o real objetivo de suas reuniões (v.17,18,20). Para eles aquilo era apenas uma festa como as demais festas mundanas da sociedade grega (Corinto era grega) da qual tinham vindo. Então, quando se reuniam, todos se embriagavam, (v.21) como faziam antes de se converterem e não discerniam que aquilo era muito mais que uma festa, era “em memória” de Cristo (v.25). Por

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