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Seitas ou movimentos Religiosos

Por:   •  14/9/2015  •  Artigo  •  1.349 Palavras (6 Páginas)  •  365 Visualizações

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As seitas ou novos movimentos religiosos

Não há dúvida que os fenómenos das seitas ou Novos movimentos religiosos estão ser sejam para a pastoral, como para a toda a sociedade, um grande desafio com o qual lidar dia a dia. Discussões religiosas na família, no «táxi», com colegas de trabalho. Certa a agressividade e persistência de nos impor doutrinas, religiões, Igrejas… O assunto tem tomado tanta importância que Governo, autoridades Civis tem intervenção em vários casos.

Como conciliar o direito humano de liberdade religiosa juntamente com o “direito a verdade” ? Certamente que é um tema muito complexo, não é apenas um problema religioso, é um problema cultural, económico e social. Vários factores contribuem no crescimento do pluralismo religioso. Analisaremos o tema procurando compreender a diferença entre Igreja e Seita, entre Seita e novo movimento religioso; considerar as características destes movimentos.

Seitas ou novo movimento religioso?

O uso da palavra “seita” é pejorativa e de valorização social negativa. A sociologia e os historiadores da religião preferem tratar em forma imparcial o assunto chamando aos novos grupos religiosos como “Novos movimentos religiosos” (NMR). Parece ser esta uma forma respeitosa e neutral quando se tem em conta a liberdade de escolha religiosa de qualquer ser humano.

Pesa utilizar-se o termo NMR, o termo “seita” serve, de todos modos, para qualificar um facto social e para nomear determinadas organizações religiosas. A utilização do termo “seita” é mais popular e de imediata compreensão. A expressão denota significados ligados a separação, dissidência, marginalização, ruptura, heresia, heterodoxia, desvio etc… Do ponto de vista sociológico a característica da seita é a de seguir uma via espiritual inconformista em relação às instituições religiosas estabelecidas e às grandes tradições religiosas mundialmente reconhecidas. O Cristianismo, nos seus inícios foi considerado como uma seita ( cf Act 24,5): Paulo é acusado de ser chefe de uma seita do judaísmo: os “nazarenos”.

Mas a preocupação não é simplesmente sociológica, ou nominal. O problema encontra-se quando estes grupos religiosos realmente criam um problema social, politico, familiar e ético: totalitarismo, programada enganosa, exploração económica e elevado de dinheiro, exploração, violência física e psicológica, manipulação mental dos membros, fanatismo que leva a suicídios colectivos e homicídios, intolerância, alienação da personalidade dos membros. Neste caso considera-se o termo de seita destino de seita destrutiva. Nalguma terminologia sociológica, chamam-se a este tipo de seitas como cultos.

Há outros termos: “denominação”. É a seita que com o passar do tempo, se institucionalizou e adquiriu respeitabilidades sócias. Por exemplo, o metodismo era considerado uma seita do anglicanismo. Hoje é uma denominação tão consistente como o anglicanismo; os adventistas eram uma seita dos baptistas. Pelo número de membros tem adquirido um peso social. Outros utilizam a expressão simplesmente para iniciar as diversas Igrejas e comunidades cristãs.

Por tanto a nomenclatura utilizada pode ser bastante flexível. Utilizaremos NMR quando falamos em sentido neutral dos novos e diversos grupos religiosos, e seita quando percebem-se traços negativos, própria duma seita destrutiva. Este aspecto sectário não concerne só a novos grupos religiosos: também, em tradicionais grupos religiosos, podem aparecer tendências ou facções com conotações de seita, inclusivo dentro de uma bimilenária instituição, como a Igreja católica.

Pós-modernidade cultural e NMR

O fenómeno cultural da pós-modernidade demarca muito bem o fenómeno ligado a este dos NMR. É uma época de fragmentação, dissolução das ideologias, do vazio. É uma onda cultural marcada fortemente pelo individualismo e a parcialidade. Isto também tem as suas consequências no campo religioso: uma procura do religioso no individualismo pessoal ou grupal, rente de sensibilidade e compromisso social. Este individualismo religioso, em si negativo pode outra parte indicar alguns elementos positivos como a escolha do próprio caminho espiritual, a liberdade e busca de consciência.

Estes movimentos manifestam um despertar religioso, uma volta ao sagrado, mas tal procura do sagrado tem deslocado o foco do cristianismo. Assim surgem NMR com elementos neopentecostais aspectos tradicionais da cultura tradicional africana; ate alguns elementos das religiões orientais. É uma procura do sagrado marcada pelo sincretismo com confusas misturas de ingredientes.

Outra característica é que estes NMR pregam, oferecem o que as pessoas procuram; dinheiro, saúde, poder, paz, bem estar, eliminar o stress, sucesso profissional. Não existe uns discursos de procura da verdade, ao o mais, o que “útil para mim”. Desta forma a dinâmica da oferta e demanda apresenta o fenómeno dos NMR como um supermercado espiritual ou mercado do espírito. Este fenómeno explica a continua migração duma religião a outra, a procura de saúde, sucesso, sentido para o sua vida.

A insatisfação diante o funcionamento das instituições sociais (educação, saúde, segurança…), oprimidas pelas dificuldades económicas, a corrupção e incompetência do sistema sanitário, temendo a solidão e o fracasso, procuram nos NMR uma alternativa comunitária que os “salve” dos problemas e lhes conceda segurança. Não, em vão, grandíssimas faixas vulneráveis da população ficam propensas em acolher estes movimentos.

Seitas ou Igrejas?

Não é fácil classificar todos os NMR. Popularmente fala-se de “Igreja” ou “seita”, até fala-se de Igreja muçulmana… É preciso fazer algumas diferenças entre estes dois termos. Nos limitamos apenas ao grupo relacionados que nascem no cristianismo.

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