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Por:   •  20/5/2014  •  3.534 Palavras (15 Páginas)  •  580 Visualizações

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Módulo 5:

O movimento humanista americano

• Os elementos histórico-culturais que definem o movimento humanista

• A terceira força, em oposição à Psicanálise e ao Behaviorismo

Objetivos:

- Caracterizar as condições histórico-culturais que dão sentido ao movimento humanista no pós-guerra.

- Caracterizar a Psicologia Humanista, em termos de pressupostos e concepção de homem.

Leitura Obrigatória:

ROSA, E.Z.; KAHHALE, E.M.P. Psicologia humanista: uma tentativa de sistematização da denominada terceira força da psicologia. In: KAHHALE, E.M.P. (org.) A diversidade da psicologia: uma construção teórica. São Paulo: Cortez, 2002.

Leitura para Aprofundamento:

BUYS, R.C. A psicologia humanista. In: JACÓ-VILELA, A.M.; FERREIRA, A.A.L.; PORTUGAL, F.T.(orgs.) História da psicologia: rumos e percursos. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2007.

FIGUEIREDO, L.C. Matrizes do Pensamento Psicológico. Petrópolis/RJ: Vozes, 2002, 12 ed. Cap. VIII.

Apresentação do Tema:

Apresentação do tema:

A Psicologia Humanista, que A Psicologia Humanista surge a partir da década de 50, nos EUA, apresenta-se como uma proposta restauradora dos grandes valores humanos que, de acordo com seu próprio ponto de vista, não eram contemplados nos principais sistemas psicológicos de maior proeminência, na época – a Psicanálise e o Behaviorismo.

Baseado em uma concepção otimista sobre o homem e sua possibilidade de auto-desenvolvimento, o projeto humanista expandiu-se rapidamente. Resvalando freqüentemente para o misticismo, o humanismo acaba por difundir-se dentro e fora da Psicologia, constituindo mesmo uma espécie de senso comum dentro da psicologia.

O surgimento e disseminação das idéias humanistas, nos EUA, foi visto por diversos autores, como resultado do crescente mal-estar provocado pelo esgotamento dos sistemas sociais vigentes; neste sentido, as estratégias de auto-conhecimento que iam sendo propostas foram caracterizadas como busca compensatória de soluções individualizantes para um sentimento coletivo de desamparo. Um destes comentadores do período é Christopher Lasch que, em “A cultura narcisista: a vida americana numa era de esperanças em declínio”(1983), afirma:

“Após a ebulição política dos anos sessenta, os americanos recuaram para preocupações puramente pessoais. Desesperançados de incrementar suas vidas com o que interessa, as pessoas convenceram-se de que o importante é o autocrescimento psíquico: entrar em contato com seus sentimentos, comer alimentos saudáveis, tomar lições de dança clássica ou dança-do-ventre, mergulhar numa sabedoria do Oriente, correr, aprender a se “relacionar”, superar o “medo do prazer”. Por si sós inofensivas, essas buscas, elevadas ao nível de um programa e embrulhadas na retórica da autenticidade e da consciência, significam um recuo da política e um repúdio ao passado recente. (Lash, 1983, p.24-25)

Para o autor, o interesse que se verificava entre os americanos por estas “psicotecnologias", era uma ‘estratégia de sobrevivência’ adotadas pelos indivíduos, face ao profundo sentimento de fim de era característico do período e o conseqüente enfraquecimento do sentido do tempo histórico.

Tais críticas, porém, não reduziram o impacto, nem reverteram o interesse que se vinha registrando não apenas nos Estados Unidos pelo conjunto de métodos, práticas, técnicas, que pudesse ser utilizado como caminho viável para o estabelecimento de condições mais satisfatórias de convivência.

Os textos de Rogers são da mesma época e foram produzidos dentro da mesma cultura. Esta contextualização é importante porque coloca o autor em completa sintonia com correntes de pensamento que então vicejavam, dos EUA espalhando-se para outros países.

Outros modelos teóricos [1] foram produzidos neste mesmo cadinho e guardam aproximações com os aspectos discutidos com relação à abordagem rogeriana. É preciso destacar que, na medida em que divulgam uma versão otimista e positiva da condição humana, os adeptos dessa corrente supõem a compatibilidade entre a realização autêntica do indivíduo e a felicidade coletiva. Esta harmonia pode ser prejudicada, mas um processo restaurativo a trará de volta, conforme afirma Figueiredo (1991), aos apresentar esta matriz de pensamento:

“A natureza é sempre boa, sempre positiva, é uma fonte inesgotável de criações e prazeres; a sociedade pode não ser tão boa, mas nada impede que se torne, e isto dependerá essencialmente da transformação do indivíduo, que nada mais é que a sua autêntica realização, que a atualização infinita do potencial de vida que habita cada sujeito” (Figueiredo, 1991, p. 132).

Atividades:

1) Realize uma leitura criteriosa dos textos indicados, atentando para os conceitos e pressupostos da Psicologia Humanista.

2) Leia o texto-aula, considerando-o como um incentivo às suas próprias reflexões.

3) Acompanhe este exermplo de exercicio:

A Psicologia Humanista, denominada a terceira força em Psicologia, surge na década de 60, como uma forma de responder aos anseios da sociedade da época, com concepções que rompiam com as propostas psicanalíticas e behavioristas, e que buscavam resgatar a individualidade, a subjetividade, as emoções próprias e particulares de cada ser humano. A respeito dessa corrente de pensamento psicológico, pode-se afirmar que:

I) Entre outras proposições, a Psicologia Humanista defende uma maior ênfase à consciência, em oposição ao que propunha a psicanálise; quanto ao behaviorismo, neste sentido não havia divergências.

II)

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