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Umbanda

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Por:   •  29/9/2013  •  3.997 Palavras (16 Páginas)  •  689 Visualizações

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A magia das Ervas e das Plantas

Na Umbanda um dos principais elementos utilizados são as ervas. Ou seja, parte de plantas, em especial folhas. Assim as ervas estarão presentes nos banhos de descarrego e imantação, na defumação, no tabaco utilizado pelas entidades, nas receitas de chás, garrafadas, nos Amacis, na preparação dos trabalhos mediúnicos e dos médiuns, enfim, estão por toda parte e em todas as etapas da Umbanda. Serão usadas folhas, caules, flores, raízes, etc, secas e verdes e serão usadas, também, suas resinas.

A ciência material cada dia mais volta a buscar o poder das plantas na cura de enfermidades, tal quais nossos ancestrais faziam, infelizmente, em nome da "ciência", este uso foi ficando de lado, e agora volta com toda a força. Essa ciência é a chamada fitoterapia. Graças ao conhecimento popular e de algumas tribos esse conhecimento não foi perdido, e é por relato desses povos que os pesquisadores estão se debruçando. Da mesma forma muitos são os estudos sobre a aromoterapia, ou seja o papel dos aromas no equilíbrio e na recuperação emocional e até física dos seres vivos.Terapias já reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde como a fitoterapia e os florais demonstram que muito temos que descobrir do poder das plantas. Ou seja, por todo o mundo voltam-se as atenções para as ervas. E a Umbanda? Tanto as tribos e povos africanos como ameríndios sempre fizeram uso das plantas. Seja para cura, seja para adornos, seja para alimentação, ou seja, para suas religiões. A Umbanda que herda muitas dessas práticas dá vida a esses ensinamentos diariamente em seu terreiros. Para a Umbanda as plantas além de suas propriedades químicas e biológicas, ou seja materiais, possui propriedades etéricas, ou astrais. Assim de diversas formas as ervas são utilizadas para trazer paz, harmonia espiritual aos seres encarnados e desencarnados. Limpando nossos perispíritos (corpo etérico e corpo astral), equilibrando nossos chakras, permitindo uma aproximação maior de nossos guias ao passo que nos ajuda a elevar a vibração. Talvez um dia a ciência dos homens possa explicar como um banho de arruda, alecrim e guiné (por exemplo) muda estados mentais e faz com as pessoas fiquem mais dispostas e abertas a receberem energias positivas. Talvez um dia a ciência possa comprovar que a defumação de ambientes traz bons fluidos ao mesmo tempo em que transmuta e afasta energias deletérias, e com isso descobrirá como um ambiente carregado produz doenças mentais e físicas. Ou seja, um dia a ciência dará a comprovação dela para o que todos os Umbandistas já têm certeza e têm provas diárias: O PODER DAS ERVAS.

Para a Umbanda o mundo, a natureza e assim as ervas são criações divinas e assim dos Orixás. Assim como encontraremos em nossas casas filhos e filhas de Oxossi, de Yansã, etc., as plantas também são de domínio de um ou de mais de um Orixá. Quero dizer com isto que cada uma das ervas pertence a um Orixá. Guiné, samambaia, capim limão são de Oxossi. Isto quer dizer que as ervas além das inúmeras propriedades químicas, biológicas e astral-espirituais, têm o poder de trazer energias e forças de um Orixá ou de mais de um. Algumas ervas trazem dois ou mais Orixás. Por exemplo, o Salgueiro Chorão pertence a Oxossi e a Ogum, a Sálvia a Oxalá e a Ogum, a samambaia nativa pertence a Oxossi e a Oxum e o Alecrim a Oxalá e a Oxossi. Outras ervas apesar de serem de determinado Orixá podem servir para banhos de imantação e descarrego de filhos de outros Orixás. Por exemplo, a alfazema é de Oxalá, mas também serve para os filhos de Oxum, de Yemanjá e de Yansã.

Mas vocês poderão me perguntar para que preciso saber se determinada erva é de um ou de outro Orixá? Ou então para que eu preciso saber se uma erva de um Orixá pode ser usada para outros fins? A resposta é simples: muitas vezes nos deparamos com a necessidade de trazermos para perto de nós a força de um determinado Orixá, ou então estamos carentes de uma determinada energia, ou ainda em um local, em uma casa, se faz necessário à presença mais marcante de uma energia. Para isto é importante saber qual erva é de qual Orixá. Além disto, os médiuns após terem feito sua primeira iniciação, o Amacis, eles devem tomar seus banhos de descarrego e imantação com as ervas de seus Orixás. Isto, pois acreditamos que este banho fará o reequilíbrio das energias desse médium ao passo que traz energias puras dos Orixás por meio das ervas, fazendo com que os corpos astrais possam ser abençoados com as energias criadoras dos Orixás. Ainda com relação à importância das ervas, em muitas consultas, em muitas ocasiões, saber quais são as ervas que facilitará o trabalho dos nossos guias. Por isso, o primeiro passo é saber quais são as ervas de cada Orixá, e um pouco de suas propriedades.

OXALÁ – Boldo (tapete-de-Oxalá), alecrim, sálvia, folha de Girassol, folha e flores de laranjeira, alfazema, alfavaca, manjericão, rosa branca, agapanto, guaco, jasmim do cabo, manjerona.

OXOSSI - Samambaia nativa, samambaia do mato, xaxim, folha de goiaba, folha de araçá, guiné, folha de salgueiro-chorão, malva-do-campo, malvarisco, folha de pitanga, capim-limão, guaco, peregum verde (dracena verde), acácia jurema, alfazema-de-caboclo.

IEMANJÁ – folha de capiá (lágrima de Nossa Senhora), hortelã, araçá-de-praia, açucena, araticum-de-praia, graviola, musgo-marinho, pata-de-vaca, Trapoeraba-azul, cavalinha, malva-branca, rosa-branca;

OGUM - espada de São Jorge, folha de jabuticaba, tansagem, lança de Ogum, folha de mangueira. Folha de aroeira, folha de salgueiro-chorão, pata-de-vaca, folha de mangueira, abre caminho, beldroega, carqueja, losna, língua-de-vaca, peregum (dracena com raios vermelhos).

XANGÔ – folhas de café; folhas de eucalipto-limão; quebra-pedra; hortelã; ameixeira; alevante; lírio do brejo; erva-de-são-joão, lírio da cachoeira; mulungu; musgo-da-pedreira;

IANSÃ – Folhas de romã, folhas de pessegueiro, folhas de gerânio vermelho, folhas de bambu, espada de santa-bárbara, folhas de morango, folhas de louro, sensitiva ou dormideira;

OXUM – Melissa (erva cidreira), ipê amarelo (flores e folhas), camomila, macela (marcela), calêndula (mal-me-quer), alfavaca-miúda, samambaia nativa, trevo-azedo (azedinha), bananeira (frutos), arnica (arnica-montanha), cipó-chumbo.

Duas coisas existem, dentro do Ritual de Umbanda, de grande importância: são os banhos de ervas e os defumadouros, quer para os médiuns iniciantes quer para os mais adiantados. Em todos os terreiros de umbanda iremos nos deparar com um momento chamado defumação. A defumação é a queima de algumas ervas e resinas e sua transformação em fumaça pela ação do fogo. Exalando e soltando

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