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Umbanda

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Por:   •  9/9/2013  •  Tese  •  4.796 Palavras (20 Páginas)  •  689 Visualizações

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2 UMBANDA

2.1 Conceituando a Umbanda

Umbanda é a Lei Máter que regula os fenômenos das manifestações e comunicações entre os Espíritos do Mundo Astral e o Mundo da Forma. É uma religião original, o próprio elo vivente revelado pelo verbo criador que os Sacerdotes e Iniciados das antigas Escolas, em parte ocultaram e em parte ensinaram, perdendo-se depois no emaranhado das ambições e perseguições, confundindo-se, em ramificações, as poucas verdades que se conservam ainda, através de vários setores, ditos espiritualistas, filosóficos e religiosos.

É ainda a ciência mãe, ou seja, a magia geradora que muitos dão o nome de Teurgia, de onde se originaram as demais, em grande adiantamento, nos tempos presentes.

Assim, umbanda é um termo místico, litúrgico, sagrado, vibrado, cuja origem se encontra naquele alfabeto primitivo de que os próprios brahmas desconheciam a essência (a palavra é som articulado – transcende à própria sonometria) mas, que está dentro da própria kaballa (o mais oculto, o mais secreto), a que deram o nome de aryano, adâmico ou vatan e deve ter vindo da pura raça vermelha, cujas letras, em conjunto, obedecendo a certas regras e posições, formam imagens reveladoras, semelhantes aos verdadeiros sinais riscados, conhecidos, simbolicamente, pelo nome de pontos de pemba.

Este termo Umbanda perdeu seu significado real nas chamadas línguas mortas, desde o citado “cisma” de Yrschu, quando tudo foi ocultado. Em realidade, umbanda significa “conjunto das leis de Deus”.

Somente as raças Africanas, por intermédio de seus Sacerdotes Iniciados, como dominadores que o foram da raça branca, guardam, mais ou menos, sua origem e seu valor. porém, com o transcorrer dos séculos, foram dominados e seus ancestrais, que guardavam a chave mestra desse vocábulo- trino, desapareceram, deixando uma parte velada, e outra, alterada para seus descendentes que, em maioria, só aferiam o sentido mitológico, perdendo no fetichismo o pouco que lhes foi legado. Assim, encontramos na correspondência fonética do vocábulo umbanda, a corruptela da palavra umbanda, que os africanos deturparam da sonância original que, por sua vez, foi novamente corrigida pelos próprios orixás mais elevados, que mitam num plano evoluído da lei umbanda. E a conclusão axiomática desta assertiva está no fato que os próprios espíritos dizem umbanda e não umbanda.

2.2 Origem do Termo Umbanda

Umbanda deriva de Ki- mbanda pela posição do prefixo “U”, como u-ngana vem de ngana. Segundo Chatelain a Umbanda: a) é ciência, arte, profissão, ofício de: curar por meio de medicina natural (plantas, raízes, folhas frutos) ou da medicina sobrenatural (sortilégios, encantamentos); b) advinhando o desconhecido pela consulta às almas dos mortos ou aos gênios ou demônios, que são espíritos, nem humanos nem divinos; c) induzindo estes espíritos, na cura, adivinhação e na influência dos espíritos, d) Finalmente, Umbanda é o conjunto de sortilégios que estabelecem e determinam ligação entre espíritos e o mundo físico.

Verifica-se, então, que o ilustre Prof.º Heli Chatelain encontrou no idioma Banto o termo Ki- mbanda significando Sacerdote, curandeiro, adivinho, invocador de espíritos, ou seja, um homem que tinha conhecimentos, inclusive de magia, etc., e averiguou que o radical (ou parte inflexível) desta palavra, era MBANDA e o prefixo, “K”. Por associação de idéias, assim como u- ngana vem de “ngana”, diz ele, deu o prefixo “U” à “MBANDA”, e achou parte da verdade nos significados da palavra que traduzimos acima.

Esqueceu-se, porém, de uma coisa: é que sendo KIMBANDA, o nome que designa o Sacerdote Banto e sendo esse o que usava conhecimentos, ritos, artes de curar, invocações, etc., é porque tudo isso traduzia um princípio religioso, é lógico, portanto, que tinha uma Religião. E, como verificamos que o citado Professor deu Umbanda como sendo um conjunto de atributos, muitos até transcendentais, lógico, mais uma vez, é que Ki- mbanda é que se originou de Umbanda.

È interessante notar que essa é uma das fontes que robustecem os conceitos do Sr. Arthur Ramos, cujos livros servem de protótipo aos “escritores” do assunto, inclusive o ilustrado kardecista que chegou até a expor a “ Umbanda em Julgamento”. E fazer ironias, à francesa, esquecendo o seu mestre, Allan Kardec, repôs algumas verdades por intermédio dos próprios espíritos.

Assim, devemos reconhecer que o Sr. Chatelain procurou a origem da palvra Umbanda, nesse sistema africano que é relativamente moderno, porquanto a original palavra remonta a épocas pré- históricas, das quais apenas civilizações com um tradicionalismo bastante acentuado, conseguiram através de herança familiar, fazer chegar até nós.

Por uma ordem natural de evolução filológica, mesmo quando essa evolução não é constiuída por uma gramática formada, é perfeitamente natural e indiscutível, que a transformação dos costumes e de raças, através de gerações, influa, de maneira direta, na sonância, interpretação e mesmo transformação de qualquer vocábulo. A história filológica, outra coisa não é, senão, a história da transformação desses mesmos vocábulos.

Sendo M- BANDA considerada como vértice religioso africano pelo Sr. H. Chatelain, descobrimos facilmente, que com a anteposição do simples prefixo “U”, transformou- se completamente o significado da palavra, ou seja, de um substantivo puramente personalista e individual (sacerdote- feiticeiro), passou a ser um substantivo absoluto e eclético ( faculdade, ciência, arte, ofício, etc.).

Cremos que não se faz necessário entrar em maiores dissertações para descobrir, claramente, que existe certa ingenuidade na asserção “daqueles” que querem ensinar Umbanda como representando feiticeiro ou sacerdote, ingenuidade essa que pode traduzir até por precipitação.

Assim sendo, passamos a expor a causa original, básica, científica, histórica, transcendental e, até o presente, indiscutível, dentro de uma ciência que se prova por si mesma (a matemática e a geometria), a origem real e verdadeira do termo umbanda.

Não nos apegamos a “coisas” que vimos superficialmente, sabendo, de antemão, que e, portanto, incapazes de nos fornecerem a luz singela da verdade que procuramos. Nossas bases, como já dissemos, são fundamentadas na gênese dos tempos, no vértice fundamental, na origem única das coisas.

Todos os termos mencionados pelos autores citados e outros, são termos adquiridos “in loco”, assim como os prefixos que os “deformam” são conseqüências locais e não comuns

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