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A Análise da Obra Dom Casmurro

Por:   •  29/8/2020  •  Resenha  •  3.469 Palavras (14 Páginas)  •  173 Visualizações

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LIVRO: DOM CASMURRO

Integrantes do grupo: Helena, Sabrina, Flávia, Júlya e Yasmin

Turma: 202

Temas abordados no trabalho:

  1. Contexto Histórico da Obra - Sabrina
  2. Retomar a vida de Machado de Assis (Objetivos e Incentivos) – Júlya e Helena
  3. Características – Flávia, Yasmin e Helena
  4. Resumo contado do livro – Yasmin, Júlya e Flávia
  5. Resenha crítica – Helena e Sabrina
  6. Exercícios de vestibulares

Vídeos:

(Leiam a descrição para saber onde se inicia cada tema abordado no trabalho)

Primeiro Vídeo (1, 2, 3 e 4)

https://www.youtube.com/watch?v=3sY8VgkThXM

Segundo Vídeo (5 e 6)

https://www.youtube.com/watch?v=lcj-ZBHH1gI

Conteúdo por escrito:

CONTEXTO HISTÓRICO

O Realismo foi um dos principais movimentos artísticos do final do século XIX. Com diversas formas de manifestação, a arte realista teve grande importância tanto na Europa quanto no Brasil.

O Brasil, durante o período de passagem do Romantismo para o Realismo, sofreu inúmeras mudanças na história econômica, política e social. Esse movimento encontrou no nosso país uma realidade propícia para a ascensão da literatura, já que escritores como Castro Alves e José de Alencar haviam preparado o terreno.

Em relação a obra trabalhada, Dom Casmurro, sabe-se que sua publicação acontece no final do século XIX, e se configura como uma literatura de investigação psicológica. Historicamente, pode ser destacado que tal publicação acontece no momento posterior ao surgimento de teorias científicas-filosóficas que mudaram os rumos da Literatura  (Evolucionismo, Determinismo, Experimentalismo, Socialismo e Psicologismo), entre elas a filosofia de Schopenhauer, que conquista muitos adeptos por levantar um grande questionamento em relação ao futuro da sociedade como um todo. Nessa época, portanto, a produção literária expressa uma tentativa de se explicar todos os fenômenos sociais e humanos através da ciência e da observação atenta dos fatos.

Outro tema bastante explícito do livro refere-se à sua ambientação: Rio de Janeiro do Segundo Império, na casa de um homem da elite. Críticos escrevem que até a época de sua publicação foi o livro que "fez a exploração psicológica mais intensa do caráter da sociedade do Rio de Janeiro". Bento é proprietário, cursou faculdade e tornou-se advogado, e representa uma classe diferente da de Capitu que, embora seja inteligente, veio de família mais pobre. O narrador permeia o livro de citações francesas e inglesas, hábito comum entre os aristocratas do século XIX.

Ao longo dos anos, Dom Casmurro, com seus temas do ciúme, a ambiguidade de Capitu, o retrato moral da época e o caráter do narrador, recebeu inúmeros estudos, adaptações para outras mídias e interpretações no mundo inteiro: desde psicológicas e psicanalíticas na crítica literária dos anos 30 e dos anos 40, passando pela crítica literária feminista na década de 1970, até sociológicas da década de 1980, e adiante.

Dom Casmurro é considerado por alguns, disputando com Memórias Póstumas de Brás Cubas, como a obra-prima de Machado.

VIDA DE MACHADO DE ASSIS (Incluindo seus objetivos/incentivos)

Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) nasceu, no dia 21 de junho de 1839. Foi um escritor brasileiro, um dos nomes mais importantes da literatura do século XIX. Escreveu poesias, contos e romances. Foi também jornalista, teatrólogo, crítico de teatro e crítico literário.

Machado fez seus primeiros estudos na escola pública do bairro de São Cristovão e, durante sua infância e parte da adolescência, se familiarizou com o latim e o francês. Em busca de um emprego, com 15 anos, conheceu Francisco de Paula e Brito, dono da livraria, do jornal e da tipografia. E no dia 12 de fevereiro de 1855, o jornal “Marmota Fluminense” trazia o poema “Ela”, de Machado de Assis.

Com 20 anos, passou a frequentar os círculos literários e jornalísticos do Rio de Janeiro, capital política e artística do Império. Em 1864, Machado de Assis publicou “Crisálidas”, uma coletânea de seus poemas. Livro dedicado a seus pais, Maria Leopoldina, falecida a anos atrás, e a Francisco, que morrera naquele ano.

Em 1872, publicou seu primeiro romance, “Ressurreição”, e em 1881, publica o romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, que marca o início da fase acentuadamente realista de sua obra. Em 1896, fundou com outros intelectuais, a Academia Brasileira de Letras. Nomeado para a cadeira n.º 23, tornando-se, em 1897, seu primeiro presidente, cargo que ocupou até sua morte.

Em outubro de 1904 morreu sua esposa, Carolina, companheira de 35 anos, que além de revisora de suas obras era também sua enfermeira, pois Machado de Assis tinha a saúde abalada pela epilepsia. Após a morte da esposa o romancista raramente saía de casa. Em homenagem à sua amada, escreveu o poema "À Carolina". Machado de Assis faleceu no Rio de Janeiro, 4 anos depois, no dia 29 de setembro de 1908. 

A primeira fase das obras de Machado de Assis apresenta-se presa a algum aspecto do “Romantismo”, com uma história cheia de mistérios, com final feliz ou trágico e uma narrativa linear.

Já sua segunda fase inicia-se com "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e é nesse período que se encontram suas mais ricas criações literárias, Machado inaugura o “Realismo”, aprofundando-se na análise psicológica dos personagens desvendando a fragilidade existencial.

CARACTERÍSTICAS

O autor prossegue com o estilo que vinha desenvolvendo desde Memórias Póstumas de Brás Cubas, numa linguagem altamente culta, impregnada de vastas referências, mas informal, em tom de conversa com o leitor.

Ele é considerado o último romance de sua "trilogia realista". Contudo, aqui ele também utiliza traços que retomam ao Romantismo. Um exemplo é o relacionamento de Bentinho com Capitu, o ciúme, o possível adultério.

Há o rompimento com os realistas, ele opta por criar um narrador que interfere na narrativa com o objetivo de dialogar com o leitor, comentando seu próprio romance com filosofias, intertextualidade e metalinguagem. Um exemplo desta última ferramenta dá-se no Capítulo CXXXIII, de um parágrafo só, em que o narrador escreve: Já me vais entendendo; lê agora outro capítulo.

Bento, advogado, também abusa da retórica para dar sua versão dos fatos. Sua narrativa, de tempo psicológico, acompanha os vaivéns da sua memória, de maneira menos aleatória que em Memórias Póstumas, mas igualmente fragmentária. De fato, o livro possui um estilo muito próximo ao do impressionismo associativo, onde existe uma ruptura com a narrativa linear, de modo que as ações não seguem um fio lógico ou cronológico. Machado utiliza como intercalação de episódios, recordações, ou reflexões, muitas vezes citando outros autores ou obras ou comentando os capítulos.

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