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A Arte De Amar

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Por:   •  21/11/2014  •  547 Palavras (3 Páginas)  •  570 Visualizações

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A Arte de Amar - Erich Fromm ¬--- A arte de Amar de Manuel Bandeira

Escrito em 1956, pelo psicanalista alemão, filósofo e sociólogo Erich Fromm, A arte de Amar, aborda um dos temas que sempre despertou interesse nas pessoas, o amor. Arte de amar é um poema de Manuel Bandeira que compõe a obra Belo Belo publicada em 1948. Baseando-se nos textos pode ser feita uma análise sobre o olhar de cada um acerca do tema Amar.

Erich Fromm argumenta que o amor precisa ser trabalhado, exigindo prática e concentração, além de maturidade, desenvolvimento de personalidade, capacidade de amar ao próximo, humildade, coragem, fé e disciplina. Diferente do que se acredita, o psicanalista ressalta que o amor não é obra do acaso, sorte ou uma simples sensação agradável. Fromm explica que o amor ainda é a resposta completa para o problema da existência. Fromm também analisa o amor nos tempos atuais, comparando-o à necessidade de consumo e busca pelo atraente física ou mentalmente – fator que muda de acordo com a moda da época. De acordo com o psicanalista, o que existe é uma relação de troca, na qual duas pessoas se apaixonam ao sentirem que encontraram o que estava de melhor disponível no mercado. Logo, o amor segue o mesmo padrão dos mercados de utilidade e de trabalho.

Mas Bandeira já no primeiro verso o diz que: Se queres sentir a felicidade de amar, esqueça a tua alma. No verso seguinte fala que: “a alma é que estraga o amor.” Neste ínterim, baseando nestes versos, poder-se-á falar que para sentirmos a alegria de amar devemos abdicar das nossas vontades. O versos subseqüentes, dois e três, evocam o amor agapé, que na língua grega significa o amor, caridoso, compassivo. Esta forma de amor é o amor-compaixão, “é o sentimento que nega a vontade ao invés, em vez de afirmá-la.” O amor analisado a partir deste viés, foi aquele praticado por Cristo, santos et cetera. Com estes fatores explicitados anteriormente em mente, para o sujeito lírico a alma só encontra aprazimento quando está em contato com Deus, e não em outra alma. Além disso, outrossim volta a frisar a figura divina, indo até mesmo além, dizendo que a satisfação não pode se dar com nenhum outro ser terreno. O sétimo verso é pautado por um leve erotismo, pois os corpos entender-se-ão apenas com outros corpos. Isto demonstra que para o sujeito lírico o amor se dá apenas por meio de algo erótico, este sentimento é diferente do agape. Para o filósofo alemão Schopenhauer, o amor estaria arraigado apenas na idéia de Eros, em outras palavras, no impulso sexual. Entretanto, não podemos afirmar com veemência que este pensamento versificado pelo sujeito lírico esteja totalmente em confluência com a do filósofo. No entanto, poder-se falar que a arte de amar no poema é carnal tendo a influência filosófica de Schopenhauer ou não, pois afasta a possibilidade de um amor que se dá nas faculdades da alma.A união dos textos trás a tona a necessidade do ser humano de ser amado ,desejado ,mas cada um a sua maneira seja aceitando e se adequado ao outro para não permanecer só como relata Fromm ou vivendo um grande romance carnal, vivo, quente, vorás como almejava Bandeira.

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