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ANÁLISE DA TRANSCODIFICAÇÃO DA OBRA LITERÁRIA “O AUTO DA COMPADECIDA DE ARIANO SUASSUNA” PARA ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA DE GUEL ARRAES, SEGUNDO AS REFLEXÕES DE SERGEI EISTEIN

Por:   •  10/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.999 Palavras (8 Páginas)  •  438 Visualizações

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ACADÊMICA: HANNA LAISSE BARBOSA

ANALISE DA TRANSCODIFICAÇÃO DA OBRA LITERÁRIA “O AUTO DA COMPADECIDA DE ARIANO SUASSUNA” PARA ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA DE GUEL ARRAES, SEGUNDO AS REFLEXÕES DE SERGEI EISTEIN

Montes Claros

Agosto/2017

ACADÊMICA: HANNA LAISSE BARBOSA

ANALISE DA TRANSCODIFICAÇÃO DA OBRA LITERÁRIA “O AUTO DA COMPADECIDA DE ARIANO SUASSUNA” PARA ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA DE GUEL ARRAES, SEGUNDO AS REFLEXÕES DE SERGEI EISTEIN

Projeto do Trabalho Final apresentado ao curso de Letras/Português da Unimontes.

Finalidade: Avaliação na disciplina Literatura e outros Sistemas Semióticos

Área de concentração: Semiótica

Linha de pesquisa: Tradição e modernidade

Montes Claros

Agosto/2017

Analisar, segundo as teorias de Sergei Eistein como ocorreu a transcodificação do teatro para o cinema.

RESUMO DA PROPOSTA

O presente ensaio tem como finalidade a realização da análise da transcodificação da obra literária, o teatro, “O auto da Compadecida” do autor Ariano Suassuna, para a adaptação cinematográfica de Guel Arraes, diretor do filme “O auto da Compadecida”, segundo as reflexões do autor Sergei Eisenstein sobre a importância da palavra e da imagem, respectivamente para que haja sentido nas obras cinematográficas e literárias. Seguindo esse raciocínio iremos trabalhar com as diferenças linguísticas que há nestas duas modalidades, e qual a representação que traz para o leitor, tanto ao ir ao cinema, ou quando realiza a leitura de determinada obra, qual o sentimento e as expectativas que cada um desses tipos textuais desencadeiam no leitor e espectador, visto que tanto a arte literária como a arte cinematográfica são formas de expressão humana.

Introdução

O presente tema foi escolhido graças à admiração pela obra O auto da Compadecida na sua forma teatral e cinematográfica, assim discutiremos sobre a transcodificação da literatura, que se encontra sob o gênero de peça teatral para a televisão e o cinema.

Estudaremos as características presentes na obra literária sob o gênero teatral de Ariano Suasssuna, e a obra cinematográfica de Guel Arraes onde iremos comparar as duas modalidades e como ocorreu essa transcodificação teatro-cinema.

A transcodificação da obra para o cinema é um grande desafio para o adaptador, pois o texto cinematográfico necessita de sequência linear onde o tempo, o espaço e os personagens são apresentados de maneira dinâmica e leve com ações desenvolvidas cronologicamente


2 – O auto da Compadecida peça teatral

A peça "Auto da Compadecida", foi escrita por Ariano Suassuna em 1955, para atender um pedido do teatro do Estudante de Pernambuco que foi fundado por Ariano Suassuna juntamente com Hermilo Borba Filho em 1955.

1. O Auto da compadecida peça teatral A peça teatral

 O Auto da Compadecida foi escrita para atender a uma encomenda do teatro do Estudante de Pernambuco (TEP), fundado por Ariano Suassuna e Hermilo Borba Filho, em 1955. Com seu amigo Hermilo Borba, Ariano se tornou um dos nomes mais consagrados da história do teatro brasileiro. O Auto da Compadecida é uma peça teatral baseada em três histórias do romanceiro popular nordestino[2]. As fábulas apresentadas são: O enterro do cachorro e a História do cavalo que defecava dinheiro de Leandro Gomes de Barros e O castigo da soberba de Anselmo Vieira de Souza A obra é narrada por um palhaço de nome Gregório cuja função é metateatral e anti-ilusionista. Este palhaço que permeia a história é uma recriação de Ariano Suassuna, pois na infância em Taperoá, o palhaço Gregório, do circo Stringhini, encantou o escritor a tal ponto que ele quando criança queria ser palhaço e fugir com a trupe do circo. O palhaço Gregório de maneira circense faz breves comentários, dirige-se ao público anunciando o que irá acontecer, pois não se mistura à ação, exceto na morte de João Grilo, quando aparece como figurante segurando a rede, que contém o corpo do morto, ao lado de Chicó. Esta cena só existe na obra escrita (peça teatral), nas transcodificações feitas para televisão e cinema a figura do palhaço desaparece e cada personagem fala por si. É importante, entendermos "O auto da compadecida" em formato de peça teatral, como uma instituição discursiva perene, visto que tem atravessado cinco décadas e ainda continua presente entre nós, embora saibamos que em outras modalidades. Mas, quantas pessoas que conheceram a obra em outras modalidades (televisiva e cinematográfica), têm lido a obra em forma de teatro, descobrindo por intermédio do discurso, muito mais do que uma simples comédia. O Auto da Compadecida ganhou visibilidade por ser "a peça mais popular do repertório brasileiro porque fundia a fé católica no que ela tem de mais visceral na formação da nacionalidade, e a existência cômica e patética do homem comum vilipendiado pelos poderosos" (discutindo a literatura, 2008, nº 15, p. 24) visão de Sábato Magaldi. E que articula elementos identitários da biografia do escritor Ariano Suassuna, tais como: Taperoá, o palhaço, gente simples etc. A peça foi adaptada duas vezes para o cinema e uma vez para a televisão (formato de minissérie). O Auto da Compadecida quando transcodificada para outros gêneros midiáticos, perde o seu narrador circense, o palhaço, que certamente possui uma função importante dentro da obra teatral, mas, por outro lado, ganha outros elementos, ou melhor, cada personagem fala por si, isto possibilita à obra mais veracidade.

SUMÁRIO

  1. Justificativa
  1. Objetivos
  1. Metodologia
  1. Plano de Trabalho
  1. Referências
  1. Anexos

1 - JUSTIFICATIVA

A arte literária em comunhão com a arte cinematográfica são formas de expressão humanísticas que vem como reflexão social e política e o surgimento delas, podemos dizer que é a partir de um ciclo, na qual o homem cria estas artes e coloca em prática a sua produção e colhe um resultado e outros homens suspiram de emoção com a apreciação das mesmas.

Ao tratarmos das diferenças da obra cinematográfica e teatral do “Auto da Compadecida” podemos retomar a indagação feita por Terry Eagleton em Teoria da Literatura, “[...] Não haverá no mundo questões mais importantes do que códigos, significantes e leitores? ” Quando o autor se refere a códigos, podemos retomar os estudos semióticos que é a ciência dos signos e dos processos significativos dentro da natureza e da cultura, sendo assim podemos abranger e analisar os códigos presentes dentro da linguagem cinematográfica e teatral, buscando saber qual a importância do livro e do filme, visto que a literatura se relaciona diretamente com as manifestações existenciais do homem, assim também acontece com o cinema, mas há uma linguagem própria e seu caráter visual que desperta a imaginação além dos livros, como se o cinema retratasse o que o leitor imagina no ato da leitura.

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