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Por:   •  22/3/2015  •  3.838 Palavras (16 Páginas)  •  397 Visualizações

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO...........................................................................................................04

2. VÁRIAS REFLEXÕES SOBRE OS ATUAIS MÉTODOS DE ALFABETIZAR.......................................05

2.1 Reflexões do grupo sobre o tema abordado.........................................................................05

2.2 Sistematizando o Conceito Alfabetizar no Contexto do Letramento....................................06

2.3 Alfabetização e Letramento, muito além de Codificar e Decodificar, Metodologias para Alfabetizar com significâncias.....................................................................................................08

2.4 Atividades que estimulam o hábito pela leitura e escrita.....................................................09

CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................................14

REFERENCIAS.........................................................................................................15

INTRODUÇÃO

A educação é um processo amplo e complexo que abrange diversos sujeitos em diferentes modalidades de aprendizagem, que distingue e personaliza esse jeito de aprender. A aprendizagem é um processo contínuo de construção e superação do não - aprender temporário. É fundamental ao pedagogo conhecer a bagagem que cada sujeito cognitivo construiu, para compreender suas estruturas mentais e seu modo de reflexão, tentando evoluir de um quadro mais simples e menos consistente para elaborações superiores. Esta construção de conhecimento implica numa inter-relação entre sujeitos, para que, num espaço de confiança, juntos possam recriar o conhecimento.

Vivemos em uma sociedade em que muitos não conseguem ter o acesso a leitura prazerosa, vivem as pressas apenas observando as leituras das dia a dia como informações nos cartazes, placas, rótulos etc. o prazer de ler um livro é para poucos, infelizmente pela falta de hábito. Neste trabalho apresentamos as definições de alguns gêneros literários, exemplos de como explorar a leitura para o publico infantil. Através de referencias bibliográficas contidas nas orientações deste trabalho podemos refletir muito sobre o tema e sua importância para uma sociedade de futuros leitores.

Alfabetizar, também é um processo político, que promove a cidadania, a autonomia, quando for praticada com lucidez, pois oferece condições aos educando de construírem sua bagagem de conhecimentos num contexto mais amplo, sendo esse refletido e apreendido pela complexidade das interações múltiplas que os ambientes, as pessoas e os objetos implicam.

2. Várias Reflexões nos Atuais Métodos de Alfabetizar.

2.1 Reflexões do grupo sobre o tema abordado:

Quando se refere à aprendizagem escolar da língua escrita observa-se um ensino desintegrado, com propostas pedagógicas que favorecem a instrumentalização da língua como estrutura pronta e acabada. No entanto, a aprendizagem inicial da leitura e da escrita – a alfabetização – e o letramento – devem ocorrer simultaneamente. A falha do ensino desintegrado fica evidente quando as práticas de ensino, especialmente nas séries iniciais, não estão orientadas para formar alunos letrados, “quando são letrados, em geral, é por conta das experiências que trazem de casa, da família, dos grupos nos quais convivem”. Se isso corre, só mostra que no início da escolaridade, a preocupação tem sido basicamente a alfabetização; o ensino da correspondência entre letras e sons. Embora, a divulgação da taxa de aprovação ao final da 1ª série do ensino fundamental tem elevados números de criança aprovadas para as séries seguintes ainda não é possível saber ao certo a quantidade de alunos que são alfabetizadas e letradas no final da 1ª série. A diferença é que a alfabetização é um processo pontual, que tem um início e um fim. A pessoa se torna alfabetizada ou continua analfabeta. Já o letramento, é construído pelas experiências do dia-a-dia. É um processo contínuo no qual o indivíduo se habitua a interpretar situações diversas e compreender os seus significados. É pautado nas competências e habilidades para lidar com situações diversas de uso da língua. Mesmo pessoas alfabetizadas podem ter dificuldades em lidar com situações de linguagem que aparecem no dia-a-dia por não ter, ainda, adquirido tal competência. Desenvolva integralmente suas capacidades, que amplie e aprofunde seus universos de conhecimento e que, além de aprender a resolver problemas numa sociedade em mudanças, aprenda a aprender. Mas o ponto de partida é, sem dúvida, o domínio dos princípios do sistema de escrita no meio em que vive.

Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; letrado é aquele que sabe ler e escrever, mas que responde adequadamente às demandas sociais da leitura e da escrita. Alfabetizar letrando é ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, assim o educando deve ser alfabetizado e letrado. A linguagem é um fenômeno social, estruturada de forma ativa e grupal do ponto de vista cultural e social. A palavra letramento é utilizada no processo de inserção numa cultura letrada. Saber ler e lê jornais, revistas, livros; sabe ler e interpretar tabelas, quadros, formulários, sua carteira de trabalho, suas contas de água, luz,telefone; sabe escrever e escreve cartas, bilhetes, telegramas sem dificuldade,sabe preencher um formulário, sabe redigir um ofício, um requerimento. São exemplos das práticas mais comuns e cotidianas de leitura e escrita; muitas outras poderiam ser citadas.

Uma criança que está alfabetizada é uma criança que sabe ler e escrever; uma criança letrada tem o hábito, as habilidades e até mesmo o prazer de leitura e de escrita de diferentes gêneros de textos, em diferentes suportes ou portadores, em diferentes contextos e circunstâncias. Se a criança não sabe ler, mas pede que leiam histórias para ela, ou finge estar lendo um livro, se não sabe escrever, mas faz rabiscos dizendo que aquilo é uma carta que escreveu para alguém, é letrada,embora analfabeta, porque conhece e tenta exercer, no limite de suas possibilidades, práticas de leitura e de escrita.

A função de alfabetizar letrando significa orientar a criança para que aprenda a ler e a escrever levando-a a conviver com práticas reais de leitura e de escrita: substituindo as tradicionais e artificiais cartilhas por livros, por revistas, por jornais, enfim, pelo material de leitura que circula na escola e na sociedade, e criando situações que tornem necessárias e significativas práticas de produção de textos.

2.2 Sistematizando o Conceito Alfabetizar no Contexto do Letramento

O conceito de letramento e alfabetização devem se constituir em ações inseparáveis. O ideal seria ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais de leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado. Ser letrado significa saber ler e escrever em direção ao ser capaz de fazer uso da leitura e da escrita socialmente.

Inicialmente, o ato de alfabetizar era considerado como um processo de decodificação, ou seja, que através de mecanismos repetitivos o aluno iria decorar os códigos, ou letras para simultaneamente ler e escrever. Esta idéia foi colocada em crise a partir das diversas pesquisas e investigações que vêm ocorrendo na área da linguagem e no entendimento de como construímos o conhecimento.

Atualmente, a alfabetização não é vista como algo desconexo do mundo, ela envolve um processo de construção de conhecimentos, e carregam a pretensão de reconhecer os educando como sujeitos autônomos, críticos na sociedade para serem sujeitos ativos, que possuam a competência de transformar a sociedade, para que seja mais justa igualitária e cidadã.

Assim ser alfabetizado no contexto do letramento significa aprender a ler e a escrever. Aprender a construir sentido para e por meio de textos escritos usando experiências e conhecimentos prévios. Também é importante ressaltar a necessidade de reconhecimento da especificidade da alfabetização, entendida como processo de aquisição e apropriação do sistema da escrita, alfabético e ortográfico e como decorrência, a importância de que a alfabetização se desenvolva num contexto de letramento. Desta forma, compreende-se por letramento a etapa inicial da aprendizagem da escrita, como participação em eventos variados de leitura e escrita e o conseqüente desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, e de atividades positivas em relação a estas práticas.

Conforme Freire e Macedo, alfabetização significa adquirir língua escrita através de um processo de construção do conhecimento, dentro de um contexto discursivo de interlocuções e interação, com uma visão crítica da realidade.

É importante valorizar o envolvimento que o aluno-desejante do aprender dá ao processo de conhecimento, feito pela escolarização. Porque, ao reconhecer a alfabetização como processo que lhe permite autonomia na construção do conhecimento, fica a possibilidade de associar-se à descoberta do prazer em aprender. Se o sujeito escolar aprender a conhecer, conseguirá de modo autônomo, aprender a aprender. Quando conseguir aprender a fazer, terá uma competência em experiências práticas.

Ferreiro aborda que aprender a ler e a escrever, em uma sociedade letrada, tem o significado de apropriação de poder, de um instrumento que permite participar na sociedade como um cidadão pleno, e não como cidadão pela metade. Este pensamento enfatiza o processo de autoria e de identidade que a alfabetização traz, que se opõem ao preconceito com os analfabetos, de serem sujeitos constituídos como sem identidade, “sem plenitude”, tidos como submissos, incapazes, à mercê da sociedade, sem condições de participar desta conquista comunicativa.

O processo de alfabetização vai se concretizando pelas situações reais formadas e as tentativas que o aluno faz para acertar, cometendo falhas construtivas, melhorando sua forma de pensar, escrever e ler, com o auxílio da intervenção docente, num espaço social e colaborativo. Como dito antes, a conquista da alfabetização é mediada por hipóteses que revelam o constante processo de reformulação das descobertas discentes.

2.3 Alfabetização e Letramento, muito além de Codificar e Decodificar, Metodologias para Alfabetizar com Significâncias

Fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano, apropriar-se da função social essas duas práticas; é preciso letrar-se. Em suma, alfabetização e letramento se somam. Ou melhor, alfabetização é um componente do letramento.

Na escola a criança deve interagir firmemente com o caráter social da escrita e ler e escrever textos significativos. A alfabetização se ocupa da aquisição da escrita pelo indivíduo ou grupos de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade. Em termos sociais mais amplos, o letramento é apontado como sendo produto do desenvolvimento do comércio, da diversificação dos meios de produção e da complexidade crescente da agricultura. Ao mesmo tempo, dentro de uma visão dialética, torna-se uma causa de transformações históricas profundas, como o aparecimento da máquina a vapor, da imprensa, do telescópio, e da sociedade industrial como um todo.

A alfabetização deve se desenvolver em um contexto de letramento como início da aprendizagem da escrita, como desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, e de atitudes de caráter prático em relação a esse aprendizado; entendendo que a alfabetização e letramento, devem ter tratamento metodológico diferente e com isso alcançar o sucesso no ensino aprendizagem da língua escrita, falada e contextualizada nas nossas escolas.

Letramento é informar-se através da leitura, é buscar notícias e lazer nos jornais, é interagir selecionando o que desperta interesse, divertindo-se com as histórias em quadrinhos, seguir receita de bolo, a lista de compras de casa, fazer comunicação através do recado, do bilhete, do telegrama. Letramento é ler histórias com o livro nas mãos, é emocionar-se com as histórias lidas, e fazer, dos personagens, os melhores amigos. Letramento é descobrir a si mesmo pela leitura e pela escrita, é entender quem a gente é e descobrir quem podemos ser.

2.4 Atividades que estimulam o hábito pela leitura e escrita

Como já dissemos, as práticas de letramento se configuram como eixo fundamental do trabalho por meio da (re) elaboração cognitiva, da inserção e da intervenção das crianças de três a cinco anos no mundo da cultura escrita, a partir de suas interações sociais discursivas, do diálogo, dos diferentes usos e práticas da língua no contexto escolar e sócio-cultural. Para tanto, são promovidas situações que tenham a ver com os usos da língua nas práticas culturais, em interação permanente entre adultos e crianças, que juntos constroem textos significativos.

Segundo; A inserção social na cultura escrita significa oportunidades que crianças e adultos têm de experiências significativas com a escrita. O processo, longe de ser mecânico ou linear, é dinâmico, complexo, fragmentado e, sobretudo, vivo e rico, com personagens, aventuras, enredos em desfechos alegres ou tristes, situações engraçadas, irônicas, angustiadas, sofridas. Textos narrados em prosa ou recitados em verso. Nunes e Kramer .

A inserção social na cultura escrita significa oportunidades que crianças e adultos têm de experiências significativas com a escrita. O processo, longe de ser mecânico ou linear, é dinâmico, complexo, fragmentado e, sobretudo, vivo e rico, com personagens, aventuras, enredos em desfechos alegres ou tristes, situações engraçadas, irônicas, angustiadas, sofridas. Textos narrados em prosa ou recitados em verso. Nunes e Kramer.

Nessa perspectiva, as práticas de letramento não pretendem ser, e não poderiam ser atividades isoladas, fragmentadas e descontextualizadas. Há na ação realizada pela criança uma razão para que ela escreva e leia.

1. Álbum

No álbum – caderno de desenho que vai para casa no fim do ano – as crianças ditam para a professora escrever textos elaborados coletivamente sobre os momentos mais significativos vivenciados pelo grupo ao longo do ano, tais como as festas, as aulas-passeio e os projetos desenvolvidos. Os textos, digitados ou copiados pelas crianças, são lidos por todos na rodinha e depois cada uma faz o seu desenho. O álbum também traz mensagens que as crianças escrevem para os colegas, letras de músicas, e tudo o que foi importante para a turma.

2. Livro de histórias da turma

O livro de histórias é uma atividade desenvolvida durante o ano. A criança cria um desenho no papel e dita uma história para a professora escrever. Em seguida, são feitas cópias do trabalho para cada aluno da turma. Crianças e professora lêem a história, interpretam e depois elas colorem, enfeitam o desenho com alguma técnica. No fim, as crianças escolhem o título do livro e assinam a capa.

3. Bilhetes na caderneta

A caderneta ou agenda é um meio de comunicação entre a escola e a família, pois nem sempre é possível estar conversando com os pais e ou responsáveis sobre o trabalho cotidiano. Além dos avisos sobre calendário, normas de funcionamento da escola, dias de reunião, pedidos de autorização para uma aula-passeio, a caderneta é utilizada como mais uma estratégia para mostrar à família o que as crianças estão aprendendo e também como forma dos parentes aprenderem algo novo. Os bilhetes são lidos com as crianças, na rodinha, antes de seguirem para casa.

4. Atividades de rotina

Planejamento do dia, quadro de horários das atividades da semana, Calendário. As atividades de rotina são muito importantes para organizar o dia. Todos os dias, no horário de entrada, as crianças sentam em roda e participam do planejamento das atividades que serão desenvolvidas naquele dia. A professora registra no quadro a pauta/agenda que é consultada ou alterada, quando necessário. Após elaborarem a pauta, as crianças consultam o quadro de horário semanal, preparado por elas e pela professora, onde representam por meio de desenho, o espaço ou a atividade que a turma terá em cada dia da semana (sala, casinha de bonecas, pátio pintado, pátio coberto, parque, sala de leitura). Ele é montado após o grupo conhecer e vivenciar todos os espaços. Com o passar do tempo, os horários do rodízio são tão internalizados pelos alunos, que é comum vê-los explicando uns aos outros, quando querem saber o que faram naquele dia. Cabe ressaltar que o objetivo do horário semanal é organizar a circulação de todas as turmas da escola pelos espaços, garantindo que as crianças percorram todos durante a semana. Esta rotina serve como referência, como parâmetro para as turmas se locomoverem nos espaços. Porém, os horários são flexíveis, respeitando as necessidades e interesses de cada grupo.

5. Procedimentos e combinados

No início de cada ano, a professora traz à discussão procedimentos e combinados da turma que devem ser lembrados e cumpridos no cotidiano. Afinal, todos os lugares têm regras e as pessoas não podem fazer tudo o que quiserem, na hora que quiserem. A partir do que as crianças entendem sobre a conversa, a professora sugere o registro para que os procedimentos e os combinados sejam sempre consultados e lembrados. As crianças, então, falam o que “não pode” e o que “pode” fazer na escola, e aprofessora registra em duas listas. No decorrer do ano letivo, volta-se regularmente a estas listas para consultá-las e fazer acréscimos.

6. Observação em campo

Nos projetos que são realizados, muitas vezes é necessário ir a campo para observar aspectos que acrescentem novas informações ao assunto que esteja sendo estudado. Crianças e professora saem com prancheta, folha e lápis, e vão anotando (com desenhos e letras) o que é importante e também vão fazendo perguntas e comentando uns com os outros as descobertas. Ao voltar para a sala, na rodinha, cada criança apresenta para as demais os dados registrados e suas impressões e, a partir de então, novas atividades são planejadas. Esta atividade investigativa é feita dentro da escola (por exemplo, procurar focos de mosquito da dengue) ou fora (ida ao horto para observar as diferentes plantas; ida ao mercado para entrevistar os vendedores, ver diferentes frutas, legumes, verduras; dar a volta no quarteirão para ver que tipo de lixo é jogado na rua ou para conhecer o espaço para construir uma maquete do quarteirão; entre outras).

7. Relatório de experiência

Nas atividades com experiências que exigem observação durante um tempo mais prolongado, são elaborados com as crianças quadros de acompanhamento, divididos em três colunas com a data, o relato escrito e o desenho. Dependendo do experimento que a turma esteja realizando, a observação sistemática e seu respectivo registro podem ser diários ou semanais. Assim é que, por exemplo, as crianças acompanharam e aprenderam sobre o crescimento do girassol e do feijão, a decomposição de materiais orgânicos e inorgânicos enterrados no canteiro, as fases da vida do mosquito na mosquitoeira.

8. Jogo do boliche

O trabalho com os jogos é iniciado com o levantamento do que as crianças já conhecem a respeito deles. O jogo de boliche é confeccionado junto com crianças, utilizando material de sucata: garrafas pet, sobras de papel colorido, bola de meia. As crianças, primeiramente, brincam à vontade, explorando as possibilidades de arrumar as garrafas, as maneiras de marcar os pontos, quantas chances cada um vai ter, de que distância e de que maneira devem arremessar a bola, etc. Nos outros momentos, são elaboradas as regras para jogar com a participação das crianças, problematizando cada situação. As regras do jogo são escritas pela professora, na frente das crianças, e afixadas na parede ou no mural. No quadro ou tabela de pontuação, cada jogador registra com números, traços ou algum outro símbolo a quantidade de garrafas derrubadas. Depois de jogar na escola, uma criança a cada dia leva o boliche para casa para jogar com os parentes ou vizinhos. Junto com o jogo, vai um caderno em que são registrados nomes, idades e pontuação dos jogadores da família, além do relato dos responsáveis sobre como foi a experiência.

9. Bingo dos nomes Durante todo o ano letivo, são realizadas atividades com os nomes das crianças, tais com jogo da memória, amigo-oculto, esconder as fichas para que as crianças encontrem, trabalho com as letras móveis e o quadro-de-pregas. Entre as diferentes atividades, destacamos o bingo dos nomes. As professoras confeccionam as cartelas com os nomes de cinco crianças. As crianças são divididas em dupla ou trio e jogam em colaboração. Para marcar os nomes “cantados”, usam-se tampinhas ou palitos de picolé. As “pedras a serem cantadas” são as fichas dos nomes.

10. Gráfico e tabelas

A linguagem matemática também é bastante trabalhada. Além do trabalho com o calendário e da contagem das crianças, em muitas situações é necessário elaborar tabelas ou gráficos. Pode-se transformar a pontuação de cada criança no jogo do bingo, por exemplo, em um gráfico no qual se pode ler com as crianças qual delas teve a maior pontuação, quem fez menos pontos, quem não marcou ponto etc.

11. Biografia de artistas e cientistas

Uma das atividades desenvolvidas nos projetos de trabalho e nos de cultura é conhecer com as crianças a vida e o trabalho de artistas e cientistas. As professoras pesquisam dados da história da vida pessoal e profissional e organizam em pasta-catálogo que passa em cada turma. Assim, as crianças são convidadas a se transportarem para o mundo destes artistas ou cientistas, de acordo com o projeto que está sendo realizado, e começam a fazer relações com a vida cotidiana, a levantar questionamentos sobre o trabalho, o contexto em que aquele artista ou cientista viveu e a solicitar mais informações sobre sua família.

12. Apresentação oral dos trabalhos produzidos

Relatar, oralmente, para os colegas das outras turmas o processo de trabalho que resultou na construção de uma maquete ou escultura, explicar o que aprenderam sobre a dengue ou sobre a vida de determinado artista para os pais ou responsáveis, é uma atividade de letramento que desafia a criança a elaborar no nível abstrato uma tarefa que ela executou em interação com os colegas, com outra dinâmica, na prática. É necessário adotar uma postura de palestrante, organizando e elaborando o pensamento para falar sobre o porquê do grupo ter escolhido fazer tal trabalho, que materiais foram usados, que informações a turma conseguiu.

Concluímos que as discussões sobre alfabetização, escrita e leitura ocupam amplo espaço no debate acadêmico. Discute-se os métodos para alfabetizar, o material didático, a formação do professor, a avaliação. Numa sociedade como a nossa, preocupada com os resultados estatísticos muito mais do que com a qualidade, o lugar ocupado pela escrita é muito estreito na prática escolar, em relação ao papel fundamental que ela desempenha no desenvolvimento cultural da criança. Ensina-se as crianças a desenhar letras e construir palavras com elas, mas não se ensina a linguagem escrita. Enfatiza-se de tal forma a mecânica de ler o que está escrito que acaba-se obscurecendo a linguagem escrita como tal. (VIGOTSKY, 1991, 119)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A aprendizagem não é feita de certezas, mas de inquietações, de crises e dúvidas que nos projetam às novas descobertas. Nesta constatação, observamos que na atuação do professor é necessário que seja incorporado como característica essencial, a atenção para cada sujeito. Observando atentamente os processos de ensino-aprendizagem identificamos sua evolução ou algumas dificuldades presentes.

Para tanto, cada educador deve ter consciência sobre sua inconclusão e a convicção de que não há um limite cognitivo, uma estabilidade, mas sucessivos progressos. Deste jeito, é essencial que vivamos em constante formação e busca de saberes. A atuação do educador no processo educativo deve estar centrado em princípios de humildade e reconhecimento do conhecimento cultural e histórico do educando.

Concluímos que as discussões sobre alfabetização, escrita e leitura ocupam amplo espaço no debate acadêmico. Discutem-se os métodos para alfabetizar, o material didático, a formação do professor, a avaliação. Numa sociedade como a nossa, preocupada com os resultados estatísticos muito mais do que com a qualidade, o lugar ocupado pela escrita é muito estreito na prática escolar, em relação ao papel fundamental que ela desempenha no desenvolvimento cultural da criança. Ensina-se as crianças a desenhar letras e construir palavras com elas, mas não se ensina a linguagem escrita. Enfatiza-se de tal forma a mecânica de ler o que está escrito que acaba-se obscurecendo a linguagem escrita como tal.

Referencias

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília,DF, 1997.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. PCN em Ação. Brasília, DF, 1997.

FARACO, Carlos Alberto. Escrita e alfabetização. 7.ed.São Paulo: Ed. Contexto, 2006.

http://www.portaleducarbrasil.com.br/UserFiles/P0001/Image/PCNsEnsinoFundamental1/LinguaPortuguesa.

http://encantamentosdaliteratura.blogspot.com.br/2010/04/releitura-chapeuzinho-amarelo-chico.html

http://pedagogiaunicidiesdeguaianas.spaceblog.com.br/891743/Ana-Teberosky-Reflexoes-sobre-o-Ensino-da-Leitura-e-da-Escrita/

TEBEROSKY, Ana; CARDOSO, Beatriz. Reflexões sobre o ensino da leitura e da escrita. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.

TEBEROSKY, Ana; TOLCHINSKY, Liliana. (Org). Além da alfabetização: a aprendizagem fonológica, ortográfica, textual e matemática. São Paulo: Ática, 2000.

TEBEROSKY, Ana; GALLART, Marta Soler. (Org.). Contextos da alfabetização inicial. Porto Alegre: Artmed, 2004.

http://www.revistacontemporanea.fe.ufrj.br/index.php/contemporanea/article/view/144/134.

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