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Arcadismo

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Por:   •  5/9/2014  •  Tese  •  711 Palavras (3 Páginas)  •  751 Visualizações

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Arcadismo

O arcadismo surgiu na Europa por volta do século XVIII, e atingiu seu ponto culminante (Mais elevado) em 1789, com a Revolução Francesa.

Iluminismo:

O iluminismo, também conhecido como Século das Luzes, foi um movimento que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação.

Os iluministas defendiam a criação de escolas, para que o povo fosse educado, e a liberdade religiosa. O Iluminismo foi um movimento de reação contra as estruturas feudais, a influencia da igreja católica, o monopólio comercial e a censura das "ideias perigosas".

O pensamento iluminista elege a "Razão" como o grande instrumento de reflexão capaz de melhorar e empreender instituições mais justas e funcionais. No entanto, o homem não tem sua liberdade garantida, a razão acaba sendo tolhida por entraves como o da crença religiosa ou pela imposição de governos que oprimem o individuo. A racionalização dos hábitos era uma das grandes ideias defendidas pelo Iluminismo.

Arcadismo:

O arcadismo é uma escola literária surgida na Europa no século XVIII, Também conhecida como Setecentismo ou Neoclassicismo. O nome “Arcadismo" é uma referencia à Arcádia, região da Grécia Antiga, tida como ideal de vida poética.

No Brasil, o movimento árcade toma forma a partir da segunda metade do século XVIII. A principal característica do arcadismo é a “exaltação da natureza" e de tudo que lhe diz respeito. Os árcades são poetas que exploram o máximo da natureza e do meio rural. Eles têm a tese de que as futilidades, as riquezas são passageiras e o importante mesmo é aproveitar a vida, se divertir muito, fazer vários poemas e ensinar o valor da simplicidade.

O arcadismo pode ser chamado de neoclassicismo, pois os modelos seguidos eram os clássicos greco-latinos exclusivos do classicismo principalmente poemas e sonetos são retomados. Tem uma influencia direta de Camões bucolismo, além da descrição de paisagens que completam as influencias que o arcadismo sofreu do classicismo.

A literatura neoclássica propõe uma produção artística mais simples e espontânea. Ela expressa uma visão mais sensualista da existência, propondo assim uma “volta à natureza” e um contato maior cm a vida simples do campo. Assim, em pleno período de efervescência cultural e social na Europa, os poetas árcades recriam paisagens de outras épocas, com pastores cantando e vivendo uma existência sadia e amorosa, substituindo a vida das cidades em desenvolvimento pela preocupação única de cuidar do seu rebanho.

Principais Características:

• Fugere Urbem: (Expressão em latim que significa “fugir da cidade") _ Foi adotada como lema pela literatura árcade para simbolizar o poeta literário que se deslocava da vida agitada e corrida da cidade e vai para a calma zona rural.

• Carpe Diem: (Frase em latim popularmente traduzida para “Colha o Dia” ou "Aproveite o Momento") _ Utilizado pra solicitar que se evite gastar tempo com coisas inúteis ou como justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro.

• Bucolismo ou Pastoralismo: É o termo utilizado para designar uma espécie de poesia pastoral, que descreve a qualidade dos costumes rurais, exaltando as belezas da vida campestre e da natureza, características do arcadismo.

• Aurea Mediocritas: É uma designação latina que expressa à ideia de que só é feliz e vive tranquilamente que se contenta com pouco ou com aquilo que tem, sem aspirar mais...

• Uso da Mitologia: A mitologia pagã acabou servindo como elemento estético para os árcades.

• Pseudônimos pastoris: o fingimento poético (simulação de sentimentos fictícios) é marcado pela utilização dos pseudônimos pastoris. Como pastores, os poetas, em sua maioria burgueses que vivam nos centros urbanos, realizavam o ideal da mediocridade dourada (áurea mediocritas).

Principais autores

Brasileiros:

• CLÁUDIO MANUEL DA COSTA

• TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA

Portugueses:

• Manuel Maria Barbosa Du Bocage

• António Dinis da Cruz e Silva

Soneto

LXII

Torno a ver-vos, ó montes; o destino

Aqui me torna a pôr nestes oiteiros;

Onde um tempo os gabões deixei grosseiros

Pelo traje da Côrte rico, e fino.

Aqui estou entre Almendro, entre Corino,

Os meus fiéis, meus doces companheiros,

Vendo correr os míseros vaqueiros

Atrás de seu cansado desatino.

Se o bem desta choupana pode tanto,

Que chega a ter mais preço, e mais valia,

Que da cidade o lisonjeiro encanto;

Aqui descanse a louca fantasia;

E o que té agora se tornava em pranto,

Se converta em afetos de alegria.

...

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