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BARROCO NO BRASIL

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Por:   •  5/10/2014  •  749 Palavras (3 Páginas)  •  267 Visualizações

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BARROCO NO BRASIL

O Barroco foi introduzido no Brasil por intermédio dos jesuítas. Inicialmente, no final do século XVI, tratava-se de um movimento apenas destinado à catequização. A partir do século XVII, o Barroco passa a se expandir para os centros de produção açucareira, especialmente na Bahia, por meio das igrejas. Assim, a função da igreja era ensinar o caminho da religiosidade e da moral a uma população que vivia desregradamente.

Nos séculos XVII e XVIII não havia ainda condições para a formação de uma consciência literária brasileira. A vida social no país era organizada em função de pequenos núcleos econômicos, não existindo efetivamente um público leitor para as obras literárias, o que só viria a ocorrer no século XIX. Por esse motivo, fala-se apenas em autores brasileiros com características barrocas, influenciados por fontes estrangeiras (portuguesa e espanhola), mas que não chegaram a constituir um movimento propriamente dito. Nesse contexto, merecem destaque a poesia de Gregório de Matos Guerra e a prosa do padre Antônio Vieira representada pelos seus sermões.

• Delimitação:

Início: 1601, publicação do poema épico “Prosopopeia” de Bento Teixeira.

Final: 1768, fundação da Arcádia Ultramarina e publicação de “Obras Poéticas” de Cláudio Manuel da Costa.

• Características:

- Contraste (Razão X Fé)

- Tensão Emocional

- Religiosidade

- Gosto pelo grandioso, sangrento e trágico

- Cultismo (jogo de palavras) e Conceptismo (jogo de ideias)

- Sua linguagem é rebuscada e ambígua.

- Caracteriza-se por utilizar largamente figuras de linguagem: metáfora, antítese, o paradoxo e a sinestesia.

• Padre Antônio Vieira:

Antônio Vieira (1608-1697)escreveu muitos sermões, dentre os quais se destacam: Sermão da Sexagésima, em que discorre sobre a arte de pregar; Sermão de Santo António aos Peixes, em que trata da escravidão do indígena; Sermão do Mandato, em que fala do amor místico de Cristo; Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda, que proferiu por ocasião do cerco dos holandeses à cidade da Bahia.

Deixou ainda uma grande quantidade de cartas, que são documentos importantes para o estudo da época em que viveu, e as obras História do futuro e Esperanças de Portugal, de cunho sebastianista, publicadas postumamente.

-Sermão da Sexagésima:

(...) Quando Cristo mandou pregar os Apóstolos pelo Mundo, disse-lhes desta maneira: Euntes in mundumuniversum, praedicateomnicreaturae (Ide, e pregai a toda a criatura). Como assim, Senhor?! Os animais não são criaturas?! As árvores não são criaturas?! As pedras não são criaturas?! Pois hão os Apóstolos de pregar às pedras?! Hão-de pregar aos troncos?! Hão-de pregar aos animais?! Sim, diz S. Gregório, depois de Santo Agostinho. Porque como os Apóstolos iam pregar a todas as nações do Mundo, muitas delas bárbaras e incultas, haviam de achar os homens degenerados em todas as espécies de criaturas: haviam de achar homenshomens,

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