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Breve concepção de corpo ao longo da história da humanidade

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Por:   •  22/8/2013  •  Tese  •  1.169 Palavras (5 Páginas)  •  4.048 Visualizações

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Breve concepção de corpo ao longo da história da humanidade.

No decorrer da história da humanidade o corpo sempre foi objeto de observações, experiências e estudos. Desde os primeiros registros de vida humana há indicativos da importância do corpo e de suas possibilidades de expressão. No entanto, o corpo foi visto por muito tempo como meio de sobrevivência e execução de tarefas. Para podermos entender melhor as concepções de corpo na atualidade é necessária uma contextualização histórica para verificar-mos as características e as peculiaridades incorporadas até os dias atuais.

Na antiguidade o corpo humano era preparado para a sobrevivência, voltado para a caça e a pesca. Na Grécia antiga, aparecem imagens de corpos fortes para o combate, para a proteção ao Estado em diálogo com a beleza e a harmonia de movimentos rítmicos. Havia uma preocupação com o corpo saudável, forte e perfeito. As práticas esportivas eram tidas como elementos mobilizadores da sociedade e instrumentos a serviço das classes que mantinham o poder. Nessa época já existia a diferenciação entre o corpo das castas mais altas e o corpo dos trabalhadores.

Na Idade Média, com o crescimento do cristianismo, a Igreja deteve o monopólio do conhecimento. Em uma sociedade fortemente ritualizada, observamos nesse período que o corpo era reprimido, humilhado e desprezado e ao mesmo tempo glorificado. A concepção de corpo “cristão medieval” era de parte a parte atravessado por essa dialética entre a repressão e a exaltação, a humilhação e a veneração. Durante esse período, a humanidade repousava sobre a concepção cristã do pecado original; onde a preocupação com o corpo era proibido e o corpo feminino era visto como inferior ao masculino.

No Renascimento, período importante para a renovação de conceitos, muitas idéias e atitudes que antecipavam o mundo moderno foram apresentados, dentre elas a principal foi o humanismo que resgatou o papel e a importância do ser humano em oposição ao poder e a dominância da Igreja. Se na Idade Média o corpo era associado ao pecado, no Renascimento o corpo, principal referência do ser humano, passa então a ser vivido na sociedade de mercado na condição de valor (trabalho), o corpo nesse período passa ter o papel de destaque.

Com a evolução tecnológica e industrial do século XX, verificou-se que, com os ritmos acelerados dessas evoluções ocorreram mudanças maciças onde o corpo passa a ser venerado. Com o surgimento e o crescimento da mídia televisiva e principalmente com a cultura “Holliwodiana”, vimos o aparecimento de mulheres e homens belos e a retomada da sensualidade através dos corpos. O cinema foi, sem dúvida, um canal crucial na formulação de um novo ideal físico tendo a imagem cinematográfica interferido significativamente nessa construção.

Na década de 60, com a difusão da pílula anticoncepcional, da revolução sexual e do movimento feminista, associado ao movimento hippie, o corpo passou a ser instrumento de combate e resistência à ideologia dominante dos corpos perfeitos, saudáveis, cuidados e belos. O corpo passou a ser expressão da subjetividade e prazer, contestando os cuidados com higiene, saúde, prevenções. Nesse período, valeu o prazer, a curtição, a irreverência, que teve uma forte conotação política de contestação aos valores tradicionais como a família e a propriedade.

Em plena Guerra Fria (EUA x URSS), vimos o crescimento de uma sociedade considerada modelo, representada pelos EUA. São criados personagens com prestígios e superpoderes, heróis que passam a povoar a mídia televisiva e o imaginário coletivo na busca por corpos perfeito. As mulheres heroínas apresentavam um corpo curvilíneo, com seios, ancas e glúteos arredondados e fartos. Os personagens masculinos, homens comuns, transformam-se em superpoderosos, com músculos hipertrofiados, fortes e bem definidos.

Essas correntes antagônicas enfrentaram-se e a mídia, expandida e mantida pelo poder econômico, pago pelas propagandas, padroniza a veiculação de tendências conservadoras em detrimento das tendências revolucionárias.

No Brasil, a televisão chega em 1950 e, inicialmente, a programação é voltada para as famílias, com programas que, comparados com os atuais, eram inocentes, quase ingênuos. No entanto, as influências norte-americanas não tardam a chegar, alterando drasticamente o conteúdo das programações. No início da década de 80, com o crescimento da indústria da moda e dos cosméticos, a sociedade se caracterizou pelo bombardeio da mídia principalmente a televisiva, acelerando mudanças na sociedade em relação ao corpo, introduzindo novas configurações pessoais e culturais, produzindo nos indivíduos ideais padronizados de corpo que geraram insatisfações para

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