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Breve abordagem do corpo em diferentes períodos da história.

Por:   •  19/5/2017  •  Dissertação  •  484 Palavras (2 Páginas)  •  1.330 Visualizações

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A abordagem do corpo em diferentes períodos da história.

 De forma simples, podemos definir corporeidade como o estudo do corpo em diferentes períodos históricos; como o ser humano se relacionava com o seu corpo, como os filósofos abordavam esse assunto e qual a importância que os indivíduos davam para isso. Durante um longo período, na filosofia, de Platão a Hegel, pouco se aprofundou sobre essa temática; a corporeidade não centrava as discussões no que era concreto e mutável.

É importante iniciar uma análise da corporeidade pela Antiguidade. Durante esse período, para os pensadores da época, essa problemática sempre girou em torno de dois polos: o corpo e a alma. Nesse contexto, podemos citar alguns filósofos como, por exemplo, Platão que tem sua obra marcada pelo dualismo. Apesar de não possuir um olhar tão negativo ao corpo nos seus últimos textos, Platão afirmava que o corpo contaminava a pureza da alma. Por outro lado, na Grécia Antiga a beleza do individuo era muito valorizada; funções sociais eram definidas por características físicas do indivíduo.

Avançando no tempo, chegamos à Idade Média, período o qual a igreja dita o pensamento humano, com grande influência dos escritos de Santo Agostinho. Nessa fase, o corpo é visto como fonte de pecado, o que realmente deve importar para o indivíduo é a alma. Diferentemente da antiguidade, em que a nudez era vista com admiração, o corpo enquanto carne é visto como algo pecaminoso. O domínio e o controle, por meio do medo de castigos, do cristianismo eram tamanhos inclusive nas práticas médicas da época. Essa situação é bem retratada no filme The Physician, quando um surto de peste negra atinge uma comunidade e o personagem principal sugere que os médicos examinem os corpos dos mortos, na tentativa de descobrir como salvar os outros pacientes. Essa atitude é reprovada, pois é considerada pecaminosa, podendo gerar castigos da igreja. Para reforçar o pensamento de que corpo era fonte de pecado, ficou muito marcado na idade média os castigos e as execuções de quem contestava essa linha de raciocínio.

Depois de um domínio religioso sobre a temática do corpo, começa um interesse do individuo pelo trato corporal. Na modernidade, com o avanço da racionalidade, o ser humano começa a ser visto como objeto de conhecimento; influenciadas pelo renascimento, as percepções em torno do corpo vão estar relacionadas com as novas percepções do universo. Na área cultural, por exemplo, após esse rompimento com o domínio cristão, muitos artistas retrataram o corpo em uma temática mais humanitária. Além disso, a fotografia também foi importante para essa valorização, despertando um interesse do indivíduo por sua dimensão corporal.

Com os argumentos apresentados, podemos dividir a discussão da corporeidade durante a história em duas fases: Na primeira, a abordagem da temática corporal sempre relacionada com a alma e o misticismo. Na segunda fase, uma análise baseada na racionalidade, com o indivíduo dando atenção para a materialidade do corpo humano.  

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