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Por:   •  19/9/2014  •  2.335 Palavras (10 Páginas)  •  1.728 Visualizações

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Questionário da pagina 35

1. Pesquisar o contexto histórico da época do Regime Militar no Brasil.

O Regime Militar que se instaurou no Brasil a partir de 1964 quando, através de um golpe imposto pelas forças conservadoras, os militares assumiram o controle do país, derrubando do poder o então Presidente João Goulart, levando-o a afastar-se e refugiar-se no Rio Grande do Sul de onde partiu para o exílio em terras Uruguaias, após ter seus direitos políticos cassados por Ato Institucional em 10 de abril daquele ano, por um período de 10 anos. A partir daí, uma fase negra para o país se iniciava. As forças militares tinham como objetivo, promover uma “limpeza”. Seus líderes insistiam na ideia de que, no mais tardar em um ano, deveria restituir o controle do país aos civis. Sempre insistiam em realçar o aspecto do caráter temporário de que se revestia o golpe.

Foram 21 longos anos em que o Brasil viveu os horrores da ditadura imposta à mão forte e sob o domínio dos militares. Durante este período, 2 marechais e 3 generais ocuparam a presidência do país, período em que a nação assistiu a um dos mais terríveis e cruéis momentos de sua história. No início, tida como um “movimento legalista” e uma “revolução democrática”. Pautou-se por apresentar expressiva repressão policial, exílios políticos, legislação autoritária, supressão de direitos civis e políticos, censuras, torturas e assassinato de opositores, e perseguições a artistas e intelectuais. Não eram realizadas quaisquer investigações prévias. Prendia-se por simples suspeitas, quando se invadiam clubes, associações, residências, etc., em nome de uma suposta ordem constitucional. Os presos eram torturados e não raramente morriam vítimas das atrocidades cometidas pela polícia política, cujo único objetivo era a pura e simples repressão.

Neste período o país foi governado por militares como os generais Castello Branco, Arthur da Costa e Silva, Emilio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Baptista Figueiredo. Vale ressaltar que no governo Médici conhecido como “Anos de Chumbo” devido o aumento da repressão e censura o país também passou por um “Milagre Econômico” com o objetivo de desenvolvimento era conseguido com grandes projetos financiados pelo capital externo, com isso, de 1968 a 1973 a economia brasileira cresceu a uma media de 12% ao ano, os fatores que contribuíram foram os empréstimos externos e investimentos estrangeiros, a expansão industrial (automóveis e eletrodomésticos), aumento das exportações industriais e produtos agrícolas (soja, laranja), mas os salários ficaram baixos a mortalidade infantil aumentou, cresceu a miséria da população e também foi à época das grandes obras entre elas, a ponte Rio – Niterói e a estrada Transamazônica foram também nesta época que o Brasil sagrou-se tricampeão mundial de futebol no México em 1970 todos esses “fatores positivos” era usado pelo governo militar como propaganda a seu favor.

“O país vai bem, mas o povo vai mal. (Reconhecimento de Médici em visita ao nordeste)”.

O fim do “Milagre” se deu em 1973, último ano do governo de Médici por motivos internos e externos assim o “Milagre Econômico” começou a dar sinais de esgotamento, uma vez que internamente, as classes média e alta já não conseguiam comprar a enorme quantidade de mercadorias produzidas pela indústria, e as classes populares devido aos seus baixos salários, continuavam com o poder aquisitivo reduzidas. Já externamente, o preço do barril de petróleo aumentou quatro vezes, o que provocou um forte abalo na economia brasileira, pois cerca de 80% do combustível que o país consumia era importado. Para este petróleo, o Brasil gastava quase a metade do que conseguia com as exportações.

Finalizando a gestão de Médici durante o seu governo a dívida externa brasileira saltou de quatro para 13 bilhões de dólares e ao mesmo tempo em que o Brasil passava a condição de décima potência capitalista do mundo, ocupava os últimos lugares quando se tratava de concentração de renda, mortalidade infantil e de acesso à saúde, à educação e ao lazer.

O general Médici terminou o seu governo recebendo critica a política econômica. O “Milagre” era criticado não só por ter acentuado ainda mais a concentração de renda, mas, sobretudo por ter aumentado muito o volume da dívida externa. (PAES, Maria Helena Simões. Em nome da segurança nacional: do golpe de 64 ao início da abertura. P.81-2.).

Posterior ao governo de Médici teve como presidente o general Ernesto Geisel que deu inicio a abertura política e posterior a ele o também general João Baptista Figueiredo que decretou a lei da Anistia e consolidou esta abertura política com a redemocratização.

É importante lembrar que neste mesmo período iniciou-se a articulação do Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina, exibindo fundamentalmente a longa insatisfação dos profissionais que se conscientizavam de suas limitações teóricos – instrumentais como político- ideológicas e instituiu-se uma perspectiva de mudança Social, devido à conscientização da exploração, opressão e dominação, tendo este histórico do regime militar pautando-se na Doutrina de Segurança Nacional e Desenvolvimento, no antimarxismo e no pensamento católico conservador.

Os reflexos resultaram na desmobilização e mudança dos movimentos políticos que se fortaleciam no período populista, tais como o MEB (Movimento de Educação de Base), sindicalismo rural e movimentos de alguns segmentos da categoria dos assistentes sociais que atuavam buscando os interesses dos setores populares sendo que após o Golpe Militar de 64, o espaço de atuação profissional dos assistentes sociais se limita na execução das políticas sociais em expansão dos programas de Desenvolvimento da Comunidade e atuando na eliminação da resistência cultural que representasse obstáculos ao crescimento econômico e integração aos programas de desenvolvimento do Estado também neste contexto, a política social torna-se uma estratégia para minimizar as consequências do capitalismo monopolista marcado pela super. Exploração da força do trabalho e pela grande concentração de renda.

A circunstância da sociedade brasileira neste período de regime militar e apresentação da política social remetem o Serviço Social a assumir uma pratica com tendências modernizadoras, visando ações profissionais modernas e assim com essa mudança na postura da prática do Serviço Social foi marcado o momento inicial do Movimento de Reconceituação do Serviço Social no Brasil e posteriormente a Renovação

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