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Dialetos

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Por:   •  17/11/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.168 Palavras (9 Páginas)  •  890 Visualizações

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Dialeto do Norte

O dialeto característico das populações ribeirinhas do norte do país tem um nome bastante curioso: “Canua cheia de cucos de pupa a prúa”, que seria na língua culta canoa cheia de cocos de popa a proa. Este dialeto é falado por amazonenses e paraenses, e sua marca essencial é a modificação da pronúncia da vogal tônica o em u.

Papudinho: Pessoa alcoólatra.

Mão de mucura assada: Sovina.

Pai d’égua - Interjeição que significa legal, bacana.

Xibé - Prato feito de farinha de mandioca e água.

Churrela - Caldo obtido após o processamento do açaí, quando as sementes são lavadas e a esta “ água de açaí “ é dado o nome de churrela.

Maceta – Algo muito grande. “Esse shopping é maceta!”

Cruzeta – Cabide. Esse não adivinharia nunca!

Chibata – Algo legal/maneiro. Essa festa está chibata!

Galeroso – Povão/mau caráter.

Gaiato – Engraçado.

Leseira baré – Falando besteira.

Grelhar – Bombar. O evento vai grelhar!

Brocada – Muita fome. “Estou brocada!”

Pega o beco – Vai embora!

Dialeto Centro-Oeste

Saibam quais são as diferenças de linguagem entre Goiás e Mato Grosso e o processo de construção do dialeto da capital federal

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Esses quatro estados compõem a região Centro-Oeste do Brasil, que, assim como as outras, possui características linguísticas próprias. Na colonização Centro-Oeste, as rotas bandeirantes estiveram muito presentes, tanto no Mato Grosso quanto em Goiás e, de alguma forma, a linguagem que eles levaram influenciou a fala local.

Mato Grosso

Dar azia - encher o saco, irritar;

Prosear - conversar;

Dar um pião - passear, sair;

Moagem - frescura;

Morgar - ter preguiça;

Pior - quando você concorda com algo. Ex: “Tá quente aqui né? - Pior!”;

Baguiu - coisa, objeto;

Barca - carro;

Berma - bermuda;

Cerva - cerveja;

Goma ou Gruta - casa;

Peita - camiseta;

Jow - amigo;

Manjar - entender;

Treta - briga, confusão;

Véiu - amigo muito chegado

Goiania

Anêim – Algo que parece ter vindo de ‘Ah, não!‘, que virou ‘Ah, nem!’

Armonca – Almôndega, bola de carne moída.

Arvre – Árvore

Arvrinha – Árvore pequena.

Arvrona – Árvore grande.

Bão? – ‘Tudo bem?‘ Também é usada a forma ‘bããããão’?

Bão mesmo? – É comum usar o ‘mesmo?‘ depois de coisas como ‘e aí, tá bom/bão’,

Brabo – Bravo, nervoso, mau.

Caçar – Procurar ‘Estive te caçando o dia inteiro’. ‘Não sei onde está, mas vou caçar esse papel para você.’

Chega dói - Chega a doer. Deixa eu te falar, essa luz é tão forte que chega dói a vista

Corguim – Lê-se córrr-guim. Diminutivo de corgo.

Corgo – Lê-se córrr-go. Córrego.

Coró – mesmo que mandruvá.

Custoso – Na definição dela significa teimoso. Como se fosse algo que dê trabalho.

Dar rata – Algo como cometer uma gafe.

Deixa eu te falar – Com a variação “Ow, deixa eu te falar

Demais da conta – ‘Gosto disso demais da conta!’

De sal – Salgado. Pamonha de Sal

Disco – Um tipo de salgado frito

Encabulado – Impressionado. Estou encabulado que você nunca tenha ouvido alguém falar ‘chega dói’ antes

Brasília

De rocha - Papo sério ou de verdade

Chegado - Amigo

Colado - Mais que amigo

Nangive - Vadia

Kula - Viado

Papo estranho - Conversa de gay

Careta - Cigarro

Véi - "Meu" E ai Véi como e que vão as coisas ?

Paia pra caralho - Algo que não preste

Se liga na Fita - Se liga na ideia

Baú - ônibus

Pega o beco - Sair fora ou ir embora

Meter os ganho - Fazer um assalto

Ferrado - Armado

Larica - Fome

Fulerage - Tá de sacanagem ou algo que não preste

Grilado - Preucupado

Lombrado - Doidão

Vela - Um Beck tamanho GG

Os cana - Policia

Bacana - Playboy

Pera - Viado

Serrote - Quem pede cigarro

Entrar numas - Brigar

Num embarrera não - Não entrar numas

Peba - Roçeiro

Dona - Namorada

Ir nas primas - Ir ao puteiro

Birita - Bebida

Gel - Cerveja

Frevo - Festa

Filé - Gatinha

Prego - Mané ou otário

Pelada - Jogo de Futebol

Carreta - Carro

Zero Bala - Bem conservado

Camelo - Bicicleta

Esparro - Coisa exagerada

Dialeto do Sul

Neste território houve uma integração de três povos: Os espanhóis, portugueses e os índios. Deste convívio surgiram muitas misturas raciais originando o que se chamou de raça gaúcha e o surgimento involuntário de uma cultura completa que era partilhada pelos povos dando origem, inclusive, aos dialetos que temos hoje.

Da tradição que conhecemos hoje pouca coisa se modificou, mas a língua foi diferenciando-se. Á essa língua foram adicionadas diversas expressões indígenas e africanas dando origem à uma linguagem híbrida.

Rio Grande do Sul

Bah - Interjeição multiuso

Tri - Bastante

Trocinho - Pessoa

Guisado - Carne moída

Um quadro - Pessoa engraçada

Sinaleiro - Semáforo

Parada de ônibus - Ponto de ônibus

Eita Bigorna! - Eita nós!

Massinha - Pão doce

Cacetinho - Pão francês

Negrinho - Brigadeiro (doce)

Um ar - Lindo

Leleca - Lésbica

Tô tisga - Falta de sexo

Designer - Bill

Rasgada - Colocada

Paraná

Vina - Salsicha

Mala - Pasta, mochila

Penal - Estojo

Chineca - Pão doce

Bergamota / Mimosa - Tangerina

Anta de teta - Burro

Jacú - Brega

Borrachudo - Mosquito

Dar uma banda - Dar uma volta

Tigrada - Vileiros, manos

Bater um fio - Ligar

Tipo - Por exemplo

Trovar - Tirar sarro

Me cuidando - Me encarando

Santa Catarina

Mandrião - Malandro

Bacio - Privada

Tanço - Desajeitado

Pomba - Vagina

Di já oji - Diz agora mesmo

Istopô - Pessoa imprestável

Abobado - Tolo, bobo

Arrombassi - Arrasou

Acachapado - Cansado, desanimado

Atoxei - Colocar demais

Banzé - Confusão

Biju - Pessoa bonita

Bilontra - Pessoa que chora por interesse

Bilora - Homossexual, bicha

Bucho - Pessoa feia

Cisco - Lixo

Cosca no lombo - Querendo apanhar

Empombado - Cismado

És bom pô fogo - Não vales nada

Esbudegado - Cansado

Espirro de pica - Pessoa pequena

Guarda-comida - Móvel de cozinha

Malinagem - Malvadeza

Me arrombei-me todo - Me dei mal

Nisquinha - Pouquinho

Ó-lhó-lhó - Olha só

Qués pau pula - Queres brigar, vem

Quibinga - Diabo

Ralha - Dar uma bronca

Si qués qués, si não qués diz - Se queres queres, se não queres diz

Te arranca daí - Sai daí

Vaz comer ou qués que embrulhe - Para viagem?

No pio - Na conversa

Dialeto do Sudeste

Existem muitas diferenças dentro do mesmo estado. Os paulistanos falam de uma maneira, já o pessoal das cidades do interior, de outra, que também diferem entre si.

Algumas cidades tiveram influência americana, enquanto que o dialeto paulistano teve uma forte influência da colonização européia.

São Paulo

Eae, eai? - Comprimento, como se fosse um "oi"

Guia - Meio fio de rua

Ta ligado? - Está entendendo?

Ué - O mesmo que o Uai mineiro

Tamo na atividade - Estamos presentes

Faról - Semáforo

Balada - Discoteca, Boate

Bater uma chepa, bater um bandeco - Comer

Bombeta - Boné

Oloko - caramba!

Pé de Breque - Motorista lento

Pinga - Cachaça, aguardente

Sangue Bom - Pessoa de boa indole

Truta - Amigo

Vacilão, Vacilo - Pessoa descuidada

O que vira é... - O que é legal é...

Vaza - Vai embora

Chaveco - conquistar uma mulher pela conversa

Cola aqui - Vem pra cá

Banca - gangue

Da hora - Legal

Abraça - até parece, o mesmo que "capaz" para os gauchos

Zica - Geralmente pra algo que da trabalho ou azar

Tu quer saber como o carioca fala? Confere aí embaixo, não seja arroz, nem fique bolado, porque este site do cocada preta é muito show, não seja peidão e não deixa de ler o artigo até o final, mané, seja maneiro e veja a parada até o final, zé ruela!

Rio de Janeiro

Aê - ("Aê, tu viu a parada?).

Arroz - Aquele que só acompanha. Sujeito que vive rodeado de mulheres, em muitas amigas, é doido pra ficar com todas e não pega uma sequer.

Arame-liso (cerca mas não machuca); mestre-sala dança em volta, apresenta pra todo mundo mas não encosta e não deixa ninguém encostar)

Boiola - Homossexual masculino; gay; bicha; baitôla, viadinho.

Bolado - Condição de incompreensão momentânea ou preocupação em qualquer nível.

Bonde – Ônibus ou galera, turma.

Bucha - Indivíduo com marra de malandro mas que não passa de um tremendo prego; as antigas era chamado de malandro coca-cola (só dar um sacode que ele perde o gás).

Cabaço - Sujeito trapalhão ("Tu viu que merda? Esse cara é mó cabação!")

Chatuba - Ato de esculhambar, avacalhar e perder a linha da forma mais sacana possível ("Eu vou chatubar nesse Enecom!").

Coé - Aglutinação de qual é ("Coé, sangue?").

Conto - Unidade monetária sem plural ("Essa parada custa 10 conto").

Filé - Mulher muito atraente, com um shape invejável.

Foda - ("Aquela parada é foda!").

Goiaba - Diz-se do indivíduo distraído, aéreo, que viaja sozinho, mô goiabices. Goiabar - Ato ou ação de estar goiaba ("Estava lá sentado, olhando para o céu, goiabando").

Irado - Qualificação positiva relacionada a um fato, ocorrência u objeto ("O Enecom na Unisinos foi irado!").

Lance - Parada.

Maluco - Cara; sujeito; indivíduo (“Eu não conheço aquele maluco´ ”Estava com uns malucos da faculdade”).

Mané - Otário; vacilão; prego; sujeito que pisa na bola.

Maneiro - Show de bola; maneiríssimo; paulista mané gosta de chamar de massa".

Mermão (masculino) - ("Aí, mermão, que parada é essa?")

Mó - ("Ih, coé? Mó! Otário Aê!").

Na mão do palhaço - Virou dez copos de pinga e agora está na mão do palhaço").

Parada - ("Que parada é essa?", "Esqueci aquela parada em casa", "Preciso fazer uma parada").

Peidão - Covarde, frouxo, borra-botas.

Péla-saco - Pessoa chata; piegas.

Perdeu a linha - Fala-se do indivíduo que cometeu um ato inconsequente / insensato ("Perdeu a linha e foi o centro das atenções na festa da empresa").

Pipoqueiro - Qualidade aplicada ao indivíduo que costuma pipocar

A característica do dialeto mineiro apareceu durante o século XIX. O estado sofreu influência do dialeto do Rio de Janeiro no sudeste, enquanto sul passou a falar o dialeto caipira. A região central de Minas Gerais, contudo, desenvolveu um dialeto próprio, que é o conhecido pelo dialeto mineiro.

Alguma sílabas são fundidas em outras – lho passa ase i (filho –fii), inho converte-se em inh ( pinho – pinh).

Minas Gerais

Lidileite - Litro de leite

Mastumate - Massa de tomate

Dendapia - Dentro da pia

Kidicarne - Kilo de carne

Tradaporta - Atrás da porta

Badacama - Debaixo da cama

Pincumel - Pinga com mel

Iscodidente - Escova de dente

Nossinhora - Nossa senhora

Pondions - Ponto de ônibus

Denduforno - Dentro do forno

Doidimais - Doido demais

Tidiguerra - Tiro de guerra

Ansdionti - Antes de ontem

Séssetembro - Sete de setembro

Sápassado - Sábado passado

Oiucheru – Olha o cheiro

Pradaliberdade - Praça da liberdade

Vidiperfume - Vidro de perfume

Oiproceve - Olha pra você ver

Tissodai - Tira isso dai

Rugoiais - Rua Goiás

Onquie - Onde que é?

Casopo - Caixa de isopor

Quainahora - Quase na hora

Osturdia - Outro dia

Pronostamuinu - Para onde nos estamos indo?

Dialeto Nordeste

Maranhão

Tu - Você

Traca –Tiara

Gualira - Gay

Piqueno - Moleque

Se amostrar –É convencido

Fome - Brocado

Comer - Rangar

Encabulado – Vergonha

Zilado - Rapido

Banhar – Tomar banho

Ceara

Butar buneco - Se divertir

Diabéisso - O que é isso

Deixe de arrudei - Pare de enrolar

É bem pixototim - É bem pequeno

Ele é chei do leriado - Ele é conversador

Ele é muito estribado - Ele é muito rico

Ele é môco - Ele é surdo

Ela pelejou quissó - Ela tentou bastante

Ele só quer ser as pregas - Ele quer ser muita coisa

Isso é miolo de pote - Isso é besteira

No rumo da venta - Em frente

O caba é morto dentro das calça - Ele é preguiçoso!

O bicho é lesado - Ele é lento

Peço penico - Eu desisto

Rai te lascar - Vá para o inferno

Rebole no mato - Jogue fora

Rumbora, negada - Vamos embora pessoal

Se avexe não - Não se preocupe

Só o mi - Muito bom

Só andam encangado - Só andam juntos

Tá fumando numa quenga - Tá com muita raiva

Piauí

Abestado - Otário

Aí dento - Resposta a provocações

Botar catinga - Atrapalhar

Bulir - Aborrecer, aporrinhar

Caxaprego - Lugar distante

Distrenado - Sem graça, sem jeito, sem palavras

Engabelar - Enganar, fazer falsas promessas

Espancar a lôra - Tomar uma cerveja

Frescando - Tirando onda, sarro

Liseira - Pobreza, falta de dinheiro

Mangar - Chacotear, ridicularizar, rir de alguém

Mermã- Abreviação de “minha irmã”. Muito utilizada para chamar alguém para uma conversa

Triscar – Encostar

Pernambuco

badoque - estilingue, atiradeira

biliro - grampo de cabelo

borrão - bloco de rascunhos

bulir - mexer em algo

buliçoso - aquele que gosta de mexer em tudo

cafuçú - trabalhador braçal

cambitos - pernas finas

cangalha - pessoa com as pernas arqueadas

catabiu - buraco na estrada

chamegar – namorar

chapoletada - pancada forte

comer brocha - passar por apuros, por dificuldades

corôca - lagartixa (no interior de Pernambuco)

cortar jaca - estimular, ajudar o namoro de amigos ou parentes

dar o tango no mango - dar problema, quebrar, dar a louca

de hoje a oito - de hoje a oito dias,

de jeito maneira - de modo algum

de rosca - algo difícil de ser realizado, duro de sair

fecheclér - zíper, fecho de calça

filar - olhar a prova dos outros

fuleiro - de má qualidade (objetos

gabiru - rato grande

galego - pessoa loura ou alourada

macaxeira - variedade comestível de mandioca

maneiro - coisa leve

marretar - furtar coisas de pouco valor

moringa - vaso de barro onde se armazena água

muriçoca - pernilongo

oitão - parte do quintal que dá para os lados da casa

oxe, oxente - interjeições de espanto

pirangueiro - sovina, mão-fechada

Bahia

Abece - Abecedário

Abitolado - Maluco; abobalhado

Afitim - Cheiro de algo que começa a ficar podre

Agonado - Aflito, apressado

Assuntar - Prestar atenção

Avexado - Apressado

Axé! - Salve!; muita energia, muita força!

Porreta - Legal; gente fina

Muriçoca - Mosquito, pernilongo

Mutuca - Mosquito; trouxinha na cabeça feita com o próprio cabelo

Muvuca - Festa de última hora

Na biela - Sozinho, sem namorado

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